Prólogo
Prólogo
Nascida em uma família com grandes segredos, Ana Clara Smith não se encontrava na rotina familiar dos seus pais. Tendo que amadurecer mais rápido que a maioria, Ana encontrou uma grande amiga chamada Júlia Bailey, a futura Senhora Santorini.
As duas praticamente cresceram juntas e agora são donas de várias empresas rentáveis e de grande sucesso no país. Com uma fama grandiosa e colhendo os frutos de todo o seu trabalho, Ana Clara ao ter seus quase trinta anos se viu mais sozinha, pois a sua companheira estava casada e depois de muitos altos e baixos, estava finalmente feliz.
Ana sempre achou que faltava algo em sua vida, agora esse vazio era mais nítido e mais dolorido de ser sentido. Ela era filha única e seus pais ainda mantinham a suas vidas a parte da existência dela, era como se ela fosse órfã sem ser.
Ela começou a se perguntar o que estava faltando em sua vida para se sentir totalmente feliz e completa. Poderia ser o amor, um sentimento que lhe foi negado algumas vezes em sua vida.
Talvez continuasse com o seu sonho bobo de encontrar o seu príncipe encantado, ou somente parar de procurar em qualquer homem sexo vazio e sem sentimentos.
Enquanto ela não encontrava esse tal amor que todos falavam, ela se divertia com homens em uma única noite.
Uma noite onde ela tinha direito a retirar o estresse, fazer o que queria e no final da noite pegar as suas coisas e ir embora para a sua casa.
O que Ana nunca falou nem para a sua melhor amiga, era que ela já sentindo uma atração forte com dois frutos proibidos.
Um par de seres grosseiros, arrogantes e muito, mas muito gostosos!
Em uma dessas noites, Ana fez uma loucura que estava esquecida lá no fundo da sua memória, algo que não pesou até na manhã seguinte, quando acordou e estava encrencada até o pescoço.
Ela teve uma experiência com os irmãos da sua melhor amiga, os mesmos que ela odiava com toda a sua força, mas a deixava desejosa e muito quente por dentro.
Joseph e Jonathan têm um passado sombrio que escondia a sete chaves, mas se deixavam levar pelos desejos do momento. Tiveram uma noite quente com Ana, algo que eles nunca mais tinham feito, não depois de um trágico acontecimento.
A dupla que era super unida e muito ligada pela irmandade, ficaram desesperados pelo que ambos sentiriam por aquela peste que lhes tirava do sério em todas as oportunidades. Joseph e Jonathan ficaram ligados de uma forma que iriam mudar a vida dos três, eles não iriam conseguir ficar mais longe de Ana Clara.
Ana Clara Smith
Dez anos atrás...
Estava dormindo na casa da minha amiga Júlia, uma rotina que tinha se instaurado em minha vida.
Era mais uma noite em que eu fugi da minha própria casa para ficar em um lugar onde eu pudesse ser eu mesma. Não precisava temer perguntar algo que eu não podia, eu até mesmo sucumbir a curiosidade e perder a minha família de vez.
Queria dizer que meus pais eram pessoas horríveis e insensíveis, que eles não ligavam para mim e que me controlavam em tudo.
A questão que não era verdade, meus pais eram bons, eles não eram nada assustadores ou me colocavam em uma bolha de vidro como a minha melhor amiga. Meus pais tinham os problemas deles, mas nada respinga em mim, aliás, eu acho que não conhecia os meus pais de verdade. Não sabia quem eram além de serem meus genitores.
Os Ava e Aurélio Smith eram somente diferentes, eles tinham uma vida aparte do que a sociedade ditava. Segredos que poucos ou ninguém conhecia, eu particularmente não sabia o que era.
Uma que eu não era inclusa, não porque eles não me queriam perto, longe disso, eles tinham à sua maneira de viver o casamento deles.
Como pais, eles cumpriam seus papéis, mas como casal, eles viviam algo que não era compartilhado comigo. Eu tinha quinze anos, que tipo de pai vai falar da sua vida conjugal com a sua própria filha?
Eles tinham duas mansões em um terreno grande. A casa principal era da família, lá fazíamos as coisas que toda família sempre faz. As refeições, dormir e conversar. Nesse momento eu sabia que éramos uma família normal e sim, da alta sociedade como todos acreditavam.
A questão era quando meus pais sempre saiam da casa principal e ficavam na outra casa, lá eles passavam muito tempo. Era quase que eles fossem visitantes na casa principal e na outra casa eles fossem pertencentes, donos e felizes.
Tinham noites que carros e mais carros entravam na mansão, mas eu nunca fui até lá, ficava trancada no meu quarto.
Eu nunca tive permissão de ir até lá, meus pais até me ameaçavam me deserdar se eu chegasse na única porta trancada a sete chaves.
Era um lugar coberto por árvores e plantas escuras, era um lugar sombrio e que me dava medo por causa de todo o seu mistério.
Parecia um lugar guardado a sete chaves, ninguém poderia ir lá sem a autorização prévia do meus pais, era quase como um sacrilégio somente mencionar a existência daquela casa.
O mais louco é que os empregados nunca me falaram realmente o que tinha naquele lugar, não foi por falta de perguntar, era porque meus pais tinham normais severas contra isso.
Quando eu era pequena, eu não percebia, mas ultimamente eu venho observado que a minha mãe aparece mais fraca e até com alguns marcas em seu corpo.
Como fiquei preocupada, porque todas as vezes que ela estava assim, ela tinha passado a noite naquela maldita casa.
Eu a questionei uma única vez, foi o bastante para apanhar pela primeira vez na vida. Minha mãe nunca tinha levantado a mão para mim, ela era carinhosa a sua forma. No entanto, uma simples pergunta a deixou chocada e horrorizada. Minha mãe bateu no meu rosto por reflexo, foi um tapa que acabou com o pouco amor que eu tinha pelos meus pais. Um ato que vi que em seus olhos o arrependimento, mas não consegui perdoar.
Já tinha tão pouco deles e agora isso?
Eles eram bons, mas não agiam como pais amorosos para que eu pudesse morrer de amores por eles. Ainda tinha todo o segredo que ficava trancado naquela casa, eu acabava frustrada e chateada com tudo. Afinal eu era a sua filha e estava preocupada.
Eu somente perguntei para ela por que estava machucada, eu tinha visto que o seu pescoço estava marcado como se tivesse sido enforcado.
Minha mãe não gostou e deixou bem claro a sua resposta, parecia que eu tinha tocado em algo que não era para ser visto.
Depois do ocorrido eu nunca mais perguntei nada, a mágoa era maior que a curiosidade. Eu ficava mais em meu quarto ou na casa da minha amiga Júlia desde então, não custava ser uma pessoa apagada ao ponto de me colocar em risco quando claramente a outra parte não quer nada de mim.
Meus pais no começo tentaram se aproximar, mas eu sentia que não fazia parte daquela família. Era como se eles se esforçassem para serem meus pais, mas o que eles gostavam de verdade estava naquelas paredes escuras do outro lado da minha janela.
Eu não gostava mais de ficar em casa, fora que sempre ficava sozinha a noite, a mansão ficava enorme com a minha tristeza e falta de vida.
Corria para onde achava que poderia ser feliz, a casa da minha amiga tinha gente, uma família que me acolhia. Laura, a mãe da Júlia era mais minha mãe do que a minha genitora. Júlia era como uma irmã. Seu Joel quase não via, mas me tratava bem e com carinho quando estava lá.
Me sentia melhor na casa dos outros do que na minha própria casa.
Eu sempre me perguntei o que tinha naquela droga de lugar que me tirava a dever e o prazer de ter os meus pais por perto?
Não entendia, não perguntava e cada dia me afastava mais da minha família de sangue por causa daqueles segredos que eles escondiam de mim.
Tinham momentos que eu acreditava fielmente que eles participaram de uma seita. Parece louco, mas eu cheguei a essa conclusão louca.
Por isso estou aqui, na casa da minha amiga às quatro da manhã procurando a cozinha.
Estava sonhando com o Rick Martim, mas a vontade de ir ao banheiro e depois ir beber água me tiraram de um sonho bom com o meu ídolo.
Cada passo que eu dava ecoava pela casa, a família Bailey tinha uma casa muito grande. As duas casas da minha família não eram nem de longe o tamanho daquele lugar.
Eles eram muito ricos, mas no quarto da minha amiga não tinha um gole de água para que eu pudesse matar a minha sede. Por isso estava tentando chegar até a cozinha, não conseguiria dormir com sede.
Quando estava chegando ao meu destino, percebi a luz fraca da geladeira aberta e vozes no cômodo, era estranho, todos na teoria deveriam estar dormindo naquela hora.
No momento que meus pés param na porta da grande cozinha da casa, meus olhos até perdem o foco com a cena que eu vejo. Quando eu pensava que iria cair para trás, braços fortes me seguraram.
Eu sabia que os irmãos da minha amiga eram loucos, nunca nos demos bem e não foi por falta de alternativa.
Era uma verdadeira guerra entre nós três. Sendo uma incansável luta de trocas de farpas, apelidos nada bonitos e até uns tapas da minha parte.
Jonathan e Joseph eram dois doidos que me tiravam do sério!
Eles eram implicantes, lindos e cheios de tatuagens para o desespero da tia Laura. Dois idiotas que me tiravam do sério, tinham prazer em me infernizar.
- O que faz aqui garota? – Ouço ao longe Jonathan perto demais do meu ouvido.
Os dois não estavam sozinhos na cozinha da família deles, eles estavam com a nova empregada da família.
Uma mulher que aparentava ter seus vinte anos, bonita, ela tinha me ajudado mais cedo com um copo que eu quebrei.
Antes de Jonathan estar ao meu lado, ele estava no meio das pernas dela e Joseph estava com seu m****o na boca da mulher.
Eu estava chocada!
Sabia sobre sexo pelas aulas na educação s****l na escola, nunca tinha visto isso assim, tão cru e diferente.
Não era tão boba, tinha uma ilusão sobre sexo, casamento e me entregar ao meu grande amor.
No entanto, tinha acabado de ver algo que não sei como reagir, como expressar ou deixar de ver de alguma forma.
- Eu... eu vim... eu... – Desprendo de Jonathan e saiu correndo para o quarto da minha amiga, minha cara ardia de curiosidade e vergonha.
O que era aquilo que os dois faziam com aquela mulher?
Com o coração na mão, me sentindo estranha e sem saber como aqueles dois podiam fazer aquilo com a moça.
Eu realmente não sabia o que pensar.
Obrigada pelos comentários e bilhetes lunares 🥰