Capítulo 10

2122 Words
Robson já não tinha mais dúvidas do que sentia por Paula, aquele desejo estava tomando conta de seu corpo e sua mente já não estava conseguindo mais manter foco naquilo que precisava. A ligação de Sheila para ele o fez se sentir culpado duplamente, por estar traindo sua família e por desejar aquela garota. Naquela noite, caiu uma forte chuva e a previsão do tempo prometia uma queda brusca de temperatura. Robson não conseguiu dormir, ficou apenas sentado próximo à janela vendo amanhecer. Tinha que decidir, definitiva, colocou em uma balança todas as situações que haviam acontecido até o momento. Robson sabia que Paula nunca demonstrara nenhum tipo de interesse por ele, sentia estar vendo coisas que não existem. "É inútil jogar minha família para o ar e apostar em uma relação que parece estar baseada apenas no imenso t***o que sinto por ela", pensou ele. Ele ainda não havia dormido nada naquela noite, então apenas se levantou da cadeira e foi tomar um banho e desde que chegaram a esse lugar nunca mais conseguira fazer isso sem antes se masturbar pensando nela e se aliviar várias vezes. Paula Tamara estava certa o tempo inteiro ao dizer estarmos travando um jogo de desejo muito perigoso, tomei um banho quente para afugentar o frio daquela manhã. Não queria ter outra confusão com ele, então me aprontei rapidamente para não chegar atrasada para o café da manhã. Me arrumei, me perfumei e consegui chegar ao restaurante antes dele. — Bom dia senhorita, o de sempre? — Perguntou a garçonete com um sorriso. — Não, dessa vez vou querer um cappuccino apenas! Alguns minutos depois e antes de ela chegar com o meu pedido, Robson veio. Após trocarmos aquelas acusações e até mesmo algumas declarações picantes da parte dele, não estou conseguindo mais vê-lo apenas como meu professor. Era como se os meus olhos estivessem com uma venda n***a sendo retirada assim que ele me deu aquele beijo avassalador. Fiquei com vontade de descobrir como ele é na cama e se gosta de fazer as coisas que me agradam. Tentei mudar a minha cara de boba ao vê-lo. — Bom dia! — Bom dia, professor. Felizmente o meu cappuccino chegou e o garçom também perguntando o que ele iria querer para o café da manhã, isso quebrou aquele clima tenso entre nós. — Apenas ovos mexidos! Ele, sim, nunca deixava de pedir a mesma coisa e isso me fez sorrir. — O que foi, se diverte com a minha falta de variedade no paladar? — Não sei professor, acho que também é importante provar coisas novas e deliciosas… acho que já disso isso ao senhor uma vez! O silêncio tomou conta de nós dois novamente até que a comida chegou. [...] Enquanto tomavam café da manhã e fugiam um do olhar do outro, Robson se lembrou de dizer a ela que havia uma mudança no cronograma daquela terça-feira. — Ontem tivemos um dia e uma noite um pouco tumultuada, esqueci de dizer que esta manhã não iremos para a fundação. Recebemos um convite especial de Sônia, acho que você se lembra dela! A expressão de Paula mudou naquele mesmo instante em que ouviu o nome daquela mulher, claro que se lembrava da coordenadora do curso que havia sido tão amável com ele durante seu encontro na faculdade. Ficou decepcionada ao saber que os dois mantinham contato. — Sim, senhor, claro que me lembro. — Exatamente, alunos convidou para irmos até uma visita técnica acompanhando seus alunos. Na verdade, o encontro será realizado em um sítio em Cambará do Sul que ficam vários quilômetros daqui e ela pediu que fossemos até lá. — Não estou entendendo o real motivo desse tal encontro professor, pode me dizer o que exatamente faremos nesse lugar? — Bom ela disse que outros professores estarão por lá e oficinas. — Acho que esse convite então se aplica muito mais ao senhor do que a mim! Acho melhor que vá e eu o esperarei aqui, também posso pegar um táxi e ir até à fundação para cumprir o meu dia de hora atividade. — Por que está se recusando a ir, posso saber por que não quer ir comigo ou se é pelo fato de termos que encontrar Sônia? — Eu já disse o motivo, esse encontro é para docentes! — Mas você é minha aluna, está aqui para absorver os conhecimentos que eu tenho para passar a você. Vamos subir e pegar algumas roupas, o congresso terá duração de dois dias. Ela ficou furiosa com a imposição de Robson, tem que ver não interagindo com aquela mulher por quarenta e oito horas não seria nada fácil. Não tocou em seu cappuccino, esperou que ele terminasse calmamente o seu café da manhã e os dois entraram no elevador para arrumar as suas bagagens. Paula colocou algumas peças de roupa dentro de uma mala pequena, abrir o seu notebook e mandou uma mensagem para o pai onde dizia que tudo estava muito bem e estavam indo para uma atividade extra. Robson já havia arrumado suas coisas, pois a confirmação daquela viagem havia sido feita na noite anterior. Ficou esperando por um tempo na frente da porta do quarto dela viu até que finalmente a jovem saiu segurando uma pequena mala. — Deixe-me levar isso para você. Ele tentou pegar a mala da mão dela, mas Paula recusou por ainda estar furiosa e naquele impasse suas mãos se acariciaram e os dois se olharam constrangidos. Robson em seguida resolveu soltá-la. — Não precisa professor, isso está leve e eu mesma posso levar! Os dois seguiram para o elevador, assim que as portas se fecharam eles se acordaram daquele momento, mas nenhum deles conseguiu externar o quanto aquilo havia sido bom. Foram até o estacionamento, ele colocou as malas dentro do bagageiro e educadamente abriu a porta do carro para ela. O clima permanecia muito frio e a chuva da noite passada havia trazido com ela uma pequena nevasca que começava a cair. Percorreram a cidade em direção a saída e os termômetros marcavam apenas 1 grau. Paula fechou ainda mais seu casaco... — Eu não esperava que o tempo mudasse, a temperatura caísse tão de repente, apesar de sempre estar frio, não esperávamos um clima tão extremo. — Só nos resta nos adaptarmos a isso! — Respondeu ela admirando as belezas daquele lugar e observando como a estrada revelava o quão belo é o bioma daquele lugar. Belas árvores enfrentavam aquele cenário que pouco a pouco se tornava esbranquiçado por conta da fina camada de neve que caia. Enquanto ainda estavam na estrada, o celular de Robson tocou e ele colocou no viva-voz e era Sônia para dizer a eles que aquele encontro havia sido cancelado, pois as estradas estavam bloqueadas e o local era de difícil acesso. Paula não ficou chateada por isso ter acontecido e pelo contrário, não estava com a menor vontade de ver aquela mulher dando em cima de Robson o tempo inteiro. — Então precisamos voltar antes que as rodovias fiquem ainda mais difíceis! Robson pegou um desvio para poderem voltar, as estradas estavam desertas, quase ninguém se atreve a sair naquele momento. Paula se acomodou melhor no banco da frente e aquecida pelo seu casaco acabou tirando um cochilo. Robson ficou apenas admirando sua beleza, fico pensando enquanto gostaria de provar os lábios dela mais uma vez. Seus olhos percorreram cada traço de seu rosto juvenil, ele acabou se descuidando uma fração de segundos da estrada. O carro foi fechado e ele foi obrigado a desviar caindo em uma encosta à beira da estrada, Paula despertou com a pancada assim que o carro colidiu com uma imensa árvore. Ambos usavam cinto de segurança e o airbag foi ativado. O motorista do caminhão seguiu seu rumo sem prestar socorro e sem comunicar as autoridades que havia um carro e pessoas que pudessem estar precisando de ajuda. Paula chorava desesperadamente, Robson de estragou o seu cinto de segurança e abraçou o corpo dela tentando acalmá-la. — Vamos morrer, estamos perdidos! — Fique calma! Precisa respirar fundo, vou tirar nós dois daqui, prometo a você! Ele acariciou o rosto dela e lentamente desafivelou o seu cinto de segurança, o lado da porta dela estava travado devido aos galhos daquela imensa árvore e ela só poderia sair pela porta do motorista. Robson abriu a porta ao seu lado e ofereceu a mão para ajudá-la, ambos saíram e se afastaram do carro. Ele alegou até próximo a uma árvore onde ela poderia ficar sentada esperando aqui ele verificar se o carro poderia ainda ser ligado. Ele tentou de todas as formas ligar o motor, mas veículo não dava nenhum sinal de que ainda funcionaria. Verificou o seu celular e não havia nenhum sinal de rede, isso me deixou muito assustado, pois desde que haviam entrada naquela rodovia o caminhão que os havia fechado era o único veículo que haviam visto. O frio estava assim intensificando, marcando números que jamais haviam sido registrados e os dois estavam sofrendo a ficar naquele lugar. Robson caminhou até a estrada e ficaram alguns minutos esperando que em algum carro passasse... Ele sabia que no hotel só iriam sentir falta deles após 48 horas, ele havia comunicado que se ausentariam para uma viagem com aquela duração. Não poderia dizer isso a Paula ou ela ficaria ainda mais desesperada. Robson Não poderemos passar essa noite dentro do carro, ela não está acostumada ao frio e temo que possa passar m*l. Quando subir até a estrada eu olhei em direção ao local onde o carro havia colidido ir a uns dois quilômetros pude ver que havia uma cabana. Quem sabe possamos encontrar alguém que tenha um telefone ou rádio para pedir ajuda. Paula estava encolhida próximo àquelas árvores e abraçada as suas próprias pernas sentindo muito frio. Assim que me viu voltar, ela se encheu de esperança de que eu tivesse alguma boa notícia. — Infelizmente não consegui ver nenhum carro, nenhum sinal de rede. Não podemos pernoitar aqui ou dentro do carro, você está sofrendo muito com o frio e eu encontrei uma cabana. — Estou com muito medo! Ela me abraçou e pude sentir o quanto o seu corpo estava frio. — Vamos caminhar um pouco até lá e isso vai ajudar a livrar o seu corpo da hipotermia e assim que chegarmos eu tentarei acender uma fogueira. Caminhamos até lá, ela ficou o tempo inteiro abraçada de lado comigo. Paula Nunca pensei que pudesse passar por uma situação como essa, meu corpo não está nada preparado para enfrentar tanto frio e sinto muitas câimbras nas extremidades do meu corpo. Ele havia dito que a casa ficava por perto, mas caminhamos um pouco além do que imaginávamos. Ele deu um chute na porta e conseguiu arrombá-la para entrarmos, estava realmente abandonada há muito tempo. Era totalmente feita de madeira e ainda havia alguns móveis antigos, fiquei sentada em um banco enquanto Robson pegava alguns pedaços de madeira do lado de fora para tentar acender uma fogueira e irmos aquecer. Felizmente, o carro tinha um acendedor, isso foi fundamental para ele conseguir. Não haviam cobertores, mas ao abrir a minha mala e peguei todos os agasalhos que eu havia levado e os vesti imediatamente. Assim que acendeu o fogo para nós dois, Robson veio para o meu lado e colocou o seu braço ao redor de mim, o calor dele era maravilhoso e eu repousei minha cabeça mais para perto dele. — Perdoe-me por tê-la trazido para essa verdadeira armadilha, foi uma decisão estúpida! — Não se preocupe com isso, foi apenas um grande imprevisto e confesso a você que prefiro estar aqui do que com aquela mulher insuportável. Ele sorriu. — Está com fome? — Perguntou ele. Eu assenti, ele abriu a mala, aqui haviam algumas barrinhas de cereais e nós as dividimos. — Parece que sempre esteve preparado para esse tipo de situação. — Na verdade, não Paulinha, sinceramente a rotina me faz ter que me preparar sempre para os planos a, b, c e por aí vai… ainda está com muito frio? — A fogueira que você fez e agora o calor do seu corpo estão fazendo toda a diferença para mim. — Só quero que fique segura, me culparia muito se algo acontecesse com você. Eu te acho uma garota muito, muito especial! Ter novamente os lábios dele tão perto dos meus me deixou completamente fora de mim, passei o meu dedo indicador suavemente sobre os seus lábios e ele me olhou muito surpreso. — Você está tirando a minha paz, professor... — Como eu posso acreditar no que está me dizendo? — Sentindo o quanto eu fico molhada enquanto você prova os meus lábios
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