Capítulo 07 - Kitsune.

1437 Words
Assim que os irmãos Green e Elliot chegaram em Madrid, os mesmos desceram do carro e entraram na empresa, onde Loise trabalhava. Ao entrarem, os irmãos e Elliot caminharam até a recepção. — Em que posso ajudá-los? — perguntou a recepcionista. — Eu queria falar com a Loise Hoffmann — respondeu Elliot. — Você tem já horário marcado? — Não, mas eu sou o irmão dela e eu preciso falar com a Loise! — Eu vou precisar ver a sua identidade, por favor — pediu a mulher. Elliot pegou a sua carteira e de lá retirou o seu documento, mostrando para a moça da recepção. — Desculpe-me, mas não posso deixá-lo subir. — Por que? — Loise pediu-me para que eu não deixasse nenhum irmão dela subir. — Filha da... — tudo bem — Elliot respirou fundo, tentando conter a irritação. — Obrigada. Assim que Elliot e os Green se afastaram da recepcionista, eles começaram a planejar um plano para que Elliot conseguisse subir até o escritório de Loise. Anna e Liam sentaram no banco na recepção, Elliot afastou-se lentamente em direção as escadas, enquanto Noam conversava com a recepcionista para distraí-la. Assim que Elliot estava próximo às escadas, Anna caiu no chão e fingiu passar m*l, chamando a atenção do segurança, que correu para socorrê-la. Assim que todos voltaram a sua atenção para Anna, Elliot rapidamente subiu as escadas, a procura da sua irmã. P.O.V Irmãos Hoffmann. Assim que Elliot conseguiu subir, o mesmo começou a caminhar pelos corredores, tentando achar o escritório de Louise. — Que bom revê-la, Loise! — disse Elliot, encostado no batente da porta. Louise o olhou assustada, surpresa e intrigada por ver Elliot em seu escritório. — O que está fazendo aqui? — levantou-se. — Eu posso perguntar o mesmo de você! O que está fazendo aqui, Louise?! — perguntou se afastando da porta e andando até a mesa de Louise. — Esse é o meu trabalho! Como me encontrou? — Francamente! Louise, você é patética! Uma vampira trabalhando? Que ridículo! — Eu cansei de ficar fugindo da família, cansei de viver uma vida anormal. Eu quero viver normalmente, como uma pessoa normal! — “Viver normalmente”? Sério? Pode até tentar trabalhar, se relacionar com alguém humano, viver uma mentira, mas nunca, jamais, você será normal! Todos os dias você vai acordar sendo quem é, e não a nada que possa fazer para mudar a sua realidade. — Como me encontrou? — Um amigo contou-me! — respondeu Elliot, observando ao redor do escritório. — E o que quer aqui? — Você tem notícias do Karl? — Não tenho! E não o vi em lugar nenhum, então se manda! — E a Abel? — Por que quer saber Elliot? — Preciso ajudar alguns amigos. — Para? — Eles querem encontrar os pais. — Não, Elliot, eu não vi a Abel e muito menos o Karl. Ele deve estar matando por aí — voltou a se sentar. — Agora se me der licença, vou voltar ao trabalho, como uma pessoa normal! — Você é muito patética. — Bye, Bye Elliot. Elliot revirou os olhos, aborrecido, retirando-se do escritório e voltando para a receção. — E então? A encontrou? — perguntou Noam. — Sim e infelizmente ela foi inútil — respondeu Elliot desapontado. — Que d***a! E agora? — perguntou Anna desanimada. — Talvez eu saiba de um lugar — disse Elliot pensativo. — Então vamos para lá — falou Liam. Assim que os Green e Elliot retiraram-se da empresa, os mesmos seguiram para o local onde Elliot havia dito. Assim que os mesmos chegaram, desceram do carro e pararam em frente a uma porta de madeira antiga. O local era uma pequena casa antiga, com paredes com a pintura desgastada pelo tempo, partes escurecidas pelo mofo, um portal de pedra esculpidas com rosto de leão e olhar de humano. A porta de madeira grossa com duas folhas de uns três metros de altura envelhecida. Elliot bateu na porta e aguardamos alguém atender. Alguns segundos depois, uma mulher asiática abriu a porta. A mulher aparentava ter uns vinte e quatro anos, seus olhos eram castanhos claros, da cor do mel, com cabelos castanhos escuro e lisos. — Posso ajudar? — perguntou ela. — Creio que sim — respondeu Elliot. — Elliot — a moça sorriu animada ao vê-lo. — Olá Naomi — sorriu Elliot, contente em vê-la. — Senti a sua falta — sorriu o abraçando. — E eu senti a sua — sorriu ele. Anna os olhou limpando a garganta, tentando chamar a atenção de Elliot, para que o mesmo fosse direto ao assunto. — Ah! Desculpem-me. Noami, estes são os Green, eles estão a procura dos pais e nós achamos que o Karl tem algo haver com o desaparecimento deles. — Por favor, entrem — disse Naomi dando passagem. Assim que entraram na casa, Naomi os direcionou para a sala, onde os mesmos sentaram-se no sofá, voltando a conversar. — Que casa bonita — elogiou Anna, observando o local. — Você veio do Japão? — indagou. — Obrigada, e sim, a minha família é toda de lá — respondeu Naomi. — Isso é bem legal. — Primeiramente, só para esclarecer uma dúvida minha. Você é alguma criatura que nós não sabemos que existimos ainda? — perguntou Noami. — Eu sou uma Kitsune — respondeu ela. — E isso seria o quê? — perguntou Liam. — Kitsune é uma palavra japonesa para raposa. Nós somos seres inteligentes e com capacidades mágicas que aumentam com a nossa idade e sabedoria. Entre estes poderes mágicos, temos a habilidade de assumir a forma humana. Enquanto alguns falam que as kitsunes usam essa habilidade apenas para enganar as pessoas, outros as retratam como guardiãs fiéis, amigas, amantes e esposas. Além da habilidade de assumir a forma humana, nós possuímos os poderes de possessão, conseguindo gerar fogo das suas caudas e da sua boca, o poder de aparecer nos sonhos e o de criar ilusões. — Nossa, acho que isso foi uma das coisas mais interessantes que eu já vi, seguido da Banchee — disse Noam impressionado. — Então... você é a primeira ou a segunda da personalidade? — perguntou Anna. — Eu sou a segunda. Podem acreditar, mas não podemos confiar em todas. — Eu conheço bem a Naomi e posso confirmar que ela uma guardiã muito fiel e uma amiga maravilhosa — respondeu Elliot. Naomi o olhou sorrindo, contente em ouvir Elliot a elogiando. — Então, vamos falar sobre as Kitsunes ou vamos falar sobre o Karl? — perguntou Liam impaciente. — Claro, voltando para o Karl — respondeu Noam. — Eu não o vejo a um tempo, mas sei aonde podem encontrá-lo — disse Naomi. — Finalmente, alguém que possa nos mostrar o caminho direto ao Karl — falou Noam aliviado. — Eu vou dar-lhes... — interrompeu Noam. — Já sabemos, você nos dará um endereço para irmos encontrá-lo. — Isso — reponde Noami levantando-se e caminhando em direção a uma escrivaninha. Assim que Noami anotou o endereço num papel, a mesma o pegou e entregou ao Elliot. — Aí está o endereço, tomem cuidado. — Obrigada Naomi, tome cuidado com o Karl também — agradeceu Elliot levantando-se do sofá. — Nós também agradecemos pelo endereço — sorriu Liam. Assim que os Green e o Elliot despediram-se da Noami, os mesmos retiraram´se da casa da mesma e entraram no carro. — E então, nós vamos hoje? — perguntou Anna. — Já está tarde, é melhor voltarmos para casa e irmos amanhã de manhã — respondeu Elliot no volante. P.O.V Karl. Estava sentado no sofá da minha casa, quando ouvi o meu celular tocar, o peguei e o atendi. — Diga — falei. — Adivinha quem está procurando por você? — disse Abel. — Os Green? — perguntei. — Exato, mas Elliot está com eles — responde. — E como sabe? — Eu os vi em Madrid conversando com a raposinha e pude ouvi-los. — Como são idiotas. Se eles pensam que vão encontrar-me, eles estão muito enganados! — Então é melhor se apressar para sair de onde você está, porque a Naomi já lhes deu o endereço da sua residência. — Maldita Naomi! Vou dar-lhes um pouco de sustos. — Enfim, já lhe dei o recado, agora é hora de eu ir. — Obrigada, irmã! — Agora dê-me a parte do trato. — Logo mais você terá. Assim que saí da chamada com a Abel, liguei para uma amiga. — Karl? — atendeu Kate. — Olá Kate, preciso que faça algo para mim. Algo que deixe alguns dos irmãos Green assustados.
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