Capítulo 13
Serena narrando
Eu olho para ele com medo, confesso que ele me dava medo e ao mesmo tempo eu ficava confusa em ver o quanto ele era parecido com Antonio, até porque eles era irmãos.
Ele se levanta e me encara, eu fico pálida, porque eu nbão queria morrer agora, eu queria descobrir a verdade sobre a morte de Antonio, isso tinha começado a me assombrar, estava tendo pesadelos e eu precisava de respostas para poder seguir a minha vida, pro muitas vezes eu sentia que Antonio estava vivo.
— Você não foi embora? – ele pergunta me encarando – Porque? – sua voz sai rígida.
— Eu não tenho nada a temer, realmente estou aqui somente para dar aula – ele me oolha franzido os olhos.
— Porque mente para você mesmo? – ele pergunta me encarando – me diz, oq eu uma professora que mora em uma das áreas mais ricas do Rio de Janeiro, estaria aqui dentro do morro?
— A minha casa foi herança dos meus pais – eu respondo e ele me encara – não tenho essa condição, se tivesse nem mesmo estaria dando aula, me extressando com mais de 30 anos, em um calor infernal do Rio de Janeiro, provavelmente estaria comprando roupas caras, bolsas em ar condicionados do shopping. E não dando aula.
Ele se aproxima de mim, ficando na minha frente, seu cheiro, seu perfume não era nada parecido com a de Antonio, pelo ao contrário, era bem diferente, seu cheiro era diferente, mais selvagem, seu perfume também, eu subo meu olhar para ele, Yan era bem mais alto que Antonio, eu olho para o seiu rosto enquanto ele me olhava posturado, sem baixar sua cabeça, mas me olhava, me encarava.
— Você fica – ele fala me encarando – mas estará todos de olho em você.
— Só quero fazer meu trabalho, nada mais.
— Eu entendo – ele fala me encarando em um tom debochado e eu dou um passo para trás dele, seu olhar me penetrava e eu o encarava da mesma forma, mas com respeito.
— Todas as noites eu vou ter voc~e aqui na minah casa?
— Se você quiser – ele fala me encara
— Não Eu não quero – eu falo para ele
— Você é casada? – ele pergunta apontando para a minha aliança
— Viuva – eu respondo sem pensar e ele me encara
— Ele morreu do que?
— Cancer – eu respondo mentindo e ele assente com a cabeça.
— Sinto muito – ele fala
— Obrigada, agora se você poder me dar licença – eu falo para ele
— É claro – ele sai andando mas ele para na porta e me encara – faz quanto tempo que você é viúva? – ele pergunta eeu fico olhando para ele sem respostas.
— Há alguns anos.
— Você nãos abe quanto tempo você é viúva? – ele pergunta meio estreitando os olhos e a minha mão começa a soar.
— Há 2 anos – ele me encara
— Sinto muito – ele responde novamente
— Boa noite – eu respondo
— Boa noit e- ele fala esai fechando a porta.
Eu solto a respiração e me jogo no sofá, olhando para o teto que estava prestes a cair, cheio de mofo e com buracos que provavelmente na primeira chuva, isso aqui encheria de água.
Uma professora misteriosa no morro, [19/01/2024 00:46]
Capítulo 14
Yan narrando
Eu saio da casa da professora e vou em direção a boca, quando vejo Tadeu, ele me encara e levanta a mão e ele se aproxima e a gente se cumprimenta.
— E ai Tadeu, tudo certo?
— Sim e você Yan?
— Achei que não voltaria tão cedo para o morro -e u falo para ele.
— Eu voltei, minha mãe não anda muito bem
— E vai fazer o que?vai trabalhar para mim?
— Não – ele fala – promet ao meu pai que não voltaria para o mundo do crime
— Vai, fala ai. Vai fazer o que?
— Trabalhar na escola – ele fala
— Como Porfessor? – eu pergunto rindo – larga de mão Tadeu,
— Estou falando sério – ele fala – prometi para o meu pai que não me meteria mais com drogas e dinheiro sujo.
— Eu tenho um serviço a você.
— Não escutou Yan? – ele pergunta
— É coisa de boa e você vai gostar, ela é bonita – ele me encara
— Está falando de quem?
— Da nova professora – eu falo para ele
— O que tem essa nova professora?
— Ela está aqui por – ele me encara – por um motivo pessoal que tem haver com o morro
— E como você sabe?
— Eu não sei de nada – eu falo
— Está me confundindo – Tadeu fala
— Eu te dou uma casa fora do morro para você levar sua mãe, não é dinheiro sujo, prometo – ele me encara
— E o que eu tenho que fazer?
— Se envolver com ela – ele me encara – ser próximo dela , estar perto dela o tempo todo.
— Quem é ela?
— Você começa na escola quando?
— Amanhã – ele fala
— Serena – eu respondo – a mulher mais bonita da escola.
— Até mesmo que a Maisa?
— Até mesmo que a Maisa – eu falo rindo
— E o que deu com ela?
— Está casada com Pedro – eu falo
— Eles casaram? Fala sério – ele fala – Deve chifrer ela horrores.
— Chifre trocado não doi – eu falo rindo
— Ela está ficando com voc~e ainda.
— Só de vez enquando, sem compromisso e sem sentimento – eu falo para ele – ela me ajuda e eu ajudo ela.
— Entendi – ele fala
— Vai me ajudar?
— Só porque somos amigos de infância – ele fala me encarando – caso ao contrário não – eu abro um sorriso para ele.
— Você vai gostr da missão, a professora é encantadora – eu falo sorrindo para ele.
— Você falando desse jeito, até parece que você está gostando dela.
— Meu coração é vira lata, se apaixona fácil não -e u falo.
Uma professora misteriosa no morro, [19/01/2024 00:56]
Capítulo 15
Serena narrando
Como de costume, vou bem cedo até a minha casa, sei que Yan deveria estar de olho em mim, mas precisava vir até aqui, quando entro em casa, minha irmã já entra atrás de mim.
— Tenho certeza de que você nem dormiu, só esperando eu chegar – eu falo me virando para ela.
— Serena precisamos conversar – ela fala
— O que aconteceu? – eu pergunto para ela
— Eu fui até a escola e me disseram que você pediu transferência para uma escola no morro do alemão – eu a encaro – Porque e para que?
— Eu fui para perto da Maisa – eu respondo
— Daquela mulher? E eu sou sua irmã e fico longe de você? Você me esconde as coisas.
— Carla, eu amo você de mais – eu olho para ela e ela me encara – porém, você é meio tóxica.
— Eu? – ela fala nervosa
— Vive falando de Antonio, me colocando para baixo por causa da morte dele e outra coisa, essa casa, me lembra a ele em todos os momentos.
— Achei que você o amava.
— Eu o amo – eu olho para ela – amo de mais, mas não posso ficar aqui o resto da minha vida me lamentando pela morte dele, eu queria poder trazer ele de volta, mas eu não consigo infelizmente.
— Você está sem rumo, precisa procurar ajuda – ela fala
— Eu estou bem.
— Está dormindo onde?
— Aluguei uma casa – eu falo
— Lá no morro?
— Sim – eu respondo
— Você sabe o que dizem do marido da Maisa.
— Pedro é gente boa.
— Ele está no meio dos traficantes – ela fala
— Ele é gente boa – eu afirmo – preciso ir, vamos? – eu pergunto – quero fechar a casa.
Ela sai meio desnorteada e me chingando horrores, falando que eu estava fazendo tudo de errado e que não deveria estar me envolvendo lá no morro, ela parecia um tanto nervosa e isso me deixou um pouco irritada e desconfiada, eu fecho a casa e me viro para ela, para dar um basta nas discussões.
— A vida é minha Carla – ela me encara – se você é uma m*l amada, que não faz nada, além de viver da herança dos nossos pais, não queira me puxar para trás
— É assim que você fala de mim? – ela pergunta – que você me trata?
— Da forma que sempre me tratou – eu respondo e ela me encara
— Você está errada Serena – ela fala
— A vida é minha.
— Você não volte querendo a minha ajuda, eu não vou estender a mão para você, você está sendo ingrata – ela fala me encarando – até esqueça que eu sou sua irmã.
— Quem quer assim é você – eu respondo
— Esqueça – ela sai nervosa para casa dela.
Eu observo ela entrar e toco o alarme do carro e entro para dentro, bato várias vezes no volante do carro nervosa com toda essa situação, entro em desespero e ao mesmo tempo tento me manter no controle de toda a situação.
Uma professora misteriosa no morro, [19/01/2024 01:56]
Capítulo 16
Serena narrando
Encontro Maisa na subida do morro junto de Pedro, eu sorrio para os dois e apenas cumprimento com a cabeça, mas ela me chama.
— Bom dia – ela fala
— Bom dia casal -e u falo para eles
— Estava por onde tão cedo? – Pedro pergunta
— Pegando alguns matérias na minha casa – falo mostrando as pastas
— Vai rolar churrasco amanhã a noite lá em casa – ele fala – aparece lá , Maisa convida sua amiga.
— Churrasco? – eu pergunto
— É na laje amiga – ela fala – mas a nossa é uma laje top, vai tá geral.
— Obrigada pelo convite.
— A elite não se mistura laje.
— Não é isso – eu falo para Pedro – seu amigo já está me visitando de mais, não quero mais problemas.
— Quje amigo? – Maisa pergunta – Yan?
— Ele apareceu ontem a noite lá também.
— Eu me resolvo com Yan – Pedro fala
Eu e Maisa subimos e percebi que ela estava um pouco estranha, mas conversava comigo normal, disse que estava cansada e eu revelei, até porque ela dava aulas para bem mais turmas que eu e sei como é estressante lidar com diversos alunos.
Eu tinha terminado a aula na parte da manhã e pego a chamada para dar presença para os alunos, e começo a dar presença a todos que não estão vindo também, por que aquele i****a do sub do morro como é chamado aqui dentro, me ameaçou a isso.
Eu ainda não sei que passos eu tomaria dentro do morro, então resolvo dar uma volta no morro, começo a descer o morro todo e aqui tinha a parte alta comandada pelos traficantes e tinha a parte baixa que era mais tranquila de se andar assim, tinha muitos comércios, tinha lixeiras , tinha coleta, ônibus escolares parados. O que pegava mesmo era na parte alta, que tam´bem tinah seus comércios no meio dos becos e tinha a parte da quadra, da escola e da boca, que era um espaço mais ampliado, ontem tinha alguns bares, farmácias e um mercado, compro algumas coisas e subo para cima.
Os becos eram pequenos conforme mais alto você subia e mais ainda o crime tomava conta, tinha ruas extensas que eram comandadas pelo trafico, só subia quem eles queriam, a população subia se apertando pelos becos apertados, dividindo o espaço com casas, cachorros e mais pessoas, os postes com emaranhados de fios que chegava ser loucura olhar, casas que começava no primerio andar, na primeira rua e terminava a 5 andares para cima e 5 ruas para cima.
Era um lugar bem precário para mim, que me criei em uma casa enroem, cheio de luxos, mas para os moradores daqui deveria ser o melhor lugar para se morar.
Me questionei, sentando na quadra, comendo um sanduiche, o que eu faria para descobrir sobre Antonio, sobre a sua família, vi sua mãe sentada conversando com aquela mulher que conheci no mesmo lugar, mas mesmo assim, sinto que ainda era cedo para puxar assunto.
O que eu faria e como eu me aproximaria?
Vejo Maisa se aproximando e ela me encara
— Trocou o almoço por um sanduiche? – ela pergunta
— Dei uma volta lá embaixo.
— O que está pensando?
— Em como me misturar
— No churrasco amanha – ela fala sorrindo – vai estar todo mundo.
— Até a mãe deles?
— Até ela – ela fala me olhando e sorrindo – te apresento a ela e te deixo como melhor amiga – eu olho para trás.
— E ai – um homem se aproxima
— Tadeu – ela fala sorrindo – você voltou, ela abraça ele – Serena, esse é Tadeu, o novo professor da escola e Tadeu essa é Serena a nova professora
— Prazer – eu falo sorrindo
— O prazer é todo meu – ele fala sorrindo
Eu meio que ignoro eles e saio andando, deixo eles lá conversando, saio observando tudo, até que vejo Yan descendo , ele me encara mas desvio o olhar e vou em direção a escola.