Clara estava paralisada, um frio intenso percorrendo seu corpo. O olhar de Rodrigo a atravessava como se pudesse ver até o fundo de sua alma, e o pânico se instalava em seu peito. A sala estava escura, as paredes parecendo se fechar ao redor dela, enquanto o peso da acusação pairava no ar.
“Você não tem como negar, Clara. Os medicamentos estavam na sua bolsa”, disse Rodrigo, a voz baixa, mas carregada de um veneno que fazia o estômago dela se revirar. Ele sabia que a situação a deixava vulnerável, e isso alimentava sua satisfação. A expressão dele era de triunfo, como se ele tivesse finalmente conseguido a presa que tanto desejava.
“Mas eu não fui eu!” Clara murmurou, a voz quase inaudível. A incredulidade misturava-se ao medo, e ela lutava contra as lágrimas que ameaçavam escapar. Em su
