Capítulo 02

4110 Words
Capítulo 02 Entramos rapidamente no carro, enquanto dirigia colocou sua mão em minha coxa, senti minhas mãos formigando, suando frio, nunca tive tal sensação. Me mantive olhando para estrada fixamente, mas dava para ver que ele ficava me olhando de segundo em segundo enquanto dirigia como se cogitasse a me dizer algo, logo tentou iniciar uma conversa. - Espero que goste e se divirta na festa, mas quer saber de uma coisa? - O que seria? - Eu meio que mudei de ideia, queria ficar sozinho com você, talvez para te conhecer melhor, e desanimei um pouco da festa, estava pensando agora em uma coisa mais calma. - Ficar sozinhos? Como assim? Fiquei meio espantada com a proposta dele, pensei mil coisas naquele momento, acho que qualquer um pensaria não é? - Não quero que você pense m*l de mim, de maneira alguma, só pensei em ficar em um lugar mais calmo para podermos conversar, quero muito te conhecer melhor, saber seus gostos, e te desvendar. Falou com um tom inocente, e arrependido com medo de eu ter pensado horrores. E realmente acho que pensei. - Tem um lugar aqui na cidade, que eu gosto muito, é calmo, romântico, mas não fique preocupada, passam pessoas a todo momento, pois lá é o local mais legal que existe nessa cidade ao meu ver, então se você aceitar, vamos. Ele não parece um homem com más intenções, até agora me tratou com tanto respeito, devo dar-lhe um voto de confiança. Aceitei. Ele me levou para o lago, um lugar gostoso de estar, com bancos, muitas árvores e claro o lago, o lugar realmente era bonito, e a noite o deixava ainda melhor. - Bom, é aqui. - Realmente é o que você descreveu, gostei bastante. - Vamos sentar naquele banco ali. O banco ao qual ele se referiu, ficava em baixo de uma enorme árvore linda. Sentei, e ele sentou bem próximo a mim, e só ali naquele lugar consegui sentir o cheiro maravilhoso de seu perfume, que transmitia masculinidade e ao mesmo tempo fragilidade e era encantador, foi como se o seu cheiro entrasse pelas minhas narinas e fosse diretamente para o cérebro, me extasiando completamente. Não consegui me reter, e me aproximei do seu pescoço e o cheirei revirando os olhos deleitando - me com aquele perfume. No mesmo instante vi sua pele se arrepiar, me distanciei. - O que achou? Me perguntou com um semblante devasso. - Maravilhoso!!! Falei enquanto ainda apreciava aquela fragrância deliciosa no ar. Aquele perfume realmente me hipnotizou. Suspirei profundamente, não entendi o que aconteceu comigo. Ele ainda não havia fumado naquela noite, e foi a primeira vez que ele pegou seu cigarro. Seu perfume se misturou com o cheiro do cigarro e por estranho que pareça eu gostei, não ficou menos atraente, pelo contrário. - Quando você começou a fumar? Iniciei esse assunto, pois me interessei, via ele transmitindo tanto prazer ao tragar. - Iniciei muito cedo, ainda era só uma criança, na época via meus tios fumando e bebendo, que acabei experimentando, era horrível no começo não sei por qual razão continuei, e no fim acabei gostando e me viciei. Não é nada legal contar essa história, mas já que perguntou, não vejo motivos para mentir. - Entendi, pode me falar qualquer coisa, jamais irei te julgar, tenho uma mente muito aberta e acredito que todos temos motivos para fazer algo, mesmo que aos olhos das pessoas pareça errado, falo assim por você na época ser apenas uma criança. - Realmente você é incrível! Falou com um sorriso largo. - Ah!!! Não sou incrível, apenas entendo, e vejo as pessoas de uma maneira ampla. Sorri timidamente. Olhamos ao mesmo tempo um para o outro, e ele novamente começou a se aproximar observando meus lábios como se fosse me beijar, eu hesitei vagarosamente me afastando. Logo ele se afastou também, e ficou nitidamente confuso com minha atitude. - Me perdoe Lia, não quiz forçar nada, eu só achei que… Hãm… Bom pensei que você estava me dando sinais. Eu fiquei sem palavras no momento, pois realmente eu estava flertando com ele, e na verdade eu me aproximei primeiro. - Não me leve a m*l Mariano, me desculpe não corresponder da maneira que você queria, acho que ainda é muito cedo para rolar algo entre nós, pensei em começarmos apenas como amigos. - Sim, sim, você está completamente certa, me perdoe não quiz passar a impressão de estar querendo adiantar as coisas. - Tudo bem, estava mesmo rolando maior clima. Falei gentilmente enquanto me levantava. - Porque se levantou? Já está querendo se livrar de mim? - Não!!! Só pensei em caminharmos um pouco. - Vamos então!! Entrelaçou seus dedos entre os meus, começamos a andar vagarosamente, enquanto eu apreciava cada detalhe do lugar, o cheiro de ar puro, aquele frescor, me sentia abraçada pela natureza. Demos a volta inteira no lago até chegarmos aonde estávamos antes. - Quer ver o lago mais de perto? - Nossa sério? Tem jeito? - Sim, tem um caminho que nos levam até lá embaixo, dá até para tocar a água. - Então vamos. Avançamos para a beira do lago, era maravilhoso, simples, mais me encanto por lugares assim, somente com a luz da lua alumbrando aquele local, tornando um ambiente romântico. Sentamos na grama à beira da água. Um pouco a frente havia uma turma com violão, cantando uma músicas do Jorge e Matheus, ele me olhava como se eu fosse tão graciosa a ponto de hipnotiza-lo, percebo sua respiração ofegante, olhei para sua camisa preta, e consegui perceber seu coração acelerado. E aquele clima fantasiosamente lírico, nos aproximou de um jeito romântico. Deitei com minha cabeça no ombro dele, e admiramos a lua. - A lua está linda hoje. - Está maravilhosa. Olhei para ele e me veio uma imensa vontade de beijá-lo Mas não o beijei, retive aquele sentimento que me invadia. Ele passou a mão em meus cabelos, colocando atrás das orelhas, acariciou meu rosto suavemente, e se inclinou mirando em meus lábios e me beijou. Á medida que nos beijávamos, me sentia flutuando, meu coração acelerou incontrolavelmente, sensação intensa e profunda, foi incrível, nunca tinha sentido algo assim. Paramos de nos beijar, e ele se confessou. - Desde o primeiro dia em que te vi, me apaixonei, naquela noite não consegui dormir pensando em você, lembrando do seu cheiro, do jeito, em apenas algumas horas que passamos juntos, gravei tudo de você em minha memória. - Não imaginei que tinha gostando tanto de mim assim! - Eu não gostei Lia, eu estou apaixonado por você! Fiquei realmente surpresa com aquela declaração, mas não sabia como agir, estava sem graça, não acreditei muito, sou uma pessoa muito desconfiada então ele teria um grande trabalho para me conquistar de verdade, e pelo jeito que agi, com certeza ele sabia disso. - Estou disposto a fazer tudo que estiver ao meu alcance para te conquistar. - Não sei lhe dar muito bem com sentimentos. Falei com a intenção de desencoraja-lo a embarcar nessa paixão, eu tinha medo do amor, tinha medo de me envolver, sempre evitei os homens tentado correr dessa armadilha que é o amor. Ele deu um sorriso de canto, e me beijou novamente. - Não vou desistir de você, não adianta tentar me afastar falando essas coisas. Parecia que ele lia minha mente, porque era exatamente o que eu queria, afastá-lo. Ele se posicionou de uma maneira que não tive mais argumentos. Já era muito tarde, nem notamos o quanto o tempo passou rápido. - São quase 1 da manhã Mariano!!!! Falei com espanto. - Nem vi o tempo passar, vou te levar para casa então. Ele ficou cabisbaixo nesse momento. Levantamos, ele me abraçou calorosamente, e me deu um beijo demorado, suas mãos começaram a descer pela minha cintura, e desceu demais se é que me entendem, então parei de beijá-lo e andei em direção ao carro, senti uma avassaladora atração por ele por esse motivo fiquei confusa e recuei. - Fiz algo que não gostou? Você parece brava comigo. - Não estou brava, só não estou acostumada com tanta aproximação. Respondi friamente. - Fiquei confuso agora, me perdoe. Olhei para ele seriamente e indaguei : - Vamos embora por favor. Ele também ficou sério, até chegar a porta da minha casa. - Não gostou da noite? - Amei tudo Mariano de verdade. - Então porque parece que não? - Já disse não estou acostumada, com aproximações assim entende? - Você não gostou quando te toquei não é?! Decidi ser sincera com ele e mandei a real. - Realmente me senti desconfortável, não gosto muito que me toquem dessa maneira. - Fui um atrevido contigo, meu Deus!!! Me perdoe. Não queria que a noite terminasse assim, te prometi a melhor noite da sua vida e estraguei tudo. - Estava tudo maravilhoso, eu que peço perdão, sou estranha demais mesmo. Eu estava muito decepcionada comigo mesma, não entendia porque reagi daquela maneira tão arisca, sendo que eu estava gostando de tudo. Mas como poderia explicar isso, sem que ele ficasse ainda mais confuso? Não tinha como. Me despedi, ele carinhosamente me deu um beijo no rosto, e outro na testa, demostrando que me respeitava e novamente pediu perdão. Entrei para dentro de casa, fui direto para meu quarto me deitei e me perdi em meus pensamentos, não entendia o que estava sentindo, nem o porque reagi daquela maneira quando ele foi um pouco mais ousado, aliás eu sabia que isso poderia acontecer, nós saímos justamente para nos aproximarmos, fiquei me sentindo m*l por um instante. E logo as lembranças dos seus beijos me invadiram, e fui dormir com a imagem do seu rosto em minha mente. No dia seguinte era dia de trabalhar, fiquei acanhada só de imaginar ele em minha frente, mas compromisso é compromisso não é. Coloquei uma calça jeans, uma regata, pois era verão e estava horrivelmente quente, me arrumei de uma maneira singela e simples, para que não chamasse atenção. Cheguei na loja, e como de costume ainda estava fechada, sentei na calçada para aguardar, logo a mãe dele apareceu no portão ao lado e me chamou para tomar café da manhã, recusei gentilmente, mas ela insistiu tanto para que eu entrasse que acabei cedendo ao seu pedido, fiquei ligeiramente preocupada por ela talvez saber o que aconteceu ontem entre mim e seu filho. Ela me levou direto para cozinha, a mesa estava posta para o café da manhã, não demorou muito Mário apareceu, ficou entusiasmado com a minha presença. - Você por aqui? Que bela surpresa logo pela manhã, bom dia!!! A mãe dele olhou para mim e deu um sorriso de alguém que gostou do entusiasmo de seu filho comigo. - Bom dia Mário, dormiu bem? - Dormi sim, mas estou bem melhor agora. Fiquei super sem graça, mas confesso que gostei de sua resposta. Ele sentou ao meu lado, e iniciou uma conversa sobre músicas antigas, e não parava mais de falar. Eu prestava atenção em cada palavra que ele dizia, e não teve como evitar olhar para seus lábios, eram lindos lábios carnudos que realmente chamava atenção, os lábios de Mariano não era parecido com os de Mário, e sem querer comecei a imaginar como seria o beijo de Mário. Como assim? Comecei a desejar Mário, sendo que na noite passada estava beijando seu irmão. Logo tirei aqueles pensamentos absurdos de minha mente. Dona Lúcia iniciou uma conversa interrompendo Mário. - Não é por nada não, mas vocês formam um casal lindo. Disse dando sorrisinhos sapecas. No mesmo momento Mariano apareceu atrás dela, e fiquei super acanhada com aquela situação, ele fez uma cara horrível e disse. - Ninguém merece umas conversas dessas logo de manhã né mãe! Ela respondeu, ainda com sorriso sapeca : - Só disse a verdade ué! Mário logo em seguida diz bem debochado: - Parece que ele não gostou da ideia. Mariano levou uma xícara de café até a boca, suspirou, e preferiu ficar calado. Me colocaram em uma sinuca de bico literalmente. Aquela manhã parecia que o tempo tinha parado, as horas não passavam de jeito nenhum. Mariano, veio até mim e me abraçou encarando Mário. - Bom dia Lia. Respondi amorosamente como fazia com todos. Mário rapidamente saiu, dizendo que já estava atrasado para o trabalho. Ficou só nós três. A mãe dele nem reparou o climão que o comentário dela causou. Fiquei aliviada, pois tive a certeza que ela não sabia de nada do que estava acontecendo entre mim e seu filho. Demorou muito mais até que enfim, deu o horário de abrir a loja, a mãe dele ficou na cozinha, e nós dois fomos para a loja por um corredor que dava direto na porta dos fundos. Abrimos a loja, fui fazer meus afazeres, e ele ficou parado na porta como de costume fumando seu cigarro, olhando para baixo, como se estive insatisfeito com algo, não me atrevi dizer nenhuma palavra. A mãe dele, também como de costume colocou suas cadeiras de fio lá na calçada e se sentou para observar as pessoas que passavam, e para evitar ele, sentei com ela lá fora. A mãe dele não parava de falar de Mário, o quanto ele era conservador, inteligente, bonito, e que nunca tinha namorado, e o quanto ele falava de mim pra ela, naquele momento caiu a minha ficha, claro, ela queria que eu me interessasse por ele, lógico! Como não havia notado isso antes!!! Sou muito boba mesmo. E pelo jeito que Mariano se portou mais cedo, com certeza ele sabe desse detalhe. Agora entendi tudo!!! Ela me chamou para visitar a igreja que ela frequentava, foi um convite que não deu para recusar, uma coisa tão boa, realmente estava precisando me aproximar de Deus, talvez essa fosse a oportunidade perfeita. Mariano que estava ouvindo toda a conversa, demonstrou descaradamente que não estava gostando nada daquilo. - Acho melhor você não ir Lia, tem muitos rapazes lá, e…. Ele não se atreveu a terminar a frase, mas a mãe dele logo entendeu. - Aí aí aí, essa não!!! Você está com ciúmes dela? É isso? - Claro que não, é só que eu acho… E novamente não terminou de falar. - Ah Mariano, ela quer ir então ela vai, não é Lia? Respondi com gaguejando : - S-i-m, sim… Cla-ro! - Não se preocupe meu filho, ela só vai para me fazer companhia. A mãe dele agia, como se eu pudesse escolher qualquer um deles! Ela era a mãe então com certeza sabia do interesse dos dois por mim. Só eu que ficava meio boiando com a situação, claro que Mariano tinha deixado bem claro a sua paixão por mim na outra noite, mas Mário? Ele apenas era gentil. Já eram seis horas da tarde, hora de fechar a loja pra ir para casa, peguei minha bolsa e me despedi. Mariano : - Fica para o jantar, vamos adorar!!! Inventei umas desculpas dizendo que não tinha falado para minha avó, ela ficaria preocupada se eu não voltasse para casa como de costume. Ele andou em direção ao telefone : - Qual o número da casa dela? ligamos e aviso que ficará aqui até mais tarde. Então ele ligou para minha vó, e com um tom carinhoso disse a ela : - Dona Nita, chamamos sua neta para ficar e jantar conosco, e estou ligando para pedir sua permissão. E pelo sorrisinho satisfeito que se formou no rosto dele, minha vó deu uma resposta positiva, desligou o telefone e me disse todo contente : - Ela permitiu que ficasse!!! Estava tudo tranquilo até o pai dele chegar, estávamos na varanda quando ouvimos a mãe dele e o pai discutindo, logo ouvimos a voz de Mário no meio da briga, e Mariano foi até a sala onde estavam, fiquei na varanda um pouco assustada com o que poderia acontecer, não consegui entender muito bem o porquê daquela discussão, mas durou alguns longos minutos. Mário e Mariano voltam para varanda bem bravos, e a mãe dele chega logo em seguida, não perguntei nada pois era assunto de família, qual família que não tem seus problemas não é mesmo, mas dona Lúcia começou a me explicar a situação, que seu marido era viciado em jogo, que ela pensava até que ele o traia, e que dava muito trabalho para todos com seu jeito impulsivo. Eu apenas balançava a cabeça concordando com tudo que ela falava só para lhe mostrar que estava dando atenção ao assunto, quando na verdade observava a fase de Mariano que apresentava grande desgosto com seu pai. Mário estava com olhar triste, ali percebi que realmente todas as famílias tem seus defeitos e isso é normal. Eu não sabia o que fazer para que eles ficassem melhor e esquecesse aquele episódio lamentável. Mas não demorou muito Mariano mudou de assunto, e começamos a nos distrair, Mário se sentou bem ao meu lado, notei seu irmão tentando disfarçar o ciúmes e olhei para ele com uma cara de quem diz : - Fica tranquilo, não tem nada a ver! E ele captou a mensagem que mandei mentalmente. Jantamos, e conversamos muito, já era tarde. - Mariano já são onze da noite, preciso ir. - Ainda tá cedo, fica mais um pouco, depois te levo para não ficar andando sozinha essas horas! O pouco que conheci de Mariano percebi que ele era como sua mãe, deixava agente sem argumento algum, e eu sempre acabava cedendo aos seus pedidos. Mário percebendo que eu ficaria mais, deu uns pulinhos de alegria que me fizeram soltar uma grande gargalhada, no fim todos riram, ele teve a grande ideia de nos chamar para assistir algum filme, sua mãe já muito cansada, desejou boa noite e já foi para o quarto me deixando sozinha com aqueles dois! Não vou mentir, eu estava gostando de tudo aquilo. -Não podemos ficar na sala, o pai está lá. Falou Mário cruzando os braços, demostrando insatisfação. -Uai! Vamos para o quarto então! Mariano disse em seguida com postura de quem solucionou o problema. O quarto deles era simples, parecia de adolescente, duas camas, uma TV, vídeo game, e alguns posters colados nas paredes. Quando entramos no quarto, cada um foi para sua cama e eu fiquei parada na porta, pensando onde eu iria sentar, pois os dois estavam deitados. Mário foi rápido em me chamar para deitar com ele. - Lia, fica aqui comigo! Mariano olhou para mim com os olhos arregalados, mas não falou uma palavra, então perante aquela postura aceitei me deitar perto de seu irmão, e ele olhou para Mário com olhar de quem foi passado para trás, acho que Mariano pensou que nem precisava falar nada que eu já ia me deitar com ele, mas ele estava errado, nós dois saímos somente uma vez, não tínhamos nada sério. As duas camas eram de solteiro, então fiquei muito próxima de Mário, até de mais pelo que notei, mas ele não me tocou. Colocaram o filme, e no decorrer da história que estava passando, Mário sussurrava em meu ouvido me dando spoilers, pois sou do tipo que tudo que acontece no filme eu fico perguntando. Mariano não estava nada contente com aquela situação, dava para ver suas reviradas de olhos toda vez que Mario falava em meu ouvido. Me arrepiava a cada sussurro dele, e passou algumas horas, ele dormiu e envolveu seus braços em meu corpo, ficando de conchinha, Mariano quando viu aquela situação, levantou-se da cama depressa, e foi para fora e pelo cheiro que vinha de lá, ele com certeza estava fumando, da maneira que ele saiu do quarto deu para entender o quanto estava bravo. Enquanto ele não estava no quarto seu irmão acordou : - Que gostoso, ter você assim tão perto, você tem uma pele tão macia! Enquanto comentava, alisava seus dedos em meu rosto, depois em meus braços, e me agarrou bem forte contra seu corpo, estava rolando um climão entre agente, ele começou a dar leves beijos em meu pescoço, nossa aquilo acabou comigo, fiquei mole na hora! Mariano voltou para o quarto, e foi direto me pegando no colo e me jogou na cama dele. Agora você vai ficar aqui comigo!!! Ele não conseguia disfarçar o ciúmes que estava sentindo. Mário sacou na hora, com a atitude do seu irmão que ele estava muito afim de mim. Levei tudo na brincadeira, mas com certeza eles não estavam brincando, talvez naquele momento começou a disputa de quem iria me conquistar primeiro. Como eu estava muito cansada, pedi pra Mariano me levar para casa, ele logo me respondeu como se fosse um menino mimado, batendo os pés no chão, como se fizesse birra. - Ah não, assim não é justo, você ficou maior tempo com Mário, e agora que quero passar tempo contigo , quer ir embora, não vou te levar, vai dormir comigo hoje! Arregalei meus olhos, e disse : -Não posso ficar Mariano, o que sua mãe vai pensar de ver nós dois dormindo juntos, e depois tem minha avó, você disse a ela que era só um jantar. -Amanhã é domingo, fica aqui, se quiser aviso sua avó de novo, eles dormem tarde não é, devem estar acordados ainda te esperando, vou lá ligar. Dito isso saiu apressado direto para o telefone e ligou, vi que ele estava demorando um pouco, então fui atrás, e fiquei a espreita no corredor escutando toda a conversa, parece que minha avó estava relutante em aceitar que eu ficasse e ele tentando fazê-la mudar de ideia, depois de alguns minutos desliga o telefone, eu saio de macinho e volto para o quarto primeiro que ele, para que não perceba que eu estava escutando a conversa. - Convenci ela a deixar você aqui, disse que iria cuidar muito bem de você! E dava aquele sorrisinho de canto. - Mas nem tenho roupas para dormir, não tomei banho, acho que é melhor eu ir pra casa. Ele abriu seu guarda roupas, e vasculhou um pouco lá dentro, e pegou uma camisa. - Veste isso aqui, é minha! Vasculhou mais um pouco seu guarda roupas. - Aqui a toalha, pode tomar um banho. Eu estava muito sem jeito, pois o que me preocupava era que eu não tinha roupas íntimas limpas para usar , mas como eu iria falar isso para ele sem parecer uma oferecida? Pensei por alguns segundosq e não teve jeito mandei a real. - É que… -O que? Já tem a roupa, a toalha é só ir pro banho agora!!! -Estou sem roupas íntimas Mariano, falei com muita vergonha tampando o rosto com uma das mãos. -Não tem problema, fica sem, eu prometo que não vai acontecer nada, te respeito muito. Coloquei a roupa e a toalha na cama. -É melhor não. Estava vermelha, de tanta vergonha. -Espera aqui um pouquinho já volto. Passou alguns minutos ele volta com um pijama nas mãos, um shortinho solto super curto e uma blusinha bem fresquinha. - Pronto!!! Lembrei que tinha esse conjuntinho ali na minha loja, e agora não tem desculpas. Realmente fiquei sem desculpas, apenas sorri, peguei as roupas e a toalha e fui para o banheiro e ele foi me acompanhado, quando entrei no banheiro ele parou na porta e ficou me olhando. - Que foi? Falei com aquele sorrisinho sem graça. -Vim te mostrar onde fica tudo, ali está o sabonete, aqui está a bucha de banho, está tudo aí certinho para você usar se precisar de algo só me chamar. Ele saiu, fechei a porta, logo em seguida, e tomei o melhor banho de toda minha vida, o banheiro era enorme, todo em porcelanato branco, tinha vários produtos a minha disposição, por estar muito cansada aproveitei bem aquele banho maravilhoso. Sai do banho de cabelos molhados, e senti novamente o cheiro de cigarro e caminhei até a varanda, ele estava lá pensativo e fumando sentado no degrau da escada que levava até o quintal, cheguei de macinho e me sentei ao seu lado, o céu estava estrelado, lindo mesmo, fiquei encantada olhando aquela maravilha da natureza que nem falei com ele,… Ele me olhou, e colocou sua mão sobre a minha. -Parece que estou sonhado, não é possível que encontrei você! Estava aqui pensando nunca aconteceu nada de bom em minha vida até hoje, e me veio um medo imenso de te perder. Fiquei sem palavras, pois ele falava como se tivéssemos em algum relacionamento sério, quando na verdade saímos apenas uma vez. Mas estava muito claro o quanto me conhecer significou para ele, e aquilo me emocionou, nunca tive uma sensação tão agradável quanto aquela.
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