O amanhecer trouxe uma luz fraca que atravessava as barras da cela, mas para Clara, a claridade parecia insignificante diante da escuridão que tomava conta de sua mente. O chão frio e duro da cela ainda fazia suas costas doerem da noite anterior, onde ela, sem opção, havia se encolhido no canto do espaço lotado, tentando encontrar algum descanso. O barulho das outras prisioneiras, o cheiro de suor e o medo constante faziam suas esperanças parecerem ainda mais distantes. Rodrigo, por outro lado, estava no seu escritório, desfrutando de um café. Ele se recostou na cadeira, observando o relógio com um sorriso satisfeito. Sabia que, naquele momento, Clara ainda estava na cadeia, provavelmente em pânico, tentando entender o que havia acontecido e como sua vida havia desmoronado tão rapidamente

