Capítulo 3

1551 Words
Douglas - Chefe as paradas chegaram e essas são das boas! - Mandem descer a carga para o depósito 2, Rambo e eu logo vamos conferir. - Firmeza chefe. - E o x9? Pergunto querendo saber se minha ordem de busca já foi executada. - O vacilão já está detido chefe, nos fundos da casa. Assinto e digo que ele já pode ir, Alfredinho sai carregando seu fuzil nas costas que é bem maior que seu tronco magro, o que é normal, aqui, todos estão sempre armados e preparados para qualquer situação, trago meu cigarro soltando a fumaça branca que impregna seu cheiro no ambiente, olhando vista do morro do pimenta, minha fortaleza fica na parte mais alta, onde ninguém pode subir, ao menos que eu autorize, aqui no morro da pimenta, eu sou o advogado e o juiz, o que prende e o que manda soltar, quem vive e quem morre eu decido, sou Deus e o d***o, nessa terra de meu Deus, cada um tem a sentença que merece, de acordo com seu crime. - O que você vai fazer com o Jeferson? Ele é cria daqui, a mãe dele vai enlouquecer. Jeferson é a p***a do X9 que passou informação nossa para policia, quando foi pego com drogas que nem eram dele, aqui a lei é do cão, abri a boca come areia. - Traiu a familia, vai rodar, sabe que não passo pano para vacilão, a mãe dele deve me agradece por eu estar pensando em lhe mandar o corpo para ela poder chorar sobre ele. Rambo assente, ele é meu braço direito, meu irmão de fé, não nascemos da mesma mãe, mas se fosse escolher alguém nesse mundo para confiar, além da insuportável da Nicole, com certeza seria o Rambo, somos cria dessa comunidade, crescemos juntos, passamos fome juntos e entramos para o mundo do crime juntos! Nosso começo de vida não foi fácil, praticamente aprendemos a nos virar só, desde criancinhas, meu pai digamos que não foi como os pais que vemos em novelas, aquele que protege sua familia, minha mãe morreu quando eu era muito pequeno, a única pessoa que tentava fazer algo por mim era minha vó, eu a amava mais que tudo, mas ela não podia fazer muita coisa, pois vivia numa pobreza extrema e por todos os lados que olhava tinha drogas com facilidade, mas eu não me deixava levar, por minha vó, queria ser diferente, lhe dar orgulho, mas essa merda de família perfeita não existe e minha vó morreu quando eu tinha 14 anos pelas mãos da pessoa que eu mais odeio no mundo, essa foi uma fase de nossas vidas nos afundamos nas drogas, Rambo e eu, éramos dois viciados tudo isso, é uma merda muito fodida. Termino o cigarro o amassando no cinzeiro da mesa, ainda não são nem dez hora da manhã e já tenho um mundo de problemas para resolver. - Vamos Rambo, precisamos ter uma conversinha com o Jeferson. Saímos do meu escritório pessoal, que fica na parte no térreo da casa de três andares, que construir, olho para as escadas e franzo a sobrancelhas, achando tudo muito quieto. - Ela ainda está dormindo Douglas. Rambo fala ao me notar pensativo. - Estranho, a Nicole nunca dorme até tão tarde. - Não esqueça que ela está grávida. - Não me lembre dessa merda, sinto vontade de esgana-la cada vez que lembro disso. Rosno pisando duro, saindo, indo para fora da casa, para casa dos fundos para ser mais preciso, entro na construção rustica de tijolo sem reboco, aqui é onde deixamos alguns homens presos antes de serem julgados por mim, a maioria nem chegam a entrar aqui, já tem seu final direto e reto. Encontro Jeferson no chão, amarrado nas mãos e nos pés, a corda visivelmente amarrada mais que o normal, pois seus pés e mãos estão roxos e em algumas partes tem sinais de sangue, como se ele tivesse tentado se livrar das cordas por várias tentativas. - Eu não falei, eu não falei nada chefe! É a primeira coisa que ele fala quando me vê, visivelmente magro pelo consumo excessivo de drogas, consigo contar cada uma de suas costelas. - Você traiu a familia e ainda mente. Falo calmamente, o olhando fixamente com meus olhos neutros. - Eu até estava pensando em perdoá-lo, mas assim você me deixa sem opção dezoito! O chamo de dezoito, por ele já ter alcançado a maioridade. - Então, eu ainda tenho um chance? Ele pergunta sabendo que não tem, todos sabem, mas preferem se agarrar a merda da ilusão, antes de responder, tiro uma carteira de cigarro do bolso da minha jaqueta, acendo e calmamente dou uma longa e revigorosa tragada, vejo Jeferson olhar meu cigarro como se ele fosse a coisa mais deliciosa do mundo, talvez eu possa lhe conceder um último prazer antes do seu fim. - Para mostrar que não sou tão perverso como dizem por ai, vou dividir meu cigarro com você. Coloco o cigarro em sua boca e o deixo tragar, em seguida o retiro de sua boca o deixando soltar a fumaça, então jogo o cigarro no chão pisando, amassando bem, o apagando por completo. Quando estou prestes a pegar uma das minhas Glock, sempre carrego duas na cintura, a ouço passos se aproximando abruptamente, rapidamente retiro minhas duas Glock das costas e aponto para quem quer que seja. - c*****o Jorginho, você ainda vai ganhar uma azeitona na cabeça, se continuar a sempre andar assim. - Foi m*l chefe, mas é a sua irmã, a Nicole. - O que tem a Nicole c*****o? - Ela saiu se ninguém ver e... Minha sobrancelha começa a tremer sozinha, sofrendo espasmos e contrações, e apenas Nicole consegue fazer esse feito. - Ela chegou acompanhada de uma mulher, acho que é uma doutora, o bebê nasceu, tem muito sangue, ela está no quarto dela. - c*****o Nicole, eu vou te esganar viva! Falo saindo praticamente correndo, Nicole é atentada, ela veio ao mundo para testar minha paciência, Ela é minha única irmã, minha caçula, sempre foi nós dois e nossa vó, quando minha mãe saia e passava dias fora, eu cuidava dela, mesmo só tendo seis anos e Nicole tinha um aninho, vovó cuidava de nós dois do jeitinho dela, hoje Nicole e eu cuidamos da nossa vó que até o dia que ela se foi, eu tenho 33 e Nicole 21 ela engravidou tão jovem e não tem quem faça essa infeliz falar quem é o pai da criança, ela sabe que no dia que eu souber ele é um cara morto. Vejo Rambo correr atrás de mim, tão veloz quanto eu, ele também se preocupa com a Nicole como irmão, eu tenho certeza disso. Entramos em casa, subimos as escadas de três em três degraus, quando entro no quarto de Nicole, vejo a cena que me faz ficar paralisado, minha irmã deitada na cama segurando um bebê que completamente pelado, eu só consigo ver sua cabeleira n***a e farta, o bebê está agarrado ao seu peito desnudo, tem uma mulher de costas para mim, cabelos longos, ela parece auxiliar o bebê a mamar. - Isso, muito bem, você é uma garotinha muito esperta, assim que se mama! Quando minha irmã nos ver, abre um sorriso e olha para o bebê depois para mim. - Sua sobrinha nasceu irmão, venha vê-la. Minha irmã está tão radiante, sua expressão diz que ela quer me mostrar a coisa mais preciosa que ela tem na vida, me aproximo e vejo a bebezinha sugar o bico do peito da minha irmã como se estivesse faminta, seus olhos estão abertos e são enormes olhos castanhos. - Ela já abre os olhos? Minha irmã sorrir, me fazendo sentir um i****a. - Venha ver Rambo, venha ver a Estrela. Rambo parece desnorteado, andando em câmera lenta, algo me chama atenção e eu deixo de reparar nele e reparo na mulher pequena que agora levanta-se da cama onde estava sentada a poucos, guiando o bebê. Agora de pé, vejo que ela é realmente muito baixa, os cabelos são cheios e lhe batem as costas como um manto hipnotizante, ela veste um vestido bonito que está com sangue em algumas partes, não consigo não reparar suas pernas grossas e torneadas, subo os olhos e vejo o volume dos seus s***s, parecem serem médios, sinto vontade de conferir, eu adoro mamar uma mulher, em todas as partes até que ela goze, uma, duas, três vezes, quantas ela aguentar! O rosto é uma obra de arte a parte, lábios carnudos e contornados, parecendo até que foram desenhados, nariz pequeno e arrebitado apontando para lua, um belo par de olhos verdes, eu sou um bom apreciador das mulheres e esse é um belo exemplar, se Deus fez algo mais gostoso que xoxota de mulher, com certeza guardou só para ele. A garota me olha com curiosidade, parecendo intrigada, assustada e fascinada. - Quem é você? Sua voz é doce, ela definitivamente é refinada, requintada, a típica barbezinha que não se mistura com certos ambientes, delicada demais para alguém como eu. - Eu sou a Valentina e fiz o parto da sua irmã. - Venha, quero falar com você! Digo rude a mandando me seguir, saio do quarto ouvido o barulho dos seus sapatos.
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