Alexa Smith
Acordo devagar, os olhos pesados, a boca seca... e um vazio rasgando meu peito. O teto branco e frio acima de mim não me diz nada. Onde estou?
Viro lentamente o rosto e encontro o olhar aflito do meu irmão. O Vini. Meu porto seguro. E de repente, tudo vem como uma avalanche.
Ele me viu. Nesse estado. Com o rosto marcado. Destruída.
— Vini… Vini… onde eu tô?
— No hospital, princesa.
— Hospital? — repito, tentando entender, enquanto o coração bate como um tambor de pânico. — Como eu vim parar aqui?
— Eu te trouxe… você tava desacordada, Lexa.
— O quê…?
A respiração me foge. O pânico volta. A lembrança da mão do Renan no meu pescoço, do gosto metálico do sangue, do cheiro nojento dele grudado na minha pele. Fecho os olhos com força, como se pudesse apagar.
— O que aconte
