— Eu já disse pra você levantar dessa p***a, Pedro — Dl joga a arma e o radinho em cima de mim.
— Tu tá chatão — estalo a língua e sento no sofá — Por que eu tô na tua casa? — pergunto assim que percebo não estar em casa.
— Tu encheu a cara ontem, veio aqui pra casa falando pra c*****o na minha mente, vomitou meu banheiro e apagou no meu sofá.
— Eu tomei um banho pelo menos? — faço careta e ele n**a — Tinha que ter me dado um balde de água fria, p***a — levanto do sofá.
— Vai tomar teu banho e veste a roupa que deixei em cima da tampa do vaso pra tu.
— Minha p*****a cuida de mim — agarro seu rosto e beijo sua bochecha.
— Vai tomar no cu, Pedro. Vai caçar o teu, tô indo pra boca — sai da casa.
Vou pro banheiro, tomo um banho quentinho pro dia estressante que vou ter, enrolo a toalha na cintura, me seco, visto uma bermuda jeans e uma camisa da oakley. Seco meu cabelo e procuro algum creme ou gel, e o filha da p**a continua sem comprar. Já falei pra ele cuidar daquilo que ele chama de cabelo, mas o viado não me escuta. Ele não quer ficar bonito igual ao paizão aqui.
Estendo a toalha, vou até o quarto do Dl, pego o perfume e espirro na roupa e pescoço, calço meu chinelo, tranco a casa e fecho o portão. Procuro pela minha moto e nada. Não bastou eu ficar bêbado, ainda não trouxe a moto junto. Bêbado é bicho burro. Canelei até em casa, tirei a moto do quintal e ralei pra casinha. Fiz um toque com os moleques, tomei café com eles e fui pra minha salinha.
— A chave, viado — entra na sala e jogo as chaves na mesa — Você usou meu perfume, Pedro Mercias?
Seguro o riso — Não — n**o — Teu perfume tem cheiro de gambá, vou querer pra que? — mentira, o cheiro é bonzão.
— Vou fingir que acredito. Tá achando que gastei 800 reais num vidro daquele atoa — dou de ombros — Vou buscar quentinha, vai querer?
— Pergunta óbvia, né, Dl — dou o dinheiro pra ele.
— Pode tirar a coca daqui e pros moleques?
— Tira ue — dou de ombros e ele concorda — Traz um sacolé também.
— Tá gostando disso agora?
— Tô, po. Tô chupando a do teu pai, aquele sacole murcho — faço com a mão um sinal de boquete e ele me taca uma caneta.
— Viadinho mesmo.
— Vai buscar minha comida, piranhaa — brinco com ele e bato em sua b***a. Ele me dá dedo e sai dali. Tô cheio de fome, namoral mesmo.