Capítulo 4

2146 Words
Ele afastou uma mecha de cabelo do rosto dela, os olhos a inundaram de um azul escuro e profundo, os lábios úmidos e o peito arfante. Sabrina aceitou o gesto de carinho e a mão estendida, os dedos se entrelaçaram quando foi levada para o interior da casa. As luminárias ofereciam ao ambiente um aspecto intimista e aconchegante. Mas ela não se interessou em observar os móveis e a decoração. Já havia notado pelo tamanho da casa e a sua arquitetura que o senhor X era rico, e o espaço amplo do andar térreo comprovava a sofisticação exibida na fachada do imóvel.  ― Quer beber algo? O efeito do álcool parecia ter se dissolvido, porque estranhamente se sentiu acanhada. Acanhada! Pelo amor de Deus, tinha acabado de f********o a céu aberto com um desconhecido, de pé ao lado de uma picape, e se sentia acanhada? Ela só podia ter um parafuso a menos. ― Água, por favor. Ele lançou-lhe um olhar sedutor. Sabrina, porém, contrariando sua natureza extrovertida, baixou os olhos. Quando os ergueu novamente, ainda era observada, mas agora havia um sorriso preguiçoso nos lábios dele. Seguiu-o quando ele se encaminhou para o corredor cujas paredes eram decoradas com quadros de paisagens rurais, e entraram na cozinha espaçosa e moderna, os armários eram pretos, e a geladeira, o fogão e o micro-ondas, de aço. Notou o fogão à lenha debaixo do peitoril da janela. As cortinas das duas janelas largas eram de tecido florido com babados na barra num estilo romântico. Tal detalhe só podia ter vindo de uma mulher. Será que o sr. X foi casado? Ou era casado e a sra. X estava viajando? Ele serviu a água num copo longo, pôs duas pedras de gelo e lhe entregou sem deixar de encará-la. ― Você me é familiar. ― disse ele, estreitando os olhos como se buscasse na memória a circunstância que confirmasse sua constatação. Ela tocou os dedos nos dele ao pegar o copo. ― Trabalhei em uma agropecuária. Mas não deve ter me visto por lá, nunca atendi os clientes. Parecendo avaliar mentalmente o que ela disse, ele próprio bebeu um copo de água e depois falou, de modo displicente: ― Cidade pequena, acho que a gente se esbarrou por aí um dia desses. ― Talvez. ―  Rebateu, encarando-o com um meio sorriso ― Eu carregava uma pilha de livros e, ao dobrar a esquina, me choquei contra você, que estava ao celular fechando negócios. ―  Gosta mesmo de filmes. ― Devolveu-lhe o mesmo tipo de sorriso. E, inesperadamente, enganchou a mão de trás da nuca dela e a puxou para si, as bocas se encontraram, os lábios se entreabriram e as línguas se tocaram, se chuparam e se sugaram enquanto eles se abraçavam. O cheiro dele era uma mistura avassaladora de perfume masculino caro, amadeirado, borrifado discretamente sobre a pele morna. Definitivamente, aquele homem era gostoso. Mas não um gostoso qualquer só por ter músculos salientes e o corpo em forma, e sim por abraçar gostoso, suavemente apertado, aconchegando-a eroticamente junto a ele ao mesmo tempo que a beijava numa entrega profunda e intensa como se fosse apaixonado por ela. Dava para notar que o sr. X era um amante dedicado a dar prazer como as mulheres gostavam, misturando o s**o cru e pornográfico com a imitação de uma relação amorosa. ―  Você deve tá com fome. ―   Foi o que ele disse assim que se afastou, embora continuasse abraçado nela. Teve de levantar a cabeça para fitá-lo, encontrando um sorriso suave no rosto másculo. ― Não, não tô, obrigada. ―Minha vó dizia que todo bom anfitrião enfia bebida e comida goela abaixo da visita. ― Comentou, com espirituosidade. ― Óin, que fofa! Ela mora com você? ― Foi ela quem decorou sua casa, ou a sra. X, a pobre chifruda? ― Tá tentando arrancar informações de mim? ― Ele piscou o olho com ar de troça. ― Vamos para o quarto, a comida ficará para depois. ― Conversar não é arrancar informação, sr. X. Não sou do FBI. Ele a pegou pela mão, conduzindo-a ao subir a escadaria e, por cima do ombro, falou: ― Se quer saber, minha vó mora comigo, sim. Mas debaixo de uma figueira, dentro de um caixão de carvalho. ― p**a-m***a-sinto-muito! ― Ela realmente não sabia o que dizer. Cara estranho, faz da própria fazenda um cemitério. ―Não se preocupe, ela não a ouviu. Antes que pudesse formular novo pensamento sobre seu humor ácido, ele a pegou no colo e subiu os últimos degraus de dois em dois. Entrou no quarto que, ao fundo, exibia os janelões abertos que davam para o terraço, e a deitou na cama. ― O que vai fazer hoje? ― Ele perguntou, despindo-a devagar e dobrando cada peça de roupa que lhe tirava. ― Comprar uma passagem de ônibus de volta pra casa. ― Observou o quanto ele era metódico e organizado ao lhe ajeitar as roupas no banco estofado, aos pés da cama, com o cuidado de não as amassar. Já completamente nua, ele se ajoelhou por sobre ela, as pernas postas nas laterais do corpo feminino. Os spots de luz indireta sobre a cabeceira da cama os iluminavam como se estivessem numa cena de filme e*****o, aqueles de bom gosto, o cenário ajudava a compor tal sensação. A mesa de cabeceira de madeira escura, estilo clássico, combinava com a cortina bege e as duas poltronas da mesma cor e a mesa no meio. Uma estante coberta de troféus ladeava a porta que devia levar ao closet. ― Compra outro dia. ― Por quê? ― Olhou-o, curiosa. Ele afastou-lhe as coxas com as mãos e escorreu a ponta de dois dedos, bem devagar, pela parte interna delas. Sabrina estremeceu ao sentir o delicioso toque onde sua pele era sensível, tão perto do s**o. Ainda vestido, inclinou meio corpo sobre ela e, olhando-a fundo nos olhos, respondeu quase num sussurro: ― A gente não mata a saudade de outras vidas em menos de vinte e quatro horas, srta. Z. Sabrina suspirou profundamente, esticando o corpo e os braços para trás quando foi beijada no ventre, um beijo que virou uma mordiscada no relevo de uma costela. A boca então roçou no contorno do seio, a mão se encaixou no outro, modelando-o na palma. Ela embaralhou os dedos nos cabelos dele, ardendo no fogo líquido que parecia borbulhar nas veias. Exibindo um ar sacana, ele a virou de bruços e roçou a ponta da língua por todo caminho da sua coluna, parando vez ou outra para mordiscar as vértebras. Pressionou a boca contra o cóccix e a pele se arrepiou ao sentir os pontos ásperos da barba por fazer. ― Aceito o convite. ― Ela sussurrou. ― Não era um convite. ― Ele rebateu, agora, pegando-a nas laterais da b***a, apalpando as nádegas com as mãos grandes espalmadas. ―Oh, Deus... ― Ela deixou escapar o gemido junto com ar e sentiu imediatamente a v****a se encher de sumo e o c******s latejar. Ele deslizou a ponta da língua na parte interna dos seus joelhos ao mesmo tempo que as mãos se mantinham firmes nas nádegas. Depois fez o trajeto de volta, do calcanhar à virilha. E foi ali, na carne sensível entre as coxas, que se deteve. Acariciou-lhe o monte de Vênus, explorando os pelos pubianos e os separando para encontrar as dobras vaginais. Os dedos desenharam círculos na pele delicada e úmida dos pequenos e grandes lábios, um movimento lânguido que evidenciava a perícia s****l do homem. Depois ele lambeu e chupou a b****a. Mais uma vez Sabrina era carregada para o cume em direção ao calor abrasador, sentindo que a qualquer momento explodiria num g**o molhado. Percebeu o movimento atrás de si quando ele se despiu, mas não tomou o mesmo cuidado que o fez às suas roupas. O jeans e o cinto foram arremessados para um canto do quarto, a camisa atirada ao lado dela, na cama, as meias e os sapatos bateram contra a janela. Antes que imaginasse se uma cueca voaria ou não pelo recinto, inclinou a cabeça e o viu se posicionar sobre ela. Ele se ajoelhou com as pernas afastadas e postas nas laterais do corpo dela. Sentiu a cabeça grossa do p*u a penetrar com suave pressão, por trás na b****a, enquanto ele a segurava pela cintura, acomodando-se no fundo dela e voltando à beirada da v****a. ―Tá preparada pra gozar comigo? Ela fez que sim com a cabeça, incapaz de articular uma frase coerente, não queria pensar, apenas sentir, mergulhar na sensação do verdadeiro prazer s****l que o desconhecido lhe proporcionava. Instintivamente contraiu a v****a em torno do diâmetro grosso, sugando-o com força, e tal movimento pareceu tirar o sr. X dos eixos. Ele gemeu e arremeteu com violência o p*u para dentro dela, socando forte e duro, segurando-se nos quadris femininos para controlar o ritmo frenético da f**a. ― Gosta assim? ― O amante perguntou, engatando um travesseiro grande debaixo da barriga dela, erguendo-lhe o quadril e o traseiro. ― Mais rápido ou mais devagar? Ela levou as mãos contra a cabeceira de espuma, revestida de tecido de veludo bege, protegendo a cabeça das estocadas firmes que irradiavam o prazer da v****a para cada terminal do corpo numa sensação que beirava à insanidade. ― Assim... bem assim... ― Ofegou. Os s***s roçavam contra a colcha macia, e dois dedos do amante se posicionaram por baixo dela, masturbando-a no c******s. Por um momento, Sabrina pensou que perderia os sentidos. O calor era tanto que o ar-condicionado não dava conta do fogo que a queimava por dentro. ― Vou gozar! ― Ela gritou, mas não bem gritou, foi como se outra voz a dublasse, mais arrastada e desesperada. ― Me acompanhe. Foi tudo que ele disse, arremetendo com mais rapidez, os quadris batendo no traseiro dela ao mesmo tempo que os dedos friccionavam com delicada pressão o c******s. Sabrina gozou nos dedos do sr. X. E, depois quando ele enfiou fundo o p*u e estremeceu ligeiramente o corpo, lançando um longo e rouco gemido misturado ao jato de respiração, ela gozou em torno do p*u dele, molhando-o com os seus fluidos enquanto a densa e********o escorria por suas coxas manchando o lençol. O sr. X deitou para o lado, fitando o teto do quarto, o tórax subia e descia, a respiração pesada. Sabrina ainda estava sob o efeito do o*****o e só conseguiu mexer as pálpebras, fechou-as para absorver melhor os últimos vestígios do prazer. Conseguiu enfim compreender o motivo de algumas pessoas serem viciadas em s**o. Abriu os olhos, a bochecha esmagada contra o travesseiro, e admirou o perfil do homem. Sim, ele era um homem, um homem de verdade, e não o adolescente com quem transou no passado. Sabia como dar prazer a uma mulher. Ela não se sentia mais uma garota de dezessete anos. Para o sr. X e para si mesma, Sabrina era adulta e sexy. Ela deitou de costas e fez o mesmo que ele, fitou o teto. Pensava nas coisas que tinha sentido e de quando as sentiria de novo.  Teve certeza do quanto era inexperiente no s**o. Não sabia exatamente como se comportar em vista da atual situação, que era a de estar na casa de um estranho com quem acabara de f********o. O certo era se levantar da cama, vestir-se e esperar que ele fosse educado e lhe desse carona de volta ao centro da cidade. Mas ela acabou lembrando algo sobre passarem a noite juntos. Portanto, se espreguiçou e se sentou na cama. ― Posso tomar um banho? Recostado nos travesseiros, ele acendeu o cigarro com um isqueiro prateado. Olhou para a chama recém-acesa e respondeu: ― Sinta-se em casa, desconhecida. ― Obrigada. Ela nem olhou para trás quando saiu nua da cama. O banheiro ficava a dez ou quinze passos de onde estavam, assim procurou manter a postura empertigada até fechar a porta atrás de si e sentar sobre a tampa da privada. ― Desgraceira de homem gostoso que sabe apertar certinho todos os meus botões! ― Suspirou, deitando a cabeça contra o ladrilho da parede. Deu uma olhada em torno e parecia até que ela estava no banheiro de uma revista de decoração. Sério! O boxe de vidro era enorme, o chuveiro parecia o perfil do crânio do personagem dos filmes Alien, cabeçudo pra d***o. Uma parede de vidro separava-o do jardim de inverno. Pedras brancas, vasos de palmeira ráfia, dois bancos de madeira acompanhados por plantas suspensas e uma cascata de água cujo som suave era bastante tranquilizador. Mas então ela viu a banheira. E quem na vida não gostava de um bom banho de banheira? Isso ela também sabia que existia por causa dos filmes. Nunca teve chance de mergulhar o corpo num banho de espuma. Bem, agora chegou a sua vez!
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