AURORA
Anne, tenta me ajudar, e reconfortar, mas agora, não quero mais entender nada:
- Você esta confusa, e magoada, vai passar.
- Cansei de escutar isso," vai passar", agora, enquanto eu espero, vou beber, e fazer o que eu tiver vontade.
Sinto uma imensa vontade de chorar, mas, a partir de hoje, essa Aurora morreu, então levanto o meu rosto, pego a garrafa e viro uma golada no bico e a olho sorrindo:
Volto ao casino, bem embriagada, e vou para o trabalho assim, por incrível que pareça, tenho uma noite perfeita, divirto-me muito, e no final da noite, volto ao quarto bem bêbada, no colo de muralha, que me deixa no quarto, com Anne.
TONY:
De volta a minha província, já tomamos a providência, de marcarmos a reunião, não consigo esquecer os meus dias com Aurora, e depois, ela esperando-me, em baixo de chuva, preciso acabar logo com isso, e voltar correndo para ela.
Mateo, deixa tudo pronto para as próximas semanas, em seguida some, atrás de Stela, espero que pelo menos um dos irmãos Ricci, seja feliz no amor, porque eu estou a um fio de desistir.
Deito no nosso quarto, na mansão do covil, tentando relaxar, Luigi não perde tempo, e envia-me uma foto de Aurora, ela está dormindo, tira totalmente a minha paz, desço e procuro bebida, Mateo… mesmo sem tempo, tirou todas as bebidas de casa e os meus charutos também, resolvo dar uma volta de carro, e dar um pulo na ‘Boate’.
Não sou barrado, e entro na minha cabine, tento esquecer que estão perto de Aurora, bebo muito, sinto a fraqueza novamente e a minha febre, mas vou ficar firme, preciso arrumar a minha vida com Aurora, preciso dela, mas não vou aguentar nada disso sóbrio
Decorrem-se alguns dias, e Mateo, vem até mim, bem insatisfeito, por eu ficar, por aqui, no ‘flat’ da ‘boate’, o recebo falando:
- Sem discurso, eu não usei nada, mas, não posso ficar sem beber, não dá, enlouqueceria.
Ele suspira e por incrível que pareça, me entende, o vejo com o olhar, confuso, não sei explicar, tristeza e alegria, com preocupação, ele fala:
- Ta certo, não vou falar nada, só se recomponha, precisamos nos alinhar com o advogado, logo temos a reunião do seu julgamento, e tem os negócios também.
- Que foi Mateo? Problemas no paraíso?
Ele ficou esses últimos dias, longe, enroscado com Stela, ele logo fala:
- Sim e são grandes, eu sei bem o que você sentiu esses meses, mas resolvemos isso depois, primeiro você, tá bom?
- Tem certeza? Não é urgente?
- Tenho Tony, confia em mim, assim que tiver as informações que preciso, conto-te tudo.
Arrumo-me, e o advogado chega, trabalhamos e juntamos todas as provas que temos, tenho certeza que ganharei.
AURORA:
Acordo no outro dia, eu e ela na mesma cama, com a minha ressaca explodindo, hoje tenho a minha primeira aula de defesa pessoal, e não vou perder, mesmo com Anne, tentando-me controlar, pedindo que eu descanse.
Chego na academia e sou apresentada a meu professor, ele é totalmente diferente de todos os homens que conheço, bem alto e muito forte, com muitas tatuagens, Loiro, com olhos verdes, e um sorriso lindo, de fazer qualquer mulher babar, ele aproxima-se sorrindo, pega na minha mão, e beija se apresentando:
- Então você é minha nova aluna, prazer sou Axel.
- Muito prazer, sou…
- Aurora, certo?
- sim
- voce é belissima.
- Obrigada!
Falo, sorrindo com vergonha, ele olha no fundo dos meus olhos para conversar, me deixando totalmente sem graça.
Mostra para onde ir, e entramos numa sala, com um peso suspenso, no meio, me ajuda a colocar umas luvas, leva-me até o saco de bater, explica-me como bater, fazemos um teste, eu gosto, então, se posiciona atrás de mim, segurando na minha cintura, e fala no meu ouvido, me fazendo arrepiar:
- Olha vamos começar assim, você vai-me contar, cada situação que passou, o que te trouxe até essa aula, e cada vez que falar você vai dar um soco no saco, preciso-te conhecer e liberar a sua raiva, entendeu?
Eu balanço a cabeça que sim, ele continua a explicar:
- Vou-te deixar desconfortável, mas, nada que falte com respeito, você precisa aprender a reagir, certo?
- Sim.
- Se sentir que esta muito r**m, avisa-me, paramos, ok?
- ok!
Na verdade, já estava desconfortável, mas tudo que ele falou é verdade, preciso aprender a reagir, ele aperta a minha cintura, não gosto, mas sinto os meus hôrmonios se agitarem, era virgem, só tive Tony, e agora sinto desejos, o meu corpo pede ele, sinto um misto de repulsa e t***o, ter transado com Tony, reacendeu-me, ele é maravilhoso cama, deixou-me viciada.
Ele percebe e sorri, fala:
- Relaxa, no começo é assim, vou continuar aqui, e a apertar a sua cintura, preciso ver esse desconforto sumir, você tem que ser forte, a um simples toque desse.
E, na verdade, tudo que ele faz, ajuda-me, vou falando, e socando e o desconforto, vai diminuindo, ele vai parando e se afasta, depois me ensina, a me soltar, e livrar-me de alguém armado, ao final da aula, estou suada, e cansada, sentamos um pouco e ele fala:
- Você sofreu um pouco, com tantas tentativas de sequestro e abusos, você deve ser importante, ou ter algo com alguém importante.
- Sim, fui, mas prefiro não falar essa parte.
Ele entende, e nos despedimos, quando estou no caminho, vejo uma moto parar bruscamente ao meu lado, assusto-me, ele tira o capacete e fala.
- Calma, sei que ainda tem os seus medos, mas sou só eu, Axel, quer uma carona?
- Perdão, obrigada, mas prefiro ir caminhando.
- Qual é, sou do bem, vem, sobe.
Penso uns instantes, e aceito, subo na moto, e agarro na cintura dele, é uma moto bem potente e grande, ele fala antes de sair:
- Posso mostrar-te um lugar antes:
Balanço a cabeça que sim, e subimos umas ruas, bem altas mesmo, e chegamos num topo de montanha, a vista da cidade é surreal, de linda, ele escora-se na moto, pega um bornel pequeno, com bebida, dá um gole, e oferece-me.
Eu olho sorrindo, mordo os lábios, e aceito, é algo bem forte, diferente do que já bebi, parece vodka, até que, estou-me acostumando, a beber, ele sorri, sentamos na beira, em cima, de uma pedra, e olhamos a vista quietos um pouco, dividindo a bebida:
- Preciso ir, devem estar preocupados comigo, como te contei, dei bastante sustos em todos.
- Vamos, quis-te mostrar esse lugar, pois aqui já recarreguei muito as minhas energias, tenho os meus traumas também.
- Serio, me conta?
- Quem sabe um dia.
Ele, se levanta, me dá a mão, e leva-me embora, chego, e Anne e Dante, já estão loucos me esperando, veem que bebi e dão-me um sermão, corro deitar e não dou atenção, estou bem rebelde, e confesso que estou-me sentindo maravilhosa.
A vida coloca-me em confusões o tempo inteiro, então agora, vou viver do jeito que eu sentir vontade, claro, não vou ser ingrata com ninguém, acordo no outro dia com Anne, parada na frente da minha cama, com os braços cruzados.
- Oi? Anne, tudo bem?
- Tudo Aurora, e você, diz-me?
- Ta, sim, tudo ótimo.
Levanto-me, e vou para o banheiro, percebi a ironia dela na hora, ela segue-me falando:
- Aurora, você não pode sair sem avisar, pode ser perigoso, você esqueceu de tudo…
Ja corto ela falando:
- Não esqueci de nada, inclusive, que fui abandonada.
Ela baixa a guarda, vem e abraça-me, eu retribuo, adoro ela, e sei que só estão cuidando de mim.
- Só não faz nada sem nos avisar, você é livre, só estamos cuidando de você.
- Ta bom Anne, pode deixar da próxima vez aviso.
- E… você pode-me falar, onde estava?
- Posso… mas não vou…