Capítulo 8

1265 Words
Valentina Maria Seguro Estrelinha no colo, tentando acalenta-la, mas ela não quer agrado e abre a boca chorando exigindo sua mãe, seus bracinhos delicados fazem movimentos como se ela estivesse lutando. - Ei você é brava, muito brava! Minhas mãos estão higienizadas, coloco só o inicio do meu dedo indicador em seus lábios, ela prontamente o suga. - Neném esta com fome. Nesse momento Nicole entra no quarto, ao ver sua filha chorando, prontamente ela já cai descendo a alça da blusa, pegando Estrelinha do meu colo, a bebê sem demora abocanha o bico do peito de Nicole que faz uma careta de dor. - Calma, se doeu é porque a pegada está errada, vamos corrigir isso! Retiro Estrelinha do peito e ensino a Nicole. - Ela tem que pegar a aréola toda, assim! A bebê faz a pegada certa e Nicole suspira aliviada. - Valentina você é um anjo, por falar nisso, conversei com meu irmão e tenho boas noticias! Fico cheia de expectativas. - Sério? Eu poderei ir embora? - Sim! - Nossa Nicole, muito obrigada, eu só preciso saber onde está minha bolsa, eu preciso ir. - Calma Valentina, você vai poder ir, mas não agora, não hoje. - Como assim? Pergunto sendo tomada novamente pelo desespero. - Ele vai te dar a liberdade e deixar você seguir sua vida, mas vocês vão namorar por um tempo! - O que? Pergunto em choque. - Eu já tenho namorado, eu amo o Samuel, não posso namorar o seu irmão, me desculpe Nicole, mas ele é um bandido. Nicole me conta toda conversa que teve com o irmão e eu não sei o que fazer para me livrar dessa situação, eu não quero morrer. - Não vai ser um namoro de verdade, meu irmão não consegue namorar, eu suspeito que ele não consegue ser fiel a nenhuma mulher. Além de bandido é um cafajeste, vagabundo! Penso comigo. - Vocês vão conversar e ele provavelmente nem vai tocar. - Me tocar? Como assim? Eu tenho namorado! - Valentina calma, vai dar certo. Eu começo a chorar. - Eu tenho uma vida! Choro sentindo que tudo vai mudar, eu vou ter que namorar um assassino forçadamente, sendo que eu nunca conseguir matar uma formiga. - Eu nunca nem vi uma arma de perto, antes de entrar aqui. Desabafo chorando, pois nem assaltada eu fui, nunca vi uma arma de perto em toda minha vida. Fico ali desabafando com Nicole que tenta me consolar, no final de tudo, a única coisa boa é que eu estou viva, quando a noite chega Nicole me chama para jantar. - Eu não tenho fome. - Não vou te deixar aqui sem comer, vamos jantar sim. Ela acomoda sua filha em um carrinho de bebê e descemos para jantar. Impossível não notar como essa casa é luxuosa, tudo aqui respira dinheiro, dinheiro proveniente do crime! Na sala de jantar encontro uma mesma grande e farta de comidas que aparentam estar saborosa, mas meu estômago está embrulhado e tudo piora quando eu o vejo na mesma, seus olhos fixam nos meus e eu sinto queimar de incômodo, tem mais uns cinco homens na sala. - Sente-se ao lado do meu irmão. Nicole sussurra baixinho. - As pessoas precisam acreditar que vocês estão realmente namorando. Eu não vou sentar perto dele, ele nem me falou ainda sobre essa ideia de maluco de namoramos. - Eu prefiro sentar perto de você. Antes que eu me sente Douglas fala: - Sente ao meu lado meu amor. Meu corpo fica duro e eu não sei o que fazer, eu sinto zombaria pingando de sua voz, ao falar a palavra amor, então respondo tentando sorrir: - Eu prefiro sentar ao lado de Nicole, se não se importar. - Eu me importo, sente-se ao meu lado. Ele diz autoritário, deixando claro que odeia ser contrariado, penosamente eu caminho até ele, Douglas se levanta, ele é muito alto, então o vejo fazer uma coisa inesperada, ele puxa a cadeira para eu sentar, fico confusa, ele deve estar se divertindo comigo, não tem outra explicação, eu me sento ao seu lado, ele se senta em seguida. Começamos a comer, eu me sirvo com um pouco de macarronada a bolonhesa, está deliciosa mas não consigo comer mais que três garfadas e acabo só remexendo na comida. - Coma! Uma voz dura de comando vem perto do meu ouvido, me fazendo dar um pulinho na cadeira me assustando. - Eu estou sem fome. - Eu não perguntei se você tinha fome, eu estou te mandando comer! Douglas fala e sentido medo dele, acabo me forçando a comer. Quando terminamos o jantar, ele repousa sua mão por cima do meu ombro e fala altivo para todas a mesa ouvir: - Essa é Valentina, minha namorada. A expressão de surpresa no rosto de todos é visível, lembro do que Nicole falou mais cedo: Meu irmão não consegue namorar, ele não é fiel a mulher nenhuma! - Venha meu amor, precisamos conversar. Douglas fala levantando e estendendo a mão para mim, logo ele está me levando a algum lugar. - Me solte! Falo puxando minha mão da sua, me libertando assim que saímos da visão de todos. - Vamos p***a, ande logo! - A um minuto atrás era amor. Falo sem controlar minha língua, então ele segura em meu braço apertado e sai me arrastando até seu escritório, entrando, batendo a porta em seguida. - Eu não quero isso, eu não quero namorar com você, eu quero ir embora! Falo cansada e exasperada. - Eu pouco me importo com o que você quer, sua sorte é que minha irmã gosta de você ou já estaria morta por ser curiosa. Então ele puxa duas armas das suas costas como se elas não fossem nada e diz olhando para elas inocentemente, a última coisa que ele é nesse mundo é inocente: - Vamos, você tem duas escolhas, ou aceita ser minha namorada e vamos brincar de teatrinho, ou eu acabo com você e te enterro aqui, hoje mesmo! Sinto medo, medo de nunca mais ver minha mãe, meu irmão, a pompom, meus amigos do hospital, o Samuel. - Eu não quero morrer, por favor não me mate! Me odiei nesse momento por ter que implorar algo a alguém como Douglas. - Então eu deduzo que você escolheu a primeira opção. - Mas não vamos ter nada, eu não quero que toque em mim, tenho repulsa por você! Falo sinceramente e ele me olha de um jeito quente, pela primeira vez olho seus lábios, bem desenhados enquanto ele fala: - Eu que não a quero, nunca tocaria em uma mulher como você, tem cara de quem nem sabe f***r, com certeza é cheia de frescuras na cama, fria como um bloco de gelo, eu prefiro as piranhas que sabem mamar gostoso, que imploram para que eu goze na sua cara, as que quica gostoso até gozar na minha p**a. O homem é escroto e me deixa com as bochechas queimando de raiva, eu não sou fria, ele nem me conhece para falar de mim dessa forma, vagabundo escroto. - Então entramos no acordo. Falo por mim. - Não sabia que estávamos negociando. - Preciso da minha bolsa e do meu celular. - Eu lhe darei quando achar que merece, agora vamos conversar sobre nosso namoro, eu tenho várias exigências a serem cumpridas. De uma coisa eu sei, esse tipo de pessoa não podemos baixar a cabeça ou ele vai fazer o que bem quer comigo, mesmo com medo eu não seria uma boneca de fantoche em suas mãos.
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