O começo

4991 Words
Capítulo 01 Tudo começou quando fui morar com minha vó, que morava em uma cidade pequena no interior de Minas Gerais, como toda cidade de interior, era um lugar onde todos eram muito conhecidos, lugar calmo e de certa forma receptiva. A maioria das garotas da minha idade achariam uma chatice morar com a vó não é? Mas eu não, amei a ideia de estar com ela e ajudar no que eu pudesse, quem sabe até retribuir tudo que ela já fez por mim um dia, é o que dizem vó é uma segunda mãe, na verdade nos tratam com mais amor do que tratou seus próprios filhos, não sei explicar muito bem como isso funciona , só sei que é assim que acontece. Quando cheguei na cidade, caminhei direto para casa da minha vó, a rodoviária ficava quase na mesma rua então nem precisei de ajuda para chegar até a casa dela, enquanto caminhava, passava mil coisas na minha cabeça, coisas do tipo, como seria minha vida daqui pra frente ,ou se eu estava no caminho certo, bateu uma enorme preocupação com meu futuro. Mas logo avistei minha vó, toda feliz me esperando em frente ao portão de sua casa, ao olhar para ela me lembrei de quando era criança, dos presentes que ela levava toda vez que nos visitava e dos abraços e beijos nas despedidas, deu uma nostalgia daquelas. Corri para os braços dela, e lhe dei um forte abraço, para matar a saudade, ela retribuiu com todo carinho, e logo me puxou pelo braço e me levou para dentro de sua casa, me senti tão bem, me senti acolhida, e tive certeza naquele momento que era ali mesmo que eu devia estar. Minha vó morava com meu avô Joaquim, ele era pescador, ficava horas fora de casa, então ela ficava muito sozinha, e agora como eu estava por lá, ela se sentiu muito feliz pois teria companhia para conversar, e desabafar, e foi isso que tentei ser para ela uma neta amiga, ouvia história antigas da época de adolescência dela, que aliás eram muito interessantes, eu ajudava no que eu podia, principalmente nos afazeres de casa, para aliviar a carga para eles, afinal já eram idosos, e eu queria estar ali para acrescentar no que fosse necessário. Enfim, passou-se duas semanas, e comecei a me sentir cansada da rotina, e conversando com minha vó ela me aconselhou a voltar a estudar, e isso foi uma ótima ideia, no mesmo dia peguei todos meus documentos e fui até a escola e me matriculei, não via a hora de começar a frequentar, mas já era dezembro então me vi obrigada a esperar o próximo ano. Não adiantou muito ao meu ver, eu com certeza precisava de alguma coisa para fazer, que me fizesse sentir mais útil, apesar de ajudar em casa, eu queria ter meu próprio dinheiro. Comecei a me sentir incomodada com a situação, pois eu já estava com quase 16 anos não podia depender dos meus avós financeiramente a vida inteira. Em uma segunda feira, estava eu lavando a calçada, e minha prima Rose passou e me cumprimentou, e sabendo da minha situação de querer trabalhar, logo me convidou para sair e conhecer melhor a cidade, para que assim eu pudesse conhecer as pessoas, e ter mais oportunidades de ingressar no mercado de trabalho. Então combinamos de ir no dia seguinte bem cedinho. Passei a noite ansiosa, porque eu já sentia que algo inesperado viesse acontecer, e quase não dormi pensando nisso. No outro dia acordei muito feliz, me arrumei como de costume, com roupas não muito chamativas, uma coisa bem simples como, calça jeans e uma camiseta branca, tênis e maquiagem bem leve para o dia a dia, não demorou muito, ouço minha prima chamando: - Lia, vamos, vamos!!! Fui até a cozinha onde minha vó estava e lhe dei um beijo, ela me desejou boa sorte, e, aquilo me fez sentir mais segurança. Minha prima já me levou direto nos comércios da cidade, aquela garota conhecia todo mundo, e isso era ótimo, ela me apresentava para todos. Andamos muito aquele dia, e quando estava quase no fim da tarde ela lembrou que tinha que passar em uma loja, e lógico fui com ela, chegando nessa loja, de cara já me deparo com ele, um homem alto, bonito, olhos castanhos claros, cabelos negros e lisos, ele fazia totalmente meu tipo, comecei a sentir como se o conhecesse de outras vidas. Ele era o dono da loja. Minha prima me apresentou a ele, e ele olhou nos olhos profundamente, fiquei sem jeito e acabei desviando o olhar, e quando olhei para ele novamente percebi que ele gostou de ver o quanto estava acanhada, por estar ali, na frente dele, deu um sorriso lindo que quase desmaiei ali mesmo, mas mantive a postura por fora, ao mesmo tempo por dentro meu coração palpitava e parecia que ia sair pela boca. Mas em pouco tempo de conversa entre ele e minha prima, percebi uma certa i********e entre eles, nas conversas, no comportamento de ambos, do mesmo jeito que tinha me encantado por ele, tudo estava passando naquele momento. Me senti uma boba, por fantasiar coisas na cabeça com uma pessoa que eu nem conhecia, e logo esqueci tudo. No dia seguinte minha prima mandou uma mensagem, dizendo que o Mariano tinha gostado muito de mim, e me achado muito linda, e com enorme espanto perguntei: - Prima, quem é Mariano? - É aquele rapaz de ontem, o da loja que te apresentei não lembra? - Lembro sim, mais, vocês dois…. hãm… Fiquei até sem jeito de perguntar, mais ela logo entendeu o que eu queria dizer e respondeu : - Naaaooo prima!!! nada a ver, ele é só um amigo, trabalhei com ele mês passado, e afinal eu estou noiva. - sério? Está noiva? Meu Deus eu não sabia me perdoe, e parabéns prima. Confesso que fiquei meio envergonhada com ela, por ter pensado aquilo, mais eu não tive culpa, era o que parecia. Depois que ela disse que estava noiva tudo se esclareceu, e continuou me contando que Mariano estava encantado por mim, me senti a última bolacha do pacote. Mas o melhor, é que ele queria que eu fosse até a loja, para poder conversar pois, como ela tinha dito a ele que eu estava a procura de emprego, consequentemente ele viu a oportunidade perfeita para poder me conhecer, me chamando para trabalhar com ele, minha prima disse que ele estava muito sobrecarregado ainda mais com o fim do ano chegando, e precisava de alguém para ajudá-lo. Então fui até lá, logo que cheguei ele sorriu e veio ao meu encontro, perguntando se eu já tive alguma experiência com esse tipo de trabalho, eu disse que não, pois era a primeira vez que de fato eu iria trabalhar. E quando acabou as perguntas que ele tinha para mim, aquele lugar sucumbiu ao silêncio avassalador, ficamos olhando para chão, para o teto, para qualquer lugar somente para evitar o contato visual, quando de repente ele quebra todo aquele silêncio e diz: - Você é linda demais! Nossa, eu não soube o que dizer, fiquei sem reação a única coisa que fiz, foi agradecer, e disfarcei novamente, nesse momento ele apenas me pediu pra que voltasse no dia seguinte. Fui embora, e no caminho para casa fiquei pensando o quanto fui burra, não demonstrei interesse nenhum, eu poderia pelo menos ter elogiado também ou algo assim, fiquei me sentindo uma i****a, talvez eu até o fiz pensar que não estava gostando de estar lá. Cheguei em casa super chateada comigo mesma, e resolvi tomar uma postura diferente. No outro dia fui trabalhar oficialmente, cheguei e a loja estava com as portas trancadas, não tinha o que fazer, tive que esperar. Quando ouvi alguns passos em direção a porta, já fui preparada para cumprimentá-lo, mas quem abriu a loja foi a mãe dele, a dona Lúcia, foi a primeira vez que eu a vi, e como sempre fiquei inibida ao vê-la, mais ela me tratou super bem, e fui me abrindo aos poucos com ela, já eram oito horas da manhã, então resolvi pedir a ela alguns produtos de limpeza para que pudesse dar uma organizada na loja, ela me entregou os produtos toda contente como se já estive satisfeita pela posição que tomei de não ficar parada. Mariano logo apareceu na porta dos fundos, com um cigarro e uma xícara de café. E como dessa vez estava decidida a tratá-lo melhor do que antes, fui logo puxando assunto : - Bom dia Mariano, dormiu bem? - Sim Lia, dormi muito bem, e você? - Dormi bem também. Minha vontade era dizer que eu não dormi nada pensando nele, no quanto fui i****a ontem e acabei passando uma má impressão, mais decidi não dizer nada, e esquecer aquele assunto, começar do zero, para que me conhecesse melhor, e visse como eu realmente era. - Então Lia, minha mãe te disse algo, sobre o que você irá fazer aqui? - Não ela não disse nada, estávamos esperando por você. Enquanto eu falava, ele observou que a loja estava toda organizada, e limpa. - Você limpou a loja toda! está perfeito, achei que minha mãe tinha dito algo. Ele dizia com um grande sorriso. - Me perdoe por ter tomado a liberdade, de fazer isso, é que como você não estava, não queria ficar parada. Nesse momento ele jogou o cigarro fora, e me olhou , mostrando satisfação. Aquilo foi suficiente para me deixar super feliz. Com o passar dos dias fomos nos conhecendo melhor , e a cada dia que passava eu aprendia muitas coisas novas que poderiam me ajudar mais pra frente, no campo profissional se eu decidisse seguir essa profissão. Aprendi a precificar roupas, a combinar modelos, fiquei por dentro da moda, e até mudei meu estilo, comecei a me vestir melhor, era um grande salto na minha vida, estava começando a me sentir realizada. Quando chegou o dia de renovar o estoque, ele me chamou para viajar, e logo aceitei o convite, foi nesse dia que conheci seu irmão mais novo, Mário. Ele era um rapaz de 24 anos, muito bonito , um pouco parecido com Mariano. Mas a personalidade era totalmente diferente, ele era do tipo que amava expor suas opiniões, e tinha um gosto meio peculiar para músicas, e também era muito inteligente, em um nível Hard da palavra. Logo que me conheceu, gostou muito de mim, e conversamos por horas, bom… Ele falava e eu ouvia e acenava com a cabeça sempre concordando com tudo, apesar de muitas vezes nem saber o que ele estava falando, aliás eu tinha apenas 15 anos, muitas coisas que ele dizia nem eram da minha época, e na verdade nem da época dele. Enquanto Mariano resolvia os últimos detalhes da nossa viajem, consegui conhecer bastante o jeito de Mário, e na verdade eu adorei ele. Pronto, chegou a hora de irmos, e quando entrei no carro, fui direto para o banco de trás, e Mariano logo chamou minha atenção dizendo : - Lia! Você vai sentar comigo no banco da frente, meu irmão vai atrás. Olhei diretamente para os olhos dele, e vi o quanto ele estava falando sério, então nem me opus, fui direto para frente. Eu estava com um vestido fresco, aqueles tecidos floridos, e curto, meu corpo era lindo, isso não dava para negar, coxas grossas bem definidas, cintura fina como o corpo de um violão, cabelos curtos loiros, alta, realmente estava fabulosa, e aquele vestido acentuou cada detalhe, que aliás ele mesmo me pediu para vestir, disse que era para fazer propaganda. Dava para ver de longe o quanto ele estava admirado com minha beleza, e seu irmão também não tirava os olhos de mim. Como eu tinha pego bastante i********e com Mário, ele me elogiou sem nenhum constrangimento: - Como você está maravilhosa, sua beleza é rara por aqui. Disse ele com um sorriso malicioso. Mariano olhou para seu irmão pelo retrovisor, com um olhar de raiva, como se não tivesse gostado do elogio que ele acabou de fazer, Mário fez cara de desentendido, e continuou falando comigo. Mariano ligou o carro, ligou o som, e deu partida, e assim Mário ficou calado e quieto lá atrás,fiquei quieta também. No carro ninguém conversava, só a música tocando, era uma do Capital inicial, e eu amava então não resisti e comecei a cantar junto com o som, nesse momento os dois olharam para mim estranhamente, me calei por um segundo olhei para eles e perguntei : - O que foi meninos? eu amo capital inicial! E essa música é minha favorita. Dei uma risadinha sem graça, e logo depois eles também deram risadas e começamos os três a cantar juntos : - SE UM DIA EU PUDESSE VER, MEU PASSADO INTEIRO, E FIZESSE PARAR DE CHOVER, NOS PRIMEIROS ERROS, OH OH Quando a música acabou Mariano abaixou o som, e começamos a conversar sobre as músicas que mais gostávamos, quais shows tínhamos vontade de ir, e assim foi a viagem toda, se eu soubesse que cantar iria fazer eles ficarem bem, com certeza teria feito isso antes. Chegamos até o shopping para fazer as compras das mercadorias , e Mariano andava comigo pelo lugar me exibindo para todos, como se ele tivesse orgulho de estar ali comigo. Lógico que isso me deixou meio intrigada, mais imaginei que fosse por conta da minha beleza. Falo da minha beleza com todo orgulho, e vocês devem ter reparado, hoje me amo e me acho linda, mas teve uma época que me achava feia e aquilo acabou comigo, e quando consegui me recuperar dos danos emocionais, comecei a me enxergar como eu realmente era, uma garota linda, e ninguém nunca mais conseguiria me fazer sentir-me m*l novamente. Então sempre que posso, eu enalteço minha beleza e acho que todas deveriam fazer isso. Enquanto eu olhava as vitrines, babando por aquelas roupas maravilhosas, ele parou em uma loja e me chamou, quando entrei lá fiquei maluca, tantas roupas maravilhosas, como eu era muito jovem, Mariano pediu para que eu ajudasse a escolher as roupas que ele levaria, o que ele não sabia é que sou libriana, e librianas não são boas em fazer escolhas desse tipo. Mas comecei a olhar peça por peça e as que me chamavam atenção, colocava em cima do balcão ao lado, reservando as, enquanto escolhia, ele olhava uma por uma das que coloquei no balcão, e a cada peça que pegava, dava um sorrisinho de quem diz : - Perfeito! achei minha alma gêmea. Eu retribuía cada sorriso dele. E nisso começamos a trocar olhares penetrantes, e nossa relação começou a se tornar mais atraente para os dois. Enquanto estávamos flertando, Mário chegou e logo percebeu o que estava acontecendo então chamou agente para almoçar : - Vamos almoçar, estou faminto, não aguento mais, vamos logo. Mariano olha para seu irmão com uma cara de desprezo e diz : - Você sempre estraga tudo. E para não ficar aquele clima chato como no carro eu acabei entrando no meio, e com uma voz meiga e sensual disse : - Mariano, vamos almoçar, depois nós voltamos e terminamos o que começamos. Percebi que ele levou para outro lado essa minha resposta, e eu não o culpo pois era exatamente isso que eu queria. Fomos para o refeitório, e escolhemos uma mesa, aquelas de quatro lugares, dois de um lado e dois de outro, escolhi minha cadeira e sentei, Mário ia se sentando ao meu lado e Mariano deu um leve empurrão nele que se afastou meio sem entender, mas quando Mariano sentou ao meu lado Mário logo percebeu o que estava acontecendo, mas preferiu ficar calado sobre o assunto. Pedimos o almoço, estava maravilhoso, eu estava amando tudo aquilo. Acabamos de almoçar e voltamos para loja que estávamos, mais não voltamos a flertar, pois o clima realmente tinha se quebrado, ele até que tentou, mas não deu muito certo, foquei nas roupas e em ajudá-lo a escolher tudo para irmos embora, pois comecei a me sentir exausta. Acabamos de fazer as compras já era bem tarde, entramos no carro, quando Mário lembrou que tinha esquecido sua carteira em uma das lojas do shopping, então ele foi desesperado caçar o que tinha perdido, enquanto isso fiquei no carro sozinha com Mariano, e ele não perdeu tempo, pegou em minha mão e me chamou para sair: - Lia, você aceitaria sair comigo amanhã, não a trabalho como hoje, mas para divertir, só nós dois, você topa? Enquanto falava, olhava fixamente em meus olhos e continuava segurando minha mão. - Bom, sim claro que aceito, estou mesmo precisando me distrair um pouco, apesar de hoje ter sido um dia ótimo, mais eu adoraria sair com você. Depois que acabei de responder, ele veio em minha direção se inclinando, para me beijar, e quando estava bem perto dos meus lábios, Mário chega : - Achei!!! Graças a Deus. Ufa!!!!! Meus cartões estão todos aqui, não sei o que faria se eu perdesse isso. Mariano suspirou profundamente, com um olhar de frustração, apenas deu um sorriso de canto de boca, soltou minha mão e se afastou rapidamente, pegou no volante e me olhou novamente e suspirou, e enfim ligou o carro. Senti a frustração dele de não ter conseguido me beijar, mas achei bom não ter acontecido aquele beijo pois ainda não estava preparada, mas confesso que meu coração foi a mil, quando ele estava prestes a me beijar. Fazia tempo que eu não beijava alguém, a última vez que beijei um garoto eu tinha 12 anos, e foi para perder o bv, (boca virgem), então morria de medo de não saber o que fazer, e se eu não soubesse beijar direito? E se ele não gostasse? Fiquei bem preocupada com isso, porque ele já tinha deixado bem claro que tinha interesse por mim, e eu também por ele, então uma hora iria acontecer aquele beijo. Chegando na nossa cidade, ele perguntou se eu queria ir pra casa deles, ou ir para minha vó, e claro que eu queria ir para casa da minha avó, estava exausta, querendo tomar um banho e dormir, então ele me levou, quando foi se despedir me deu um beijo no rosto, e Mário para não ficar para trás, desceu do carro me deu um abraço e beijou meu rosto também, senti o cheiro dele e senti algo aquele momento, não sei dizer o que foi, eu notava o olhar de Mariano, parecia estar com ciúmes. Então me despedi também e entrei. Ufa! Que dia cansativo. Fui até meus avós : - Benção vó, Benção vô. Dei um beijo em cada um. - Como foi seu dia minha filha? Minha vó perguntou enquanto, lavava alguns tomates, para a salada do jantar. - Foi muito bom vó, mas estou muito cansada. Fui sentando na cadeira, com uma cara de morta literalmente. - Então vai tomar um banho minha filha, e descansa, já já o jantar fica pronto e te chamo. - Não precisa de ajuda com alguma coisa minha vó? - Não filha, já estou terminando, vá tomar seu banho, agorinha te chamo. - Tá bom então, vou sim, obrigada vó. Dei outro beijo nela, e fui para o quarto, peguei uma troca de roupa, e a toalha para tomar banho, quando entrei no banheiro, meu avô bateu na porta: - Lia sua vó disse que o seu patrão está lá fora, querendo falar contigo. - Pede pra ele esperar por favor, vô, vou acabar meu banho rapidinho e já atendo ele. Nossa, mais o que Mariano queria comigo? Nós acabamos de nos despedir, será que ele esqueceu algo comigo? Saindo do banho vou olhar minha bolsa. Sai do banho, e fui direto para o quarto olhar minha bolsa, e não, não tinha nada dele ali, fui meio desconfiada atendê-lo. - Boa noite Mariano! Falei sorrindo. - Oi, boa noite Lia, me desculpe vir aqui assim sem avisar é que… Mexeu no cabelo, olhando para o chão, sem jeito, m*l olhava para mim. - Que.. Pode falar. Respondi, super curiosa, mais sem demostrar. - Não era nada, só que… Ah bom, eu vim confirmar nosso encontro de amanhã, não marcamos horário nem nada. Deu para perceber o quanto ele estava tímido, não pensei que ele fosse assim, demonstrava ser um cara tão desinibido. - Sim, claro. Você pode escolher o horário. Falei firme e olhando para ele fixamente. - Me desculpe ficar assim, sem jeito, sem palavras, é que quando estou perto de você, fico sem reação. Fiquei totalmente sem saber o que dizer naquele momento, e apenas sorri e disse que eu também ficava assim perto dele, depois que eu disse isso ele se sentiu melhor, foi como uma alívio de saber que não era só ele que estava naquela situação, mas na verdade falei aquilo só para acalmá-lo. - Então amanhã as 20:00 está bom pra você? - Claro, está sim! As oito então. Nos despedimos, dessa vez sem beijos no rosto, só um tchau. No dia seguinte, fui trabalhar, como de costume chegando lá, ele não estava, dessa vez eu sabia onde ele se encontrava, no quarto dele dormindo. E dessa vez ele acordou mais cedo, e foi para loja, ele estava tão contente que contagiou todo ambiente, comecei a me perguntar se era por mim, ou se tinha outro motivo. Não demorou muito todas essas dúvidas cessaram, ele deixou bem claro que estava feliz, porque tinha um encontro comigo hoje, ele não parava de falar no quanto estava ansioso para que a noite chegasse: - Você, está pensando o que sobre hoje? Na verdade não entendi muito bem a pergunta que ele fez, mas respondi : - Eu acho que vai ser maravilhoso, não se preocupe, vamos nos divertir bastante. Enquanto falava essas poucas palavras, passava uma cena na minha cabeça, uma cena bem quente na verdade, já imaginei como seria o seu beijo, o seu toque em minha pele, meio que sonhei acordada por alguns instantes. - Eu vou fazer sua noite ser maravilhosa Lia. Enquanto ele falava percorria meu corpo com olhares, parecia que estava me despindo em sua mente. Reparei também que sua respiração estava ofegante, ele tentou disfarçar e não conseguiu, então saiu de perto, e foi pegar um cigarro. Ele sempre fumava quando estava ansioso, ou nervoso, nesse caso talvez eram os dois motivos. Amei fazer com que ele ficasse daquele jeito tão desconcertado por mim, que m*l conseguia disfarçar. Era muito excitante. O dia passou bem rápido, nós dois ansiosos para o encontro. Fui para casa me arrumar, eu pretendia surpreendê-lo. Em casa, tomei um banho bem demorado, enquanto passava o sabão em minha pele, imaginava suas mãos deslizando em todo o meu corpo, sei que pode parecer impróprio, mas, ele provocava meus desejos mais profundos. Quando sai do banho, caminhei diretamente até meu quarto, me maquiei de uma forma bem delicada, e enquanto passava aquele batom cor de cereja em meus lábios, era inevitável não imaginar como seria o beijo dele. Será que eu ia gostar? Será que ele ia ser gentil e cavalheiro? Se ele começasse a forçar a barra demais com certeza cairia fora o mais rápido possível. Coloquei um vestido preto, colado e curto, fiquei sexy, do tipo, uau!!!! Ele chegou, chamou, minha vó atendeu, e fiquei no meu quarto, fingindo não saber que ele havia chegado, não queria parecer desesperada. - Lia, minha filha, ele chegou!!! Disse minha vó, com grande entusiasmo. - Vó, por favor, pede para ele esperar, que eu já estou quase pronta . Na verdade eu já estava mais que pronta, só fiz um charminho, e aproveitei para conferir se estava tudo ok, e começou a bater um nervosismo, mais nada que atrapalhasse. Bom,chegou a hora Lia, vamos lá, arrasa garota. Falei comigo mesma para dar mais confiança. Sai do quarto, e o avistei na sala com meus avós, ele me olhava de baixo para cima, com admiração, e desejo, aquilo com certeza me deu mais confiança. Ele se levantou, me cumprimentou pegou em minha mão, despedimos dos meus avós e saímos até o carro. Dentro do carro, ele diz : - Você está tão linda, eu não quiz dizer nada na frente dos seus avós para não parecer pretencioso, mas você realmente está espetacular, não consigo tirar os olhos de você. - Obrigada!!!! Falei com um sorriso de satisfação em minha fase. Ele também estava um gato, mas não quiz dizer nada naquele momento então fiquei calada até chegarmos ao local que iríamos ter nosso primeiro encontro. Ele parou o carro, e vi que tinha parado em um restaurante, fiquei me imaginando naqueles filmes de romance, onde o cara é super atencioso e romântico e incrivelmente cavalheiro e sim, ele era tudo aquilo. Abriu a porta do carro, me ajudou a sair, pegou em minha mão esquerda, como se já estivéssemos namorando e caminhamos até a entrada do restaurante. - Suas mãos estão suadas e frias. Você está nervosa princesa? Enquanto fazia essa pergunta, levou minha mão até seu rosto e se acariciou. - Estou um pouco nervosa sim, confesso. Eu estava apavoradamente ansiosa, e feliz e tentava esconder o máximo, mas meu corpo dava sinais, e ele reparava em cada detalhe. - Vamos entrar? Vou fazer dessa noite a melhor da sua vida. Olhou no fundo dos meus olhos, e segurou em minha cintura. Me arrepiei dos pés a cabeça. - Nossa, você quer ser do tipo inesquecível? Ele sorriu, abaixou a cabeça, e soltou minha cintura e pegou em minhas mãos novamente. - Sim quero ser, apesar que acho bem difícil, você é tão perfeita, deve estar acostumada a ter o mundo aos teus pés. Por estratégia, resolvi não dizer nada sobre isso, apenas fiz uma expressão de confiança e ao mesmo tempo de garota frágil, e dei aquele sorrisinho clássico, de quem diz, talvez sim, talvez não, descubra! Ele realmente estava decidido a me descobrir. Entramos no restaurante, ele continuou sendo um perfeito cavalheiro, afastou a cadeira para que eu me sentasse, e se sentou logo em seguida. - Espero que você goste de tudo que preparei para você. - Tenho certeza que vou adorar!!! - Ainda não acredito que encontrei uma mulher tão maravilhosa assim. Agora sim, depois dessa frase, tive certeza que ele achava que eu era bem mais velha do que realmente eu era, na verdade todos pensavam isso, principalmente pessoas novas no meu convívio. Meu plano era deixar ele pensar assim, na verdade mentalmente não me sentia uma adolescente, me sentia uma mulher, a vida fez eu me enxergar dessa maneira, uma pessoa bem mais madura do que gostaria de ser. Sempre parecia que eu estava a frente das meninas da minha idade, as conversas não batiam, os gostos também não, então nunca me encaixei nesses grupinhos de garotas adolescentes. - Lia, quero te fazer uma pergunta pessoal, posso? Fiquei com pouco de medo do que poderia ser. - Pode sim, vai lá, pergunte! - Você tem namorado, ou ficante? Fiquei bem confusa com a pergunta, mas fui sincera. - Não, nem namorando, nem ficando, posso te fazer outra pergunta? Ele me olhou com uma cara de espanto, acho que ficou com medo do que eu poderia perguntar. - Você acha que se eu tivesse algum compromisso com alguém, teria aceitado seu convite? Ele pensou um pouco, deslizou seus dedos entre os cabelos como de costume. - Acho que não, você não parece ser esse tipo de pessoa. Então fiz um sinal com a cabeça afirmando o que ele acabara de dizer. - Está gostando do jantar? Esse lugar é o meu preferido, fazia anos que não trazia alguém aqui. - Estou amando, a comida daqui é maravilhosa, me sinto honrada. - Porquê? - Por me trazer, no seu lugar preferido, achei tão fofo!! Não acredito que falei fofo, não acredito. - fofo? Ele deu uma gargalhada que provou o quanto ele amou o que eu disse. Ainda bem, fiquei aliviada. - Me trouxe em seu restaurante favorito, então me acha especial não é? Olhei no fundo dos olhos dele, enquanto debrucei os braços na mesa e juntei as mãos, esperando alguma resposta. - Te achei especial no primeiro dia em que te vi. Os olhos dele brilhavam ao olhar para mim. Na verdade era nítido que estava se desenvolvendo um sentimento. E eu estava gostando daquilo, e queria mais. Comemos, bebemos, e estava tudo maravilhoso, chamou o garçom, dei uma olhadinha na conta sem que ele percebesse, e fiquei preocupada pois tinha ficado caríssimo. Mas simplesmente, pegou o seu cartão e pagou, achei legal pois na maioria das vezes os homens reclamam de gastar com as mulheres, mais ele não, estava tão feliz, como se aquilo tivesse dado satisfação a ele. Me levantei, ele também, não perdeu tempo e já agarrou em minha mão novamente, enquanto saíamos todos olhavam descaradamente para nós dois. - Não se preocupe, você está atraindo esses olhares, por ser a mulher mais linda dessa cidade. Fiquei completamente sem palavras. - Vou te levar em uma festa agora. Falou bem baixinho se aproximado, me puxando pela cintura até meu corpo e o dele ficarem colados. Ele ficou sério, eu também , olhamos um para o outro, sensação de borboletas flutuando dentro do estômago, acho q ele sentiu o mesmo, ficou paralisado. A intenção dele era nitidamente me beijar, e não fez , me afastei um pouco. - Nossa!! Tá bem calor hoje né. Foi isso que veio em minha mente para falar na hora, pelo menos para ver se quebrava aquele clima tenso, gostoso e dramático. - Acho que ficou bem mais quente, quando me aproximei de você. Realmente ele sentiu o mesmo que eu no momento da nossa aproximação. - Também senti o mesmo! Sensualmente proferi essa frase. Entramos rapidamente no carro, enquanto dirigia...
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