O sol bateu de raspão na janelinha da casa da árvore, acordando Hariel com o calor nas costas e o cheiro do mato invadindo tudo. Ele piscou devagar, meio perdido entre o colchão de retalhos, os fios de luz ainda pendurados e o peso suave do corpo da Liz, dormindo colada nele, uma das pernas por cima da dele. A cabeça dela estava no ombro dele, o cabelo bagunçado encostando no queixo, e a respiração lenta, regular, como se ela ainda estivesse perdida num sonho bom. Hariel ficou ali uns segundos só olhando, com um sorriso i****a preso na boca. Aquela paz toda era perigosa e ele não queria sair dali tão cedo. Mas o relógio biológico de filho bem criado falou mais alto. Se levantassem tarde demais, Aurora ia desconfiar. E se Aurora desconfiasse... bom, a chance de acordar com água jogada na

