Liz estava deitada no chão do quarto. Sim, no chão. O ventilador girava preguiçoso no teto, e ela encarava a lâmpada como se fosse uma estrela cadente, esperando que ela caísse direto na testa dela e encerrasse o sofrimento. Era segunda-feira, pós-baile, e o mundo seguia seu curso normalmente. Tirando o fato de que ela, Elizabeth Rocha dos Santos, 21 anos, universitária aplicada, feminista autoproclamada, ex-participante do grêmio do colégio, estava se comportando como uma personagem de fanfic adolescente. Tudo por causa de um primo. — Ai, meu Deus — murmurou, apertando os olhos com a palma da mão. — Eu vou ter que morar em outro país. Depois do baile, ela chegou em casa dizendo que a noite foi "ok", fingiu sono, trancou o quarto e ficou encarando o espelho como se ele fosse um orácu

