AURORA:
Sai correndo de Tony como uma criança, passo por todos, sem ser notada, desço a ladeira da entrada da mansão, passo pelos portões e continuo correndo pela rua, quando chego no começo da estradinha que vai para a propriedade da minha família, paro, respiro e me recomponho, termino o meu caminho andando calmamente.
Aquela situação, eu e Tony, na biblioteca, não sai da minha cabeça, ele é muito lindo de perto, cheiroso, estava um leve hálito de charuto e whisky, mas, gostei,
Olhos encantadores, mãos firmes, tremi quando ele segurou o meu pescoço, e colou o seu corpo no meu, quase me rendo!
O outro dia m*l amanhece, estou ajudando a minha mãe e avó, nos afazeres, Joe chega com a sua moto, paro de frente a ele, fecho a cara e cruzo os braços.
- Bom dia Linda! Me perdoa, te abandonei! Mas, ja estou aqui, para me redimir, e contar uma fofoca.
Ele me diz com um sorriso amarelo
- hum.... So vou perdoar, porque quero saber das fofocas.
Rapidamente, ele começa me contar sobre a conversa com Tony, que ele me procurou, perguntou tudo sobre mim, do quanto ele ficou interessado, tento disfarçar, mostrar naturalidade, mas fico levemente desconcertada.
- Mas..... como você conheceu ele? E depois fugiu dele? Me conta tudo!
- Foi por acaso, trombamos, eu ja estava de saída, não quis fazer amizade, vim embora e não te chamei, para não atrapalhar a sua festa.
- Aram… tá bom, que com essa cara, toda vermelha, você não ficou interessada!
- Joe, ele é o filho do Don, líder da máfia! Não da para pensar em nada com ele, e eu ser amante de homem, jamais!, nem por poder, nem por dinheiro, ele é lindo, educado, encantador, e.....
- e..... mexeu com você, impossível não ver, você nunca ficou assim por ninguém, e olha que ja vi homens babando por você, e nunca te deixaram assim, toda vermelha e desconcertada. Ele fala e sorri alto
- Meu Deus Joe! Chega!
Ele me olha serio, e caimos na risada.
O final de semana passa rápido demais, uma nova semana se inicia, só mais duas semanas de férias, e fim de primeiro ano de faculdade, estou muito animada, chego na facu, com a minha bicicleta como sempre, tenho um teste na biblioteca, para um estágio e trabalho, com início imediato, me arrumei um pouco, um vestido, menos florido, um pouco mais justo, uma maquiagem discreta, sou péssima nisso, não sou muito vaidosa.
Ja chegando percebo, que sim, devo estar muito chamativa, todos me olham, vejo Tony, nos bancos que ficam no centro da universidade, rodeado de amigos e seguranças, quando os nossos olhos se encontram, ele levanta, num pulo, deixando o cigarro que fuma, cair, congelo, vendo ele me olhar fixamente, ja estou em frente a biblioteca, ele vem na minha direção, eu rapidamente entro, e dou de cara com o Professor, Sr. Marco.
Ele é o supervisor do estágio da biblioteca, tem mestrado, é muito inteligente e muito bonito também, chama muito a atenção das meninas.
Ele me segura e sorri, me olha dos pés a cabeça, o que me deixa desconfortável, mas de um modo r**m, me afasto dele, olho para a porta e vejo Tony, olhando com olhos cheios de raiva, serio e profundo, ele levanta a cabeça e sai.
- Ei, calma mocinha, aonde vai com tanta pressa!
- Perdão professor, mil desculpas, achei que estava atrasada para a entrevista do estágio.
- Aurora Belmonte?
aceno que sim.
- Não está não, entra, se acalme, vou buscar um café para nos.
Ele fala sorrindo.
Ele puxa uma cadeira, indica para que eu sente, vai até um canto da biblioteca pega os cafés, aqui é enorme, são 4 andares, escadas, elevadores, tem uma área no último andar para estudos individuais, é bem afastada, ele me explica que a maioria dos estagiários fica por la, ou na entrada.
A entrevista corre bem, e pego a vaga, apesar do Sr Marco, tentar me tocar toda a hora, me olhar demais nos olhos, mas, sei que vou conseguir me virar.
Neste momento esqueço de Tony, saio em direção à aula distraída, estou radiante, quando, sinto alguém me puxar, para dentro de uma sala e trancando a porta.
Mal dá tempo de eu gritar, Tony, tampa a minha boca.
- Vou soltar e você não ira gritar, ok? Eu aceno que sim, e ele solta, me olha com os mesmos olhos sérios de antes.
- Tudo bem Aurora Belmonte! Lembra de mim, da festa, e de ter quase me aleijado?
- Tony RICCI! Lembro de só me defender, você estava me atacando!
Falo gaguejando, me afasto rapidamente e vou em direção à porta, tento abrir, olho para ele, que me mostra a chave com um sorriso malicioso.
- Eu jamais iria tomar algo seu a força, exceto se você ja fosse minha. Hoje você esta diferente, bela, e aquele professor? Babando por você, quase entrei la e matei ele, por te tocar! O que ele é seu?
- Meu Deus ! Ele é o supervisor do meu estágio, você não tem que m***r ninguém, e eu preciso ir para aula, posso sair?
- Calma, vamos conversar, você esqueceu que eu mando em tudo aqui, você não vai se prejudicar.
- claro que vou ! Vou perder a aula, a gente conversa outro dia.
- Depois da aula você vai sair comigo! Me fala que gosta de fazer, eu faço o que quiser, só falar!
- o grande poderoso Tony pedindo?
Dou uma risada alta e debochada.
Enfureço ele, que muda o semblante, num golpe, me deita numa mesa, segurando o meu pescoço, ele se encaixa no meio das minhas pernas, me deixando totalmente vulnerável, tento afastá-lo, mas é em vão, ele vira o meu rosto de lado, falando diretamente no meu ouvido, com muita raiva no seu tom de voz.
- Aurora, ja sei tudo sobre você e a sua família, tudo! Não é porque eu não tenho costume de pegar nada a força, que não possa abrir uma excessão por você, e te fazer a minha aqui e agora e depois te descartar, você acha que saio para passear com qualquer uma? Sinta-se lisonjeada.
- Você acha que sou qualquer uma? Não quero me envolver com a máfia, quero estudar e seguir a minha vida, você tem as mulheres que quer, me deixe em paz!
Luto para me soltar, e ele solta o meu pescoço, mas não sai de cima de mim, segura os meus braços na mesa, começa a beijar o meu pescoço e sussurrar,
" Se não me quer, porque o seu corpo responde o meu toque e arrepia toda".