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1146 Words
Capitão Fiquei meio sem graça quando o Chamba nos pegou em um abraço. Pode parecer nada demais, mas fico envergonhado com qualquer situação que envolve a Alice. Nunca que, eu admitiria que gosto dela para o seu pai, extremamente protetor, que mataria qualquer um pela filha. Ele nos vê como irmãos, sempre cuidei dela e vou continuar cuidando. Ao pedido do Chamba, fui até a boca 2. Filé: Até que enfim, Capitão — se aproxima de mim. Capitão: Manda o papo, pai. Filé: Mandou o k.o de que não vai pagar. Capitão: Seu nome? — me aproximo do homem, que pasma ao me ver. — Você? — sorrir. Capitão: Desculpa. Quem é o senhor? Ele aparentava ter uns 50 anos. — Não reconhece o próprio tio, Caio? Capitão: Que tio? Nem família eu tenho. — Seu pai destruiu a nossa família!- fala nervoso. Suspiro alto. Não posso discordar, ele está certo. Meu pai era um alcoólatra doentio. Minha mãe fugiu com a mais nova, deixou eu e a Sara com ele. Ele chegava e vinha pra bater nela, seu foco era bater em mulheres. Eu sempre defendia a Sara, mas teve uma vez que eu estava fora. Então, ele desceu a porrada nela. Quando eu soube, fui correndo pra casa e já o vi morto no chão do quintal. Chamba tinha o matado. Daí em diante, ele me ajudou. Desde os meus 15 anos, ele me dava o que de comer e vestir, o mesmo pra Sara. Ficávamos mais em sua casa do que na nossa. Por isso,minha aproximação da Alice. — Alivia isso pra mim, meu sobrinho. Capitão: Se eu aliviar dessa vez, você vai fazer de novo e de novo. Então, não. — Como assim, Caio? Capitão: Eu sou o Capitão! Não me chame de Caio — digo sem paciência — O Chamba disse pra cessar teu lado, mas não vou pagar a tua dívida, tenho que sustentar minha irmã e nem te conheço. — Como eu vou pagar isso tudo? Capitão:Pensasse nisso antes. Podia ao menos ter empenhado algo, não estaria nessa situação agora. — Parcela pra mim — bufo e reviro os olhos já acionando o Chamba no rádio. Ele me diz que pode parcelar no máximo em três vezes. Capitão: Três vezes e nada mais. Não somos Casas Bahia pra ficar parcelando — ele assente — Quanto, Filé? Filé: 300 contos em cada mês, pai. — Com vou pagar isso tudo? Capitão: Se vira, tem dois meses pra pagar. Forma de parcela, Filé — peço. Não somos Casas Bahia, mas sabemos calcular no carinho. Filé: Terça é o primeiro. No próximo mês, pegamos o restante e aviso direito. Capitão: Eles vão na sua casa, na terça. Paga direitinho ou o b.o vai ser pior. — Você mataria seu tio? Capitão: Talvez — dou de ombros —Mas o Chamba, não pensaria duas vezes em ter sua garganta fora — solto uma risadinha. Subo na minha moto e vou direto pra casa. Ao chegar, guardo a moto e entro na casa. Sasa: Capitão! — pula em meu colo. Capitão: Isso é saudades? — ri, a colocando no chão. Sasa: Fiquei triste por não dormir aqui. Capitão: Tento dormir hoje. Sabe que eu tive meus motivos, fiquei de... Sasa: Plantão — completa, e concordo — Eu entendo. Faz isso pelo meu bem, por isso é o melhor irmão do mundo. Capitão: Por isso que eu te amo, garota — dou um beijo na sua testa. Subo pra tomar um banho, visto uma bermuda e volto pra sala, deitando ao lado da Sara. Enquanto ela assiste um filme, fico mexendo no celular pra ver qual é a do baile. Capitão: Vai no baile, Sasa? Sasa: Não sei se quero — faz bico — Mas com certeza, a Lice vai me arrastar pelos cabelos — ri nasal. Capitão: Eu levo você até a casa dela. Ela assente, e eu subo pra me arrumar. Coloco uma bermuda preta, uma blusa camuflada e calço meu tênis da Cyclone. Bato no quarto da Sara que logo abre a porta. Sasa: Como estou? — dá uma voltinha rindo. Capitão: Linda como sempre — dá um beijo no meu rosto. Sasa: Vamos. Alice já está reclamando — me puxa descendo as escadas varada e fomos de moto mesmo Alice Dou uma conferida no espelho, após ter me arrumado todinha. Estou muito gata! Escuto a campainha tocar e deduzo ser a Sara. Desço as escadas correndo e abro a porta já com um grande sorriso. Capitão: Oi, Lice — sorrir sem graça. Alice: Oi, Capitão — murcho o sorriso. Capitão: Vai mesmo ficar assim comigo? — dou de ombros. Sasa: Não estamos atrasadas? — Sara me lembra do baile. Alice: Vou pegar meu celular, já volto! — saí correndo, peguei meu celular e voltei pra sala. Capitão: Cadê o seu pai? Alice: O Chamba? Deve estar no baile já. Não vai? — ele n**a. Capitão: Estou exausto. Mas seu pai adora uma farra, assim como você, logo ele me aciona e eu broto lá. Alice: Talvez eu te veja lá, o que eu não quero — puxo Sara comigo até o campo principal do morro. Onde acontece os melhores bailes do Vidigal. Sara: Vou buscar umas bebidas! — ela grita por conta do som e eu concordo. Começo a rebolar no ritmo da música. Logo Sara vem me dando um copo de vodca e outro de cerveja. Bebo tudo de uma vez. Alice: Rebola comigo! Voltei a rebolar junto com a Sara, somos muito sincronizadas nas reboladas. Nem te falo que ensaiamos a semana inteira. Fomos no ritmo da música, cantando e descendo até o chão. -Me maceta, me maceta, me maceta... Sinto umas mãos na minha cintura me puxando mais pra perto, continuo rebolando e me esfregando mais em seu corpo. -Vai rebola pro pai, vai novinha vai... — ele canta pra mim. Sinto um arrepio e me viro pra ele. Ele é bem bonitinho. Quando me aproximo pra lascar um beijo nele... — Tá doida, Alice? — me puxa. Alice: Você não é meu pai, Caio! Capitão: Estou fazendo isso por ele. Alice: Você não me manda — me solto dele — Me deixa em paz, p***a! Capitão: Não começa a ficar de gracinha, Alice. Alice: Eu já disse que você não me manda. Se meu pai não está se preocupando com o que estou fazendo, por que você está? — desafio ele me aproximando mais. — Por.. Por que... — abaixa a cabeça e sai dali sem dizer uma palavra. Caio me irrita, acabou com a minha noite. — Você... — me viro pro garoto. Alice: Eu o quê? — Ele é seu namorado? Alice: Relaxa, não. — Ele me parecia com bastante ciúmes, vai atrás dele, morena — me dá um beijo na bochecha e se vira pra ir embora. Obrigada, Caio. Acabou com a minha f**a.
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