O ambiente no hospital estava tenso e repleto de murmúrios. As vozes se elevavam em um misto de preocupação e indignação enquanto Clara era levada algemada, seus olhos cheios de desespero. Rodrigo observava de longe, um sorriso satisfeito escondido sob uma máscara de tristeza e choque. Ele precisava que todos acreditassem em sua encenação, que vissem o “bom moço” que se importava genuinamente com a situação de Clara. “Como isso pôde acontecer?” ele exclamou, com a voz carregada de incredulidade. “Clara é uma das melhores enfermeiras que temos! Não consigo acreditar que ela estaria envolvida em algo tão absurdo!” Suas palavras foram acompanhadas de olhares de solidariedade e apoio dos colegas, que acenavam com a cabeça, concordando com a sua indignação. Rodrigo sabia que precisava vender

