♠️ capitulo 10

591 Words
Lara O salão do cassino estava em silêncio tenso. A rodada final do dia tinha começado, e Lara sentia cada olhar sobre si, cada respiração sincronizada com o barulho das fichas e cartas. Ela estava concentrada quando notou algo estranho: um dos jogadores na mesa oposta observava cada movimento dela com atenção excessiva, quase predatória. — Dante… — murmurou, discretamente. Ele inclinou-se para perto dela, os olhos atentos. — Relaxa. Apenas siga o jogo. Mas Lara não conseguia ignorar a sensação de perigo. O rival parecia planejar algo além das cartas. ---------- De repente, uma distração no balcão de fichas. Um choque elétrico percorreu a mesa. Lara sentiu uma fagulha para percorrer o braço. Alguém tentava sabotar seu equipamento de apostas eletrônicas. — Cuidado! — Dante gritou, impulsivo. Ele agarrou o braço dela, puxando-a para trás da mesa num movimento ágil, enquanto o rival tentava se aproximar. O choque ecoou pelo salão, os espectadores gritando e correndo. Lara sentiu o coração disparar, o corpo colado ao dele. — Você está louco?! — disse, entre ofegante e furiosa. — Louco o suficiente pra não deixar que te machuquem — respondeu, a voz firme, carregada de perigo. Ele ergueu a mão e, com um gesto rápido, desarmou o jogador com uma movimentação sutil, mas letal, usando apenas a força da surpresa e da estratégia. — Isso… — Lara engoliu em seco, ainda tremendo. — Isso foi… incrível. Disse Lara, Pois ela ficou sem palavras para o acabará de presenciar —Trata se de Sobrevivência. — Dante respondeu, os olhos fixos nos dela. — Não é hora de jogar. O salão ainda era um caos, mas o rival fugira, percebendo que havia subestimado a combinação de Lara e Dante. -------- Quando tudo se acalmou, Dante levou Lara para fora do cassino, para um beco lateral iluminado apenas por lâmpadas amareladas. — Você está bem? — ele perguntou, segurando o rosto dela entre as mãos. — Sim… acho — ela murmurou, sentindo o corpo ainda tremer com a adrenalina. — Não só por causa do jogo — ele disse, baixando a voz. — Por causa de mim. Ela sentiu a intensidade do olhar dele, como se pudesse ler cada medo, cada desejo. — Você não pode fazer isso comigo — disse ela, a respiração acelerada. — Eu não posso fazer o quê? — ele perguntou, aproximando-se perigosamente. — E se eu disser que não me importa? O calor dele envolveu-a, e antes que pudesse recuar, ele a beijou novamente. O beijo foi urgente, desesperado, como se tentasse transmitir tudo que não podia dizer com palavras: proteção, desejo, perigo e conexão. Lara correspondeu, deixando-se levar, sabendo que cada instante poderia ser o último seguro. — Dante… — ela murmurou entre os lábios dele. — Não podemos nos perder nisso. — Talvez seja tarde demais — ele respondeu, a voz rouca. — Mas se vamos enfrentar esse jogo mortal, precisamos estar juntos. ---------- Enquanto se afastavam, Lara percebeu que algo tinha mudado. Não eram apenas parceiros no torneio. Agora, eram aliados em uma guerra invisível, e cada toque, cada olhar, era carregado de paixão e perigo. — Vamos precisar de mais do que cartas para vencer — disse Dante, segurando a mão dela. — Eu sei — respondeu Lara, sentindo que, pela primeira vez, confiava nele, ainda que parcialmente. E naquele instante, o torneio não era apenas uma questão de dinheiro ou poder. Era uma questão de sobreviver a tudo e todos, confiar e não deixar que os segredos destruíssem o que ainda podia nascer entre eles.
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