O silêncio da mansão Monteiro era quase opressor naquela tarde. A ausência de Getúlio, que havia saído para tratar de seus próprios negócios, deixava o ambiente ainda mais sombrio. No centro de toda essa tensão, Belle fervilhava de ódio. Ela caminhava de um lado para o outro no quarto que havia se apropriado na casa de Getúlio, seu rosto uma máscara de pura fúria. Seus olhos, habitualmente frios e calculistas, agora queimavam com uma intensidade que refletia a tempestade que rugia dentro dela.
Ela sentia como se o chão tivesse sido arrancado debaixo de seus pés. Por anos, Belle se via como a mulher destinada a ocupar o lugar ao lado de Rafael. Ela estava sempre presente, oferecendo seu apoio inabalável, seus conselhos calculados, e acima de tudo, sua lealdade. Ela acreditava ser insubstit
