Eric
Suado, estressado e e******o. Era assim que me encontrava depois de sair daquele elevador infernal, aquela mulher conseguiu entorpecer todos os meus sentidos de uma forma inesperada, o suor descendo pelo seu pescoço deixando alguns cabelos pretos na testa. p***a, ficava me segurando naquele chão senão a comeria naquele chão mesmo. Deixei a água cair sobre minha cabeça enquanto pensava em alguma maneira de tirar Mia Stewart da minha cabeça ou iria enlouquecer. Sai do banheiro enrolado em uma toalha, secando meus cabelos, vesti uma calça de moletom sem cueca ficando sem camisa, desci as escadas indo em direção a cozinha encontrei Romane.
— Oi rapaz, o jantar está quase pronto, quer que eu sirva na sala de jantar?
— Não, vou jantar aqui mesmo.
Romane colocou uma garrafa de cerveja na minha frente enquanto eu me acomodava no banco da ilha, ela sorriu.
— Já faz tempo que não te vejo tão distraído assim.
— Não ando distraído, só com a cabeça cheia de... — Mia — Coisas da empresa, o velho Charles se foi deixando um grande projeto para tirar do papel.
Ela parou se virando para mim segurando uma colher de p*u.
— Eu te conheço, rapaz, desde quando você saia correndo pela casa peladinho, com o bingulin pra balançar.
Soltei uma risada, encarando a senhorinha setenta anos na minha frente.
— Eu não sei o que está acontecendo, ela não sai da minha cabeça parece que toda vez que consigo concentrar o rosto dela me vem à mente.
— Você está encantando com essa jovem.
— Aí que está Rom, ela é muito jovem. m*l saiu da faculdade, mas é de uma maturidade e bravura que não compreendo.
Romane sorriu daquele jeito que sempre fazia quando conhecia das coisas, se aproximando de mim tocando meu rosto da forma maternal, depois voltou para o fogão. Soltei um suspiro jogando a garrafa de cerveja no lixo, pela primeira vez eu me sentia confuso e frustrado. Peguei meu telefone discando o número de David, para minha surpresa...
— Alo?
Aimée.
— Oi querida.
— Tio Eric, quanto tempo.
— Quanto tempo, minha Aimée, como você está?
— Bem, tio Eric, morta de saudade.
— Também, onde está seu pai?
— Pela aí.
Ouvi um barulho de pezinhos correndo e uma batida na porta, alguns gritos e Aimée rindo. Tive que me segurar para não rir daquela suposta cena.
— Aimée!
— Mas que p***a, quem e?
— Estou atrapalhando?
— Vai se fuder Eric, o que você quer?
— O que Aimée viu?
Ouvi um barulho de porta se fechando, David soltou um suspiro.
— Eu literalmente fudendo a mãe dela.
Abaixei a cabeça prendendo uma risada, me sentei no sofá encarando minha televisão desligada para segurar.
— Pobre Aimée.
— O que você quer p*u frustrado?
Pensei um pouco antes de soltar o que estava querendo.
— Saber como o pai da minha afilhada está?
— Quero saber mais sobre Mia Stewart, você é responsável pelo setor de RH. — Houve uma pausa antes dele voltar a falar.
— A garota é brilhante, conseguiu uma bolsa integral na Universidade de Columbia depois que a mãe dela morreu, ela morou com o pai até depois de se formar e logo se mudou com duas amigas para um apartamento em East Village.
Cocei meu queixo, pensando um pouco.
— Você só sabe apenas isso?
— Sim, há Kayle dizendo que ela é um gênio quando a questão é jogos.
— Jogos? Tipo xadrez, damas?
— Não meu amigo antigo, jogos online seu pai financiou o time dela ano passado. Ela ganhou o campeonato estadual de League of Legends. No qual, minha doce Kayle fez parte.
— E como a mãe dela morreu?
— Aí eu já não sei meu amigo.
— Muito obrigada David, me mande o endereço dela.
Desliguei o telefone batucando com os dedos no braço do sofá, precisava fazer algo, me livrar desse desconforto dessa tensão que Mia colocava em mim. Logo em seguida David mandou o endereço para meu telefone, fiquei encarando a tela do celular por um tempo até ser tomado por um desejo incontrolável. Me levantei do sofá correndo até o quarto, tirei a calça de moletom vestido uma calça jeans preta com uma blusa de gola V azul marinho, calcei sapatos pretos, passei pela cozinha.
— Guarde o jantar para mais tarde, estou de saída.
— Vá com cuidado. — Romane grita, com um sorriso.
Desci até a garagem abrindo a porta do Audi preto arrancando para o trânsito, a voz de I Can't Get No do The Rolling Stones saiu a todo o volume.
I can't get no satisfaction
I can't get no satisfaction
I can't get no
I can't get no
When I'm drivin' in my car
And that man comes on the radio
He's tellin' me more and more
About some useless information
Parei em frente ao prédio e desci do carro, caminhei até o outro lado da rua onde havia uma floricultura. O barulhinho do sino avisou de um cliente novo, uma senhora de mais ou menos sessenta anos com cabelos grisalho e um olhar gentil apareceu atrás do balcão.
— Posso ajudar meu jovem?
— Quero o mais lindo buquê de rosas que você tem.
Ela sorriu, saindo de trás do balcão juntando vários tipos de flores, de várias cores, cor-de-rosa, roxas, vermelhas, brancas, amarelas e uma branca e vermelha. Formando um enorme buquê de rosas que já vi, ela amarrou em um laço vermelho me entregando, lhe dei o dinheiro saindo da loja. Olhei para cima e pude ter a vista da sua janela, a luz estava acesa, mas não tinha nenhuma movimentação, subi as escadas apertando a campainha logo em seguida Mia abriu a porta apenas com um short curto e uma blusa escrita "Game Girls" seus cabelos estava amarrado em um coque alto bagunçado, mordi o lábio inferior reprimindo um gemido, e para a tortura do meu p*u ela usava óculos que dava um ar de menina sapeca.
— Senhor Carter?!