Getúlio saiu do prédio de Rafael como um vulcão prestes a entrar em erupção. Sua bengala batia forte no chão, ecoando a intensidade de sua raiva enquanto atravessava o saguão. Os olhares dos funcionários e seguranças eram de temor e curiosidade, mas ninguém ousou cruzar seu caminho. Ele era uma tempestade de emoções reprimidas, cada passo marcado por pensamentos sombrios que fervilhavam em sua mente. “Clara... maldita Clara!” ele rosnou para si mesmo enquanto se dirigia à limusine que o aguardava na calçada. “Ela é uma doença infecciosa. Contaminou o Rafael, envenenou o meu neto contra mim. Isso precisa acabar.” A porta do carro foi aberta por seu motorista, mas Getúlio não entrou imediatamente. Ele ficou parado na calçada por alguns segundos, encarando o vazio, os olhos semicerrados e a

