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4178 Words
Itália        Custo a me lembrar se houve alguma parte boa na minha vida e, claro, ela está por piorar mais ainda. Vejo que sobrevivo agora por insistência do destino...      Desde pequena eu perdi muitas coisas: meus avós, umas tias distantes, amigos que se afastaram, cachorros e peixinhos que se foram..., mas apesar disso tudo, eu aprendi a lidar bem com as minhas perdas. Até agora...     Meus pais se foram! E esse é um daqueles fatos que nossa alma desiste de acreditar ser um fato. A gente nunca está preparada para essas coisas, mas uma coisa eu sei: eu vou saber conviver com essa perda também, mas inevitavelmente ela irá me mudar de alguma forma.      Hoje, a mudança se inicia e eu começo a perceber que nada mais parece se encaixar. Como de repente eu perco meus pais e agora simplesmente me encontro em um carro caríssimo com uma estranha assistente social, muito gata por sinal, indo ao encontro do meu primo, onde aparentemente vai me abrigar por enquanto. Pelo menos é isso o que pensam.     Ter 17 anos não me faz a mais madura das adolescentes, mas eu diria que sei me virar da maneira que posso, então porque diabos querem tanto cuidar da minha vida? Faltam apenas, intermináveis, 6 meses para eu atingir a maior idade. É uma tamanha idiotice!      45 minutos depois, chegamos a um prédio gigantesco, espelhado e azulado, adentramos e subimos pelo elevador, sem trocarmos uma palavra sequer. Eu não estou muito afim de falar com ela, e ela esta muito ocupada arrumando o cabelo para receber meu primo, que m*l conheço, mas sei que deve está mais bonito agora.     Ela é tão alta e tem um corpão... Aquela b***a então... O cabelo todo arrumadinho para trabalhar, e o meu aqui, todo desgrenhado com esses cachos cheios de frizz. Ela tem uma bolça e tanto e eu uma mochila desgastada e suja, com quase nada dentro. Perto dela, eu teria vergonha de andar comigo. Mas estou adorando tudo isso!      Tocamos a companhia no apartamento 23, que é a primeira porta de duas em apenas um andar. Bizarro!     Uma senhora toda sorridente de meia-idade atende a porta. Um uniforme impecável de governanta e os cabelos ruivos em um coque perfeito. Ela é tão baixinha que eu diria que a assistente gata social deve estar se sentindo constrangida com o próprio tamanho ou ao contrário.     - Podem entrar. – Diz a senhora com a voz doce e um sorriso quase materno.      - Você pode chama-lo para mim? - A assistente pede.     - Sim! Pode me acompanhar, ele esta no escritório.     As duas somem pela sala e eu decido que não vou acompanha-las, acredito que não notaram minha ausência. Aqui tudo é muito grande, do meu lado esquerdo há uma sala com uma parede inteira de vidro com a vista para os maiores e mais ricos prédios de Nova York e ao final vejo sofás mais bonitos que a Gisele Bündchen e ao lado uma enorme escadaria toda de vidro, tão bonita quanto. E no meu lado direito tem uma cozinha americana pequena com tons de preto e branco. Alias, tem alguém aqui que não curte muito cores... Com uma casa dessas, já imagino o burguês que meu primo deve ser.      A governanta voltou com o andar bonitinho e um sorriso de miss no rosto.      - Olá, Itália! Você é uma linda menina, perdão por ficar aqui esperando. - Ela sorri com culpa. Eu dou um sorriso amarelo para ela e ela continua: - Você gostaria de conhecer seu quarto?      Balancei a cabeça em afirmação e logo ela começou a andar e eu fui junto, subimos as escadas e virando à direita um extenso corredor sem graça com apenas uma obra de arte elegante. Ela então virou um pouco o rosto e andou mais devagar.      - Meu nome é Maria Marta, eu sou a governanta do senhor Dylan. – Se apresentou e continuou andando apontando para uma porta a esquerda: - Aqui é o quarto do senhor Dylan e ao lado é o seu.     - Teria outro quarto pra eu ficar que não seja do lado dele? Sei lá, ao lado do seu quem sabe? – Eu quis dizer, mas nada saiu da minha boca.      Ela abriu a porta e revelou um quarto ainda mais sem graça, todo trabalhado no branco, com móveis mais brancos ainda, lençóis igualmente brancos e por um segundo eu pensei que o carpete poderia ser um tom de bege, mas não, claro que ele também é branco. Por enquanto pelo menos... Estou desconfiada que estou sendo internada e isso é um quarto de sanatório. Aliás muito confortável!      - Espero que goste! – Finaliza com o mesmo sorriso atormentador materno.     Em resposta assenti com a cabeça e lancei meu sorriso de sempre. Ela então se vira e retira-se do quarto.     Olho pra essa cama e só me lembro da cama pequena que dormi a infância toda e a melhor coisa que posso fazer é me jogar nesse colchão King Size, aproveitar enquanto estou por aqui, pois amanhã espero estar bem longe desse lugar que parece mais o Show do Milhão.      Leva uns minutos até que eu decida me levantar e ir ao banheiro tomar um banho. E fico abismada ao entrar e dar de cara com um revestimento em mármore com detalhes pretos e puxadores em ouro. Vou confessar que achei que nunca mais veria cores nesse lugar.     Um banho demorado e reflexivo me faz querer morar nessa banheira, apesar disso tudo me lembrar o quanto irritava minha mãe o árduo tempo em que eu fazia de refúgio o banheiro de casa. Nunca pensei que eu poderia sentir falta disso.      Visto a única roupa que eu trouxe na minha mochila e a fecho. Pra eu ir embora preciso de algumas coisas e comida é uma delas, como irei de manhã, é provável que eu dê de cara com o chefão e não consiga pegar, estão pegarei agora.      Saio de fininho, passo pela porta fechada dele e não faço ideia se ele se encontra por lá. Continuo fiel que dará certo, me certifico que não há ninguém e pego na geladeira as poucas coisas que tem dentro. Credo! Ninguém come por aqui? Penso.      Rumo a escada viro pro lado e lá está ele. É assim que eu me apresento pro meu primo né: roubando comida da casa dele. E agora, p***a! Vai ficar aí parada?      Engoli a seco e olhei séria pra ele, tentando intimida-lo. Mas p***a, não tá dando certo, ele está se aproximando. Agora bem perto, posso até sentir seu perfume forte. Ele estende uma mão e eu me vejo no cenário em que preciso desocupar uma das mãos de alguma forma que seja menos: eu sou uma esfomeada e peguei toda a sua comida.      O cumprimento ainda com a cara fechada.     - Como vai, Itália? – Fala.      Pensei em fingir que não escutei, mas saiu um oi involuntário.      Ele é sério demais, deve ser um chato de galocha. Mas é mais gato do que eu lembrava, atraente e o tipo de cara que nunca tira seu uniforme típico de empresário. O terno cinza perfeitamente alinhado ao seu corpo, já diz muito sobre isso...      - Pode ir. - Ele manda e eu me viro na ponta dos pés e começo a subir as escadas. Paro por um instante e o olho de cima a baixo e tento disfarçar meu deboche.  * * * * *  Dylan     Abusada! Muito abusada! Penso indignado, como ela nem ao menos me cumprimenta com decência?      Péssima hora em que preciso bancar o tutor. Eu nem ao menos quero filhos, imagine uma adolescente mimada perambulando pelo meu apartamento. E que tanto de comida era aquela, alias? Não deve se alimentar há uns 10 dias.      Volto para o meu escritório e começo a pensar que eu poderia até perguntar o que ela irá fazer com isso tudo, mas creio que fiquei um tanto impressionado com os olhos azuis profundos borrados com maquiagem preta. Não entendo porque passam essas coisas ao redor dos olhos...  * * * * *     Acordo é já são 6 horas da manhã e m*l amanheceu por aqui. Decido me levantar e tomo uma ducha fria e sou interrompido com batidas fortes e desesperadoras na minha porta. Normalmente isso não acontece.     - Sim? – Abri uma frecha da porta um tanto irritado.      - Senhor, preciso falar uma coisa muito importante. - Falou Maria Marta. Arqueio as sobrancelhas como sinal pra ela continuar - É algo muito serio, senhor. Sem me importar mais, abrir a porta inteira só com a toalha enrolada na cintura.     - O que foi, Marta?         O rosto dela formava rugas e sua cara de preocupação me deixou curioso.     - Senhor... – soltou um suspiro e respirou fundo -  A menina, fugiu, senhor!     Suspirei fundo e a informação não pareceu entrar certo na minha cabeça.     - O que? Talvez ela não tenha ido para a escola?      - Não senhor, ela levou todas as coisas que trouxe e o motorista disse que não a levou para escola. – Marta termina tentando não esbouçar tanto desespero.      Eu não consigo entender ainda, como fugiu? Porque na verdade? Agora me veio a cabeça pra que aquele tanto de comida que ela levou para o quarto ontem.     - Mande Layton procura-la! – Ordenei.      Ela assentiu com a cabeça e saiu.     Em um dia essa garota já está fazendo esse drama todo fugindo. Como vou saber lidar com alguém que eu m*l conheço e que é tão nova assim? Decido me vestir pra ajudar a procura-la. Apesar de tudo, eu preciso mantê-la fora do perigo.      Desço as escadas e já avisto meu motorista de longe. Mas que diabos ele ainda faz aqui?      - Ainda não foi procura-la? – Falei em um tom de raiva e parei a sua frente.     - Não tenho a menor ideia de onde, senhor. – Ele finalizou parecendo ainda mais preocupado.     Conversamos por 20 minutos até constatar que talvez Itália estivesse apenas na casa antiga. Conseguir o endereço na ficha dela e mandei Layton ir lá e não voltar sem ela. Que garota mimada!     Resolvendo algumas coisas do trabalho, me surpreendo o quão estou irritado com toda essa situação. Ela está passando por cima de mim, é o que? Um tipo de desafio?      - Layton? – Atendo o celular de repente.      - Senhor... – deu uma pausa, - ela não se encontra aqui!      Passo a mão pelos cabelos e fico pensando em uma outra forma de encontra-la.      - Volte para casa. - Termino e desligo.     Passo a mão no rosto tentando aliviar o quão estressado isso está me deixando. Ela realmente me despistou. Olho pra ficha dela à minha frente, a abro e procuro mais algo que possa me ajudar a localiza-la. Pronto! Achei o número dela. Vou ligar pra Denise, minha secretária, rastreá-lo.      Em poucos minutos a localização deu em um beco sem saída no Brooklyn. Meu Deus, olha aonde essa infeliz foi se enfiar! Penso indignado.       Já com a paciência esgotada, fervendo de raiva eu vou por conta própria pega-la. Minha vontade é de prende-la na cama.      Pego meu carro e sigo para o Brooklyn. Procuro o beco de onde a localização acusou, mas olho através da janela que ela não esta lá, mas vejo no chão aparentemente o papel do biscoito que ela pegou da minha casa. Provavelmente deve de ter sido ela que comeu!      Percorro mais algumas ruas e lá na frente vejo uma jovem andando. Tenho certeza que é ela. Aperto o acelerador e quando estou perto o bastante dela diminuo a velocidade. Parei o carro e não disse nada, e ela parou logo em seguida, me olhou com um olhar distante e com a p***a de um cigarro entre os dedos, deu uma tragada e franziu o cenho um tanto surpresa.      Não sei o que me deixa mais indignado: o fato dela está aqui sem motivo algum ou ela está fumando. Não consigo nem ao menos falar nada, se não vai sair besteira da minha boca. Me desloco um pouco pro lado do passageiro e abro a porta pra ela entrar.     Ela se aproxima da janela e abaixa um pouco a cabeça esbouçando quase um sorriso. Essa garota vai me enlouquecer ainda!      - Ora, ora... nunca pensei que um lindo Audi andaria por nada mais nada menos que o Brooklyn, - Soltou uma gargalhada irônica, - E que eu seria o motivo deste acontecimento.      - Da pra entrar logo no carro? – Tento ser educado, mas estou quase por enfia-la aqui de qualquer jeito.     - Agradeço sua disposição, mas acho que está claro que não quero nada seu, nem sua ajuda, nem seu apartamento luxuoso, – Desdenhou e continuou – Não perca seu tempo comigo e me deixe em paz.      Penso em ir embora depois da audácia dela, mas apenas saio do carro e fecho a porta atrás de mim com mais força do que eu realmente queria.      - Eu também não quero te dar nada do que tenho, mas estou aqui fazendo minha parte, - ando de encontro a ela e paro na sua frente, - nem tudo na vida você consegue sendo uma criança mimada!      Ela larga o cigarro no chão, pisa nele o apagando e em seguida olha pra mim com o mesmo olhar profundo de ontem. Fico hipnotizado por uns instantes e não entendo como logo isso me chama atenção.      - Eu não quero ir!      - Eu não quero você lá!      Me aproximo mais um pouco e ela não recua. Nos encaramos por uns 3 segundos e ela desvia o olhar pra minha boca.  * * * * * Itália O que significa essa aproximação toda?      Depois de intermináveis segundos silenciosos e o ar pesado entre a gente, ele de repente se curva pra baixo e abraça meus joelhos e me joga em seu ombro. Oi? Não estou acreditando!     - Você deve está de brincadeira. – Resmungo em protesto.     - Você não vai me desafiar, Itália. Não enquanto estiver sob minha tutela.      Penso em gritar, espernear e estressa-lo mais, mas apenas cedo. Quando chegamos ao lado do carro, ele me coloca no chão e eu começo a arrumar meu cabelo quando ele abre a porta e espera que eu entre. Respiro fundo enquanto observo com mais calma o cabelo desgrenhado dele, a blusa cinza colada no peitoral e a calça preta de moletom. A estética do homem que acabou de acordar é incrivelmente sexy.      Me sento no banco e ele fecha a porta e o observo passar pela frente do carro e sentar ao meu lado seguidamente. Ele da partida no carro e vamos rumo ao apartamento sem graça dele. Olho de relance pra ele e percebo seu rosto avermelhado de raiva, ele acelera cada vez mais, como se não houvesse vários carros na frente. Ele ta achando que é quem? O Toretto? Pensei em dizer que isto não é pista de corrida, mas não quero provocar mais a fera.      O caminho longo que demorei de trem pareceu nada na volta pro apartamento de Dylan. Eu m*l escutei um suspiro dele o percurso inteiro e posso até imaginar ele querendo me prender em algum canto daquele quarto. É, se não for pra dar trabalho não seria eu!      Mas eu pouco ligo pra essas coisas. Tem duas semanas que tudo mudou na minha vida, acho difícil eu conseguir ligar pra alguma coisa. Tudo que eu posso fazer pra fugir do meu passado estou fazendo, mas Dylan me faz lembrar o porque estou nessa situação. Alguns amigos talvez quisessem saber o que houve de fato, mas já decidi desaparecer e fingir que também morri naquele acidente. Tudo que posso fazer pra esquecer sobre isto estou fazendo.       Não estou fugindo dos meus próprios problemas, apenas estou fugindo de minha dor. Cada um tem sua maneira de encarar as coisas e a minha é essa! Hoje de manhã, eu não sei o porque eu fui ate lá, talvez me lembrasse algo que eu não queira lembrar, mas de qualquer forma me traz lembranças boas. Eu poderia ter voltado pra casa, que é um lugar que com certeza sinto falta, mas sabemos que lá é uma caixinha de lembranças e não estou afim de passar por isso. Não agora!     Ainda é de manhã, mas me sinto cansada e exausta e eu m*l sei o porque, mas sei que logo adormecerei. Essa cama é boa mesmo! * * * * * Itália     Desperto com uma batida forte na minha porta, tento ignorar, mas continua esse barulho infernal.     - Estou dormindo. - Grito ainda de olhos fechados.     Então ouço a porta se abrir e revelar uma baixinha agoniada na minha frente.      - Querida, vamos lá, levante-se - Disse se aproximando, - Não quero que morra de fome e, o Sr. Crawford insiste que desça para o jantar.     Cretino! Não vai me deixar em paz nunca mais...     - Ok, ok, já estou indo! - Digo abrindo devagar os olhos e a vejo saindo fechando a porta.     Saio do quarto e desço as escadas, de longe o vejo sentado na bancada da cozinha, esperando Marta terminar o jantar. A feição séria e as sobrancelhas franzidas, deixam perceptível o quão Dylan está esgotado. Os ombros rígidos e a musculatura tensa ficam aparentes na camisa social branca e eu nem ao menos consigo disfarçar o quão ele esta atraente um total de todas as vezes que eu o vi.      Me aproximo e sento no único banco a esquerda dele e ele finge não ver minha presença. Não entendo porque quis tanto que eu descesse pra jantar com ele.      Vejo Marta se aproximar da bancada com os nossos pratos perfeitamente servidos e começo a comer. Marta sai da cozinha e vai para algum lugar do apartamento que não conheço ainda. Eu temia por esse momento visto que, agora o clima pesou mais do que eu esperava. As vezes o silêncio é desesperador. Meu coração dispara e decido falar algo:       - Como me encontrou mais cedo? – Pergunto e minha voz falha.     Ele se vira um pouco, me olha com serenidade e volta a olhar para seu prato. Suspiro desistindo de saber, quando ele me fita novamente e fala:     - Rastreei seu celular.     - Hm, esperto! – Digo voltando o olhar pra comida.      - Se você acha... - ele começa de repente e me assusto, - que vai me fazer de bobo como fazia com os seus pais, saiba que não vai conseguir.     Essa doeu! Não entendo qual é a dele pra tocar nesse assunto, ele nem ao menos me conhece. Respiro fundo e tento não ir pra cima dele. A essa hora meu coração veio parar na garganta. Viro meu rosto e serro os olhos,     - Você não me conhece e muito menos os conhecia. Quem você acha que é pra dizer alguma coisa? Prepotente e irritadinho! – O insulto, - deve ser doloroso alguém tirando seu controle, né? Eu não os fazia de bobos, mas você eu faço com todo o prazer.      - Eu acho bom a senhorita abaixar o tom de voz. – Começa com a voz firme, - estou fazendo um favor aos meus tios e não há você, se você insiste em ser uma adolescente rebelde pra chamar atenção, eu apenas vou estar aqui pra atrapalhar seus planos. Você escolhe! * * * * * Dylan     Vejo ela ficar calada de repente e me olhar serenamente, como quem realmente não se importa. A frieza das atitudes dela não condizem com a expressão desesperadora nos olhos dela.      - Eu prefiro a parte em que você me deixa em paz – finaliza com a voz calma e continua comendo.          Me calo junto a ela e termino minha comida. Olho de relance pra ela e a mesma tem um olhar distante, quase se estivesse sentida pelo o que eu disse, mas fria do jeito que ela é, impossível!          Não preciso me importar com ela e já estou no meu limite com isso de ser tutor e só tem 2 dias. Ela pode tentar me fazer de i****a o tempo inteiro, mas jamais vou deixa-la fazer o que bem quiser enquanto estiver na minha casa.           Itália se levanta depois de longos minutos olhando pra parede a frente dela e leva o prato até a pia. Observo que ainda está com a mesma roupa em que a encontrei pela manhã: a calça h******l e rasgada, a blusa de alcinha e o cabelo rebelde invadindo seu rosto pálido. E ainda sim, ela consegue ser atraente... * * * * *     Se passam três dias desde o dia em que ela se mudou para cá. As coisas não vêm sendo fáceis, nós somos um o oposto do outro e acabamos por fim nós dando m*l. Eu realmente tenho vontade de chuta-la daqui, de nunca mais vê-la. Ela me irrita, ela me provoca e acha que sou um homem para brincar. Pois tá aí, ela não me conhece e nem vai querer!      Tomamos café juntos hoje e vejo que ela esta até quieta demais. Acredito que ela seja como uma cobra: quando quieta prepara seu bote. Depois do café decidir ir trabalhar para esfriar a cabeça.     Ouço o celular tocar em cima da mesa da minha sala e o atendo no terceiro toque:     - Sim?     - Dylan Crawford? - Pergunta uma voz feminina atrás da linha. Eu conheço essa voz.     - Sim, quem é? - Respondo.     - Sou Ciara, a assistente social da Itália.     Eu sabia que conhecia. É a loira gata que trouxe Itália.     - O que gostaria?      - Você teria algum horário para conversarmos sobre a Itália? - Sua voz soa preocupada.     - Vou sair pro almoço agora. Te vejo em minha casa? Pergunto.     - Sim. – Ela finaliza desligando.      Dirijo calmamente para casa e quando chego, Marta esta preparando o almoço.     - Boa tarde, senhor Crawford! - Ela diz e continua, - Vai almoçar agora?     - Agora não, estou esperando alguém, quando chegar a leve para o meu escritório. - Termino andando de encontro ao meu escritório.     Depois de alguns minutos, minha porta se abre e revela uma linda mulher a minha frente. Me levanto com meus olhos encantados e a comprimento com um leve sorriso e ela o retribui.     Nos sentamos um na frente do outro e ela começa a falar tropeçando nas palavras:     - Bom..., então... como ela está indo?     - Bem, acredito eu. - Digo serio. - Mas é tão problemática...     - Imagino, com o tempo ela vai mudar! Isso é o luto falando por ela.     - Tentarei conversar com ela, talvez ela so esteja em negação. - Ela cruza as pernas e arruma o cabelo.     A conversa flui, mas não parecemos realmente muito interessados em falar da menina.     - É eu posso ir agora falar com ela... - Ela disse com os olhos meio caídos, pedindo que eu desse a partida.     Então ela se levanta e vai de encontro a porta. Eu vou junto.     - Tem certeza? Ela é uma fera... - Aliso seu braço e ela suspira.     - Ah sim, tenho! - Diz hipnotizada e continuo a alisar seu braço bem devagar e vou ate seu ouvido e a digo:      - Poderíamos para de falar dessa pirralha.     - Sim - sussurra de olhos fechados.     A louca então me agarra com tudo e me beija desesperadamente. Eu passo a mão por todo o seu corpo e subo sua saia colada toda preta. Ela geme em prazer. A empurro e a coloco sentada na minha mesa de vidro, qual ela empurra os papeis de cima. Sinto seu beijo molhado e delicioso e quero possui-la por completo e deixa-la saciada.     - Me coma. - Ela sussurra no meu ouvido. Que s****a!     Sorrio com o pensamento e atiro sua mini calcinha para os ares. Ela ainda esta muito vestida, mas não preciso despi-la mais. Ela enrosca os pés em mim e eu aponto pra gaveta da mesa que fica atrás dela e ela tira de lá a c*******a.  * * * * * Itália     Desço as escadas para almoçar e não vejo ninguém na cozinha, olho para a porta do escritório e a mesma está fechada. Quando estou perto de voltar para o quarto escuto o que me parece um gemido. Meu Deus!     Começo a sorri com o pensamento dele atrás daquela porta com uma p**a qualquer, ou será Marta? Balanço a cabeça com esse pensamento i****a e devagar pego na maçaneta da porta. Meu coração esta a mil, não é possível que ele deixou a porta destrancada.     Antes de abrir pego meu celular no bolso da minha calça e continuo o processo de abrir a porta sem nenhum barulho. Prossigo e descubro assim que ela realmente não esta trancada revelando Dylan de costas com as pernas de uma loira entrelaçadas em seu corpo, calma... não, a loira é a minha assistente social. Chocada!     De fato não conseguirei segurar meu riso. Ligo a câmera do celular e começo a tirar fotos dos dois. Ela geme alto demais e permanece com os olhos fechados, mas de repente eles se abrem e ela me ver. Eita p***a! Continua...
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