Capítulo 5

2756 Words
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O que poderia estar acontecendo?   - Isso é um sonho?   - Digamos que sim e que não. - disse a mulher com um sorriso brincalhão. - Eu te chamei aqui com um propósito. Eu sei que a Rainha das Fadas planeja assassinar sua irmã mais velha, de nome Victória Campbell, mas eu venho aqui para lhe dizer que não o faça.    - Como sabe disso? - Dean tinha uma verruga de dúvida na testa e parecia um pouco desconcertado. - Era uma informação confidencial.   - Querido... - ela ria enquanto puxava uma cadeira para se sentar. - Eu sou Deus. Nada me escapa.    - E então?   - Não o faça. - disse apenas, olhando com divertimento um Dean confuso.   - Mas a profecia...   - Besteira. Eu sei que ela lhe contou que sua irmã iria causar a destruição do mundo por causa de seus poderes descontrolados. É mentira.    - E você estar aqui só prova que não foi embora, certo?   - Mentira atrás de mentiras. Preciso que algumas coisas sejam feitas...   - Espere. Por que está falando comigo sobre essas coisas?    Sharon era uma n***a formosa, ela jogava seus pesados cabelos para lhe enviar um sinal de que podia confiar nela. Afinal, quem seria mais confiável do que Deus? Dean estava duvidando de sua identidade. Estava incerto, já que foi criado pela Rainha, por que ela mentiria para ele?   - De todos nesta casa, você é a pessoa mais sensata, além de ser o mais espiritualmente evoluído por causa da magia das fadas que percorrem seu corpo, isso me permitiu conseguir manter esta conexão contigo.    - Tem muitas coisas que eu ainda não entendo.    - E vai ter que desvendar por si só.    - Então minha irmã não é uma ameaça afinal?   - Nunca foi e nunca será. Muito pelo contrário! Ela é a última de uma linhagem que eu criei e instrui para que esse momento acontecesse. Eu nunca daria poder para uma pessoa que fosse destruir o meu precioso mundo.      - Entendo. - ele suspirou aliviado. - Mas como lidarei com a Rainha. Se eu me negar a o fazer, ela certamente enviará alguém que...   - Confie, meu jovem. Eu infelizmente não consigo ajudar, pois estou presa, mas confie em sua irmã que tudo dará certo. Só há uma coisa que me preocupa.    - São os vampiros, creio eu.   - Eu gosto de você, sabia? - ela o olhava e expressava com seu olhar bondoso sua gratidão. - Sim, são eles. No meu livro há umas instruções sobre esses dois irmãos que compartilham da mesma alma. Eu já sabia da existência deles bem antes deles sequer virem ao mundo, o processo é um pouco perigoso e vocês talvez tenham algumas pequenas dificuldades quanto ao feitiço, mas eu torço pela vitória de vocês.   - Obrigada, Srta. Sharon. - ela abriu seu largo sorriso mais uma vez e ele a acompanhou, demonstrando respeito.   - Boa sorte, meu filho.    Dean despertou de sua conversa com o Deus mais poderoso do mundo ainda sem acreditar. Os caminhos que seus irmãos tomariam estavam cada vez mais obscuros.    - Mas eu não entendo nada! - dizia Vicky frustrada. - Ela só falou em enigmas?    - Eu te falei o que tem que ser feito, o que não entendeu? - Dean bufava no sofá da sala de estar com todos os outros no fim da tarde.   - Eu já revirei de ponta cabeça este livro, não tem nenhuma fórmula secreta, só feitiços básicos que meus antepassados escreveram.    - Eu não chamaria de básicos. - dizia Jéssica. - Uma vez que aconteceu o que aconteceu com Lester.    - Tem razão. - concordou Robb. - De repente você por ser guardiã deveria ativar de alguma forma o livro e liberar feitiços escondidos. Afinal, qualquer um conseguiria ver estes feitiços do livro.    - Na verdade isso é uma ótima ideia, Robert! - disse Dean num salto. - Vicky, tente liberar um pouco desse seu poder aterrorizador pra ver se libera alguma coisa no livro!   - Mas... e se o livro se desintegrar. Ele é antigo e minha magia ele é...   - Não pense demais, só tente. - disse Jess.    - Certo.    Victória tentou transmitir pequenas faíscas de poder até a ponta de seus dedos que seguravam o Sagrado com segurança. Ela sentiu um pequeno formigamento e seus olhos se abriram totalmente brancos, como se ela estivesse completamente cega.    - O que...?    - Espere. - lhe cortou Jess, Robert a olhou f**o e ela lhe enviou um meio sorriso.   Vicky abriu o livro que segurava e começou a ler as páginas em branco do Livro, começando de trás pra frente, de ponta cabeça. Todos estavam confusos, mas esperavam ansiosos. Quando a cor nos olhos da menina voltaram, ela deu um longo suspiro, dispersando o poder que ela controlava para não explodir tudo.    - Bom, ela disse que teríamos pequenas dificuldades, certo? - todos concordaram. - Eu gostaria de socar a face de Deus agora. Graças a Deus eles não estão aqui, mas Mary e Ethan talvez tenham que fazer uma decisão difícil quanto ao feitiço.   - Como assim? - perguntou Dean, muito curioso.   - A alma compartilhada deles tem que ser reunido em um só corpo, isso quer dizer que se o Ethan, que é o ladrão, não tiver sua própria alma após devolver a parte da Mary, ele morre. Na verdade cairía num sono eterno, um corpo sem alma. Se eles decidirem não o fazer, Mary nunca vai ter o poder o suficiente para combater esse apocalipse que está por vir. - ela deu uma pausa para respirar profundamente. - Eu acho que tem algo nesse história que não se encaixa.    - Eu sei que não quer ver seu namorado morto Vicky, mas se for preciso... - dizia Robert.   - Não, não é isso. É sobre eles serem vampiros. Não faz sentido Deus estar se importando tanto com eles nesse momento. Só eu sozinha já bastaria para cumprir o propósito.    - Mas dizem que os guardiões tem de ficar juntos para serem mais fortes. - disse Jess.   - Quem disse? Vampiros são supostos a tirarem vidas de inocentes, por sorte eles não comem pessoas, mas animais. Mas alguma coisa sobre isso parece certo pra vocês? De onde realmente vem o poder dela?   - Da Lin Linx, já sabemos disso. - revirava os olhos seu irmão impaciente.    - Não Robert, eu fiz minha lições de casa. Bruxas perdem seus poderes ao "morrerem" no processo de transformação. Não poderia ser isso, a não ser que...     - Chegamos. - disse Mary ao passar pela porta com Matt e Ethan e notar a cara preocupada de todos. - A propósito, obrigada pelos amuletos Jess, funcionaram magnificamente.    - Obrigada.   Mary e Ethan ouviram com atenção o que todos tinham a dizer sobre suas circunstâncias e suspirou, frustrada.   - Estava demorando para aparecer outro problemas. E, sinceramente? Eu já esperava que algo assim acontecesse conosco. Acho que era algo inevitável.    Ethan tinha um semblante tristonho e nada dizia. Robb era o único que parecia realmente ansioso com a jornada de Mary ao desconhecido.   - Conseguiu achar que nos ajude, afinal?    - Digamos que sim. Ele concordou em nos ajudar, mas nos deu uma condição.    - E qual seria? - Vicky olhava seriamente para ela. - Quem são eles?    - Eles querem poder andar sob a luz do sol, assim como eu e minha família. Esse é o preço para nos ajudar.    - Vampiros? - Jess estava perplexa, já era bastante difícil engoli-los, como seriam dezenas de milhares deles ao seu lado?   - Eles são diferentes, assim como nós, viemos desse templo.    - E espera que todos eles nos ajudem, sem machucar nenhum humano? - perguntou Vicky, cética.    - Estamos em uma guerra, prefere que alguns se machuquem ou que todos morram? Eu trouxe a minha legião. Onde está a sua?  * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *  Depois de toda a explicação da situação, Mary chamou seu irmão para conversarem com mais privacidade o assunto delicado.    Mary se sentou no sofá da sala de música da grande mansão dos Campbell e sorriu um pouco sem graça para seu irmão. - Espero que não esteja com raiva de mim... – começou a dizer, mas foi interrompida pelos berros de Ethan, que estava até então em silêncio. - Como você espera que eu esteja? Não sinto raiva de você Mary, sinto raiva do nosso destino! Não acha que deveria ser diferente? Eu sabia que algo assim aconteceria.    Ele se recusava a aceitar a ideia de ser a causa do desequilíbrio de qualquer coisa. Ele odiava ser o empecilho de qualquer coisa, ele não suportava. Tudo estava errado por que ele havia nascido, era só isso que ele continuava pensando. Nada nem ninguém poderia prever que um guardião se dividiria em dois. Ele ainda pensava na possibilidade dessa situação ter prendido Deus de alguma forma, além dele ter virado um maldito demônio bebedor de sangue e criado um híbrido que tem grandes chances de acabar causando o fim do mundo. Ele era o erro que devia ser reparado. Mary tentava entender seu irmão, ela o amava demais para aceitar perdê-lo. Os dois estavam em negação. - Tem que ter um jeito. Não precisamos nos precipitar. – disse Mary, mas Ethan já se levantava com lágrimas nos olhos. - Vou me despedir de Victória. – disse apenas. Mary agarrou a manga de seu casaco antes que ele partisse e lhe agarrou forte, como um abraço de irmã mais velha super protetora. - Vicky disse que vai procurar uma solução, vai ser se consegue fazer isso sem te perder, isso não tem que ser um adeus. Me diga que não vai fazer nada. – pediu. Ethan desviou seus olhos da irmã e se soltou do abraço, tristonho. - Prometo esperar o tempo que for preciso, mas quando chegar a hora, estarei pronto para partir.   Jessica estava sentada na varanda acariciando sua barriga gigante e cantarolava uma canção de ninar. Robert estava ao seu lado e lhe fazia uma massagem nos pés, sempre sorridente. Ele não via a hora de ser finalmente pai, mas o pensamento lhe assombrava quando se lembrava que o fim do mundo estava marcado para a data de nascimento de seu filho.   - Por que tudo nessa família tem que ser complicado?    - Por que provavelmente era assim que tinha que ser.    - Mamãe e Lea presas na Ordem, Peter foi pro céu, literalmente. Dean tem essa conexão estranha que nunca vou entender cem por cento, com as fadas. Victória é uma p**a bruxa poderosa que provavelmente vai nos salvar da perdição e tem toda a história com os vampiros. - Jess deu uma risada da expressão de seu marido.   - Acho que isso te torna o mais normal de toda a família.   - Seria, se o nascimento de meu filho não marcasse o início do fim dos tempos. - ela olhou para a barriga, sorrindo amigavelmente.   - Tem razão. Eu também queria poder ajudar mais...   - Mas com essa barrigão, não tem jeito. Eu sei. Eu nem quero que se esforce demais.    - Como será que está seu sobrinho? As vezes me pego pensando nele.    - Eu tenho certeza que se o portal de Vicky tivesse funcionado, ela teria o achado, a pessoa que o está escondendo o faz muito bem. Ela tem tanta coisa em sua cabeça, me pergunto como ela consegue sorrir no fim do dia. Ela amadureceu tanto.     * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *  - NÃO! – disse a voz. Theon andava de um lado para o outro enquanto procurava uma explicação para o erro. Lester estava sentado em uma cadeira reclinável e fumava um cachimbo, sorrindo. - Como isso foi acontecer? Como assim as perdeu de vista? – Theon falava com um homem que estava de joelhos a ele e parecia implorar piedade. O híbrido agora tinha a aparência de um adolescente e seus olhos eram de uma crueldade sem limites. - Eu juro que em um momento elas estavam bem diante de meus olhos, mas de repente elas desapareceram. Theon lhe deu um t**a na fase e depois o chutou. - Humanos e vampiros são fracos para os trabalhos que lhes são designados. Vamos precisar radicalizar. E já que os anjos estão se organizando, por que não pedir uma ajudinha do submundo? – ele parou de andar e focou seus olhos no homem. – Você é inútil para mim agora, Vladmir. Morra. – dizendo isso o homem começou a gritar enquanto sua pele enrugara e secava na carne. Ele se contorceu por um tempo até definhar e morrer. – Lester. - Hun? – perguntou parecendo sair de seus devaneios. – O que foi? - Entre em contato com o Príncipe. Temos trabalho a fazer.  - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
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