Dois

1040 Words
ALICE Mal consegui dormir a noite pensando em como o Xande está, se ele chegou em casa bem, se comeu, se tomou seu remédio por causa do ombro machucado recentemente, tudo na minha mente se resumia ao homem que eu amo desde que me entendo por gente. Nem imagino como seria uma vida sem o meu marido nela e nem quero imaginar isso. Temos tanto para viver. - Há males que vem para o bem, talvez essa foi a melhor saída que você encontrou para acabar com esse relacionamento abusivo. – minha mãe tenta puxar assunto da pior maneira possível comigo enquanto tomo meu café da manhã. - O Alexandre nunca foi abusivo comigo. Nós brigávamos como qualquer casal, porém ele nunca encostou um dedo em mim sem a minha permissão. – o defendo quase automaticamente, porque não suporto quando falam do meu marido sem motivos. Ok, ele me deu dois tapas ontem, mas foi porque estava com ódio por causa do que soube. Geralmente, o Alexandre não é assim comigo. - Me desculpa, mas um menino de quinze anos beijar uma garotinha de dez anos é quase p*******a! – ela bate sua mão na mesa. – Eu deveria ter cortado isso bem mais cedo, mas acho que decidi sair do morro tarde demais, porque você estava impregnada por esse amor bandido. Abro minha boca para lembrar que a bonita é casada com dois traficantes, mas outra pessoa toma a minha frente. - Dona Isabella, se a senhora soubesse que a sua garotinha era quem provocava e queria... – Miguel surge na cozinha, jogando as verdades e eu começo a rir sem graça. - Olha, eu desisto! Se vocês querem continuar passando pano para o Júnior, continuem sem mim. – a mulher se levanta e sai do cômodo com raiva. - Se ela sofrer infarto, a culpa é sua. – falo ainda rindo e sem parar de comer. Quanto mais problemas, mais fome eu sinto. - Relaxa, irmãzinha, afinal se ela aguenta dar para dois homens quase todas as noites, aguenta uma verdade básica sobre a filha dela. – faço uma careta de nojo e tento afastar esses pensamentos imundos da minha mente. Óbvio que é normal pais transarem e eles nunca fizeram parecer que s**o é um bicho de sete cabeças, porém eu prefiro não ter uma imagem sobre os três praticando ménage no quarto. - Acho que vou atrás do Xande. – mordo meu lábio inferior e olho para o meu irmão esperando sua opinião. - Leva alguma lingerie nova para ajudar. - i****a! – peguei o guardanapo e joguei no seu rosto sendo obrigada a rir e a pensar na possibilidade de levar algo para provocar o Xande. - Só toma cuidado, porque ele está puto. – Miguel pede e eu assinto com um sorriso de lado. – Espero que vocês se acertem logo, porque eu mesmo não me dando com o seu amorzão, sei o quanto o casamento dos dois te faz feliz. - Obrigada por entender e não me julgar. Foi extremamente difícil me livrar da minha mãe para poder sair de casa e vim atrás de macho como ela costuma dizer, então já era noite quando eu cheguei no morro e fui direto para onde eu costumava morar antes daquela maldita viagem da faculdade. Nunca havia viajado sem meus pais, mas aos vinte anos me pareceu que eu estava pronta para ir em um congresso do meu curso de graduação em outro estado e bom, a verdade é que eu não estava nenhum pouco. Bebi demais com os meus colegas de faculdade e com caras desconhecidos que estavam no campus da universidade onde estava acontecendo as palestras, apresentações de trabalhos dos universitários e as rodas de conversa. Exagerei tanto no álcool que sequer lembro de beijar o rapaz moreno que aparece em um vídeo que a minha ex amiga gravou. Quero muito acreditar que só foi um beijo, porque só de pensar que posso ter sido abusada sexualmente por estar bêbada, eu sinto vontade de chorar. Nunca deveria ter me colocado minha segurança em risco. Fui muito burra em confiar em pessoas que conheço há pouco mais de dois anos. Era tão nítido que o povo daquela faculdade está pouco se fodendo para mim. Me arrependo amargamente em não ter ouvido minha mãe e o meu marido. Afasto meus pensamentos daqueles dias cinzas assim que entro na sala de estar e ouço alguns gemidos vindo do quarto e não quero acreditar que ele já está com outra mulher. Subi com pressa e abri a porta do cômodo encontrando o Alexandre de bruços na cama e para me m***r do coração, pelado. A televisão estava ligada e na tela rodava um filme pornô com gemidos mais falsos do que eu aos quinze anos fingindo que ainda era virgem quando alguém da minha família perguntava se eu e o homem desnudo já tínhamos transado sendo que o que mais fazia na adolescência era quicar no p*u dele. Olho ao redor e vejo a bagunça que está aquele quarto, cueca jogada no chão, calça jeans em cima da escrivaninha e a blusa em cima do abajur. - Eu achei que tinha deixado claro para você não vim aqui, Alice. – me assusto ao perceber que ele acordou e o olho com carinho. Essa carinha de sono... Que saudade de acordar olhando para ela. - Gosto do perigo de enfrentar um traficante. – brinco e sento próximo a ele. - Vai tirando onda... Quando você estiver a sete palmos, quero ver se ainda estará brincando comigo. – ele se vira e meu olhar vai direto naquele p*u que eu tanto gosto de c****r. Muito difícil essa vida de ser s****a, porque até nessas horas só penso em t*****r. Balanço minha cabeça e tento me concentrar no que vim fazer: me acertar com o Alexandre. - Não estou tentando te desrespeitar, meu amor. Só quero que você entenda meu lado. – falo com calma e levo minha mão até a sua barriga, fazendo um carinho lento de cima para baixo até chegar no seu m****o. - Tu não vai resolver essa parada na base do b*****e. – ele afasta a minha mão e eu quase choro pelos olhos mesmo, porque pela b****a está difícil, viu! – Vou tomar banho. Alexandre se levanta e vai até o banheiro enquanto eu resolvo arrumar o quarto e espero que ele resolva me ouvir depois de se banhar.
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