A chuva caía com mais força agora, tamborilando no teto dos carros e formando pequenas corredeiras nas laterais da pista estreita. O barulho era constante, pesado, misturado ao som dos motores ainda ligados. A lateral do carro de Kauê continuava amassada, como um lembrete visual do que tinha acabado de acontecer.
O acidente não tinha deixado ninguém ferido, mas tinha abalado todo mundo.
— Não tem como a gente seguir agora — disse Malu, com a voz firme, tentando acalmar Alice, que ainda tremia no colo dela. — A estrada tá molhada demais e o carro não vai sair daqui.
Paloma se aproximou, com o celular na mão.
— Liguei pra um hotel logo depois da curva, coisa de cinco minutos daqui. Eles têm quartos disponíveis. Eu vou levar vocês até lá agora.
Kauê assentiu, ainda com a mão no volante d
