Hariel fechou a porta do quarto da Liz devagarinho, tomando o maior cuidado pra não fazer barulho. Parou no corredor por uns segundos, sentindo o coração martelar igual bateria de escola de samba. O rosto ainda ardia, parte pelo calor da manhã no morro, parte por tudo que tinha acabado de viver. Só de lembrar do jeito que a Liz olhou pra ele, do riso leve, da pele encostada, sentia uma onda de incredulidade e felicidade ao mesmo tempo. Caminhou rápido pro próprio quarto, jogando a porta atrás de si e encostando as costas nela, como se só ali pudesse respirar fundo. Olhou o ambiente ao redor: cama bagunçada, livros da faculdade espalhados, camisa do time pendurada na cadeira. Tudo igual, mas tudo diferente. Se jogou de costas na cama, olhando pro teto, com aquele sorriso i****a impossível

