CAPITULO 33

1303 Words
AURORA Uma nova semana se inicia, segui a minha rotina, e na volta da faculdade, fui a praia, la estava ele, Tristan, irritavelmente perfeito, sem roupa de treino, impecável, e com dois sorvetes na mão, me esperando, eu paro, e ameaço voltar para a minha bicicleta, ele vem de encontro a mim, falando: - Aurora, deixa eu me explicar. - explicar o que? Não precisa, eu entendi, você tem alguém, só que esqueceu de me falar, e outra não somos nada um do outro, você não me deve satisfação. Ele entra na minha frente, estamos frente a frente novamente, ele sorri e fala - Calma, ela não é nada minha, ela tenta ser, há um tempo, mas nunca senti nada por ela. - Mas... vamos deixar as coisas assim, como estão, Tristan, eu sou complicada demais para você entender, e tô cansada de conhecer homens comprometidos com mulheres ciumentas. - Deixa eu tentar entender-te e conhecer! Ou vamos começar de novo, só não faz assim. Ele mostra os sorvetes e faz um beicinho, eu não aguento e começo a sorrir, então nos sentamos no meio fio, da calçada com os pés na areia, e conversamos um pouco, ele me conta que aquela era Beatrice, uma ‘socialite’ de Mônaco, amiga da família dele ha anos, ambas famílias são amigas, as famílias, tentam criar um relacionamento entre eles, mas que nunca sentiu atração por ela, desta forma. Já eu, não conto nada do que me aconteceu, só que me apaixonei e me decepcionei, não posso falar da máfia, para qualquer pessoa, na verdade, não posso falar da máfia para ninguém, desta vez trocamos telefone, e agora ele sabe que moro no apartamento de Romeo, eles viajam na segunda. Ele me pergunta, se podemos nos ver amanhã, eu confirmo, ele diz que fará uma surpresa, para eu ir com uma roupa confortável. - Só não fala nada para Romeo, por favor, ele é muito ciumento e controlador. - Eu percebi, mas ele está certo, ele só tá cuidando de você, pode deixar, vou ser discreto. Chego em casa e a curiosidade toma-me e acabo indo ver sobre Beatrice, na ‘internet’, simplesmente a vida perfeita, família rica, festas, roupas caras, amigos ricos, só faltou Tristan, que pelo que vi, realmente não a quer, ele parece ser um rapaz tranquilo realmente, mesmo sendo muito rico também, os pais dele e os de Beatrice, são sócios e CEOs, bem como Romeo diz, outra realidade. Mesmo assim confirmo o nosso passeio amanhã, Romeo viajou, deixou-me mil regras e avisos, mas já tenho os meus planos em mente, vou arrumar um emprego, e seguir a minha vida, Romeo querendo ou não. No outro dia, recebo uma mensagem de Tristan, avisando que está vindo, não demora muito, estou-me arrumando, ele chega, buzinando, com um carro, conversível, sei la de que marca, mas uma coisa que nunca vi, com flores, nada discreto como havia pedido. Troco-me, e vou rapidamente de encontro a ele, preciso fazê-lo parar de buzinar. - Tristan! O que foi tudo isso? Não falei para ser discreto? - Não resisti, e eu sei que Romeo já foi, quis-te impressionar. Ele sai, entrega-me as flores, abre a porta para mim, fazendo uma reverência, me fazendo sorrir, como sempre, entro ele fecha a porta e começamos o nosso primeiro encontro. Olho as flores e me enche o coração de alegria, percebo, que nunca havia ganho flores, lembro de Tony, o nosso romance foi tão conturbado, que não tivemos encontros e presentes, pronto, Tony já está na minha mente, atrapalhando o meu encontro, com um rapaz normal. - Você sabia que é a primeira vez que ganho flores? - Que maravilha! Fiquei muito feliz, então acertei, vamos ver se vai gostar da surpresa, agora. - Estou ansiosa para saber onde esta me levando. O percurso é cheio de vistas magníficas, chegamos numa pequena pista de treinos, particular, já estão nos esperando, fico um pouco confusa, ele desce, com toda a sua animação gritando: - Hoje Aurora Belmonte vai aprender a dirigir… E eu vou ser o seu professor. Começo a rir, e pulo no colo dele de empolgação: - Não acredito Tristan! Eu sempre quis aprender a dirigir. Ele alugou o lugar só para nos, tem uma área verde, toda preparada para um piquenique, roupas para dirigir, e muitas pessoas o obedecendo. Tristan é totalmente oposto de Tony, sempre sorrindo, e fazendo-me sorrir, leve e conquistador, não sei se ser assim é mais perigoso, do que ser como Tony, porem não tem comparação, Tristan é herdeiro de empresa, Tony herdeiro da Máfia, tenho até medo de dizer isso a Tristan, acho melhor seguirmos a vida assim, sem ele saber sobre o meu passado. Colocamos as roupas, ele explica-me tudo e eu dirijo pela primeira vez, foi tão perfeito, ficamos um tempo na pista comigo ao volante, então ele me leva para um percurso, com ele no volante, a princípio, assusto-me demais com a velocidade, depois eu amo, que sensação maravilhosa. Acaba a nossa aula, o nosso dia foi perfeito, então, vamos ao piquenique, o dia está lindo, um sol delicioso, sento, fecho os olhos, inclino-me para trás, para sentir o sol, ele também se deita, bem próximo a mim, se escora no braço, de lado me olhando sorridente. - Hoje foi perfeito, maravilhoso, eu nunca vou esquecer, não sei como agradecer. - Eu sei, como você pode-me agradecer. Ele fala, e eu sento-me, mudando a minha expressão, para curiosidade, e falo: - Como? Ele solta uma gargalhada e fala: - Calma! Como você é intensa, e não é uma crítica, eu adoro o seu jeito. Eu relaxo e coro, então ele senta, coloca o meu cabelo atrás da orelha e fala seriamente: - Aurora, posso-te pedir uma coisa? - Claro! - Em qualquer situação, sempre confie em mim, sempre serei sincero, te prometo. Não entendo o porquê disso, mas confirmo, sinto verdade na sua fala. - Tá bom, vou lembra disso. Ele continua a olhar-me seriamente, olha os meus lábios, mas não tenta nada, me respeitando, então eu sinto, uma vontade imensa de beijá-lo, semanas já se passaram, e Tony, realmente sumiu, abandonou-me, eu amo-o, não sei como posso estar-me sentindo atraída por outro, a minha cabeça fica uma bagunça, estou confusa e sentindo-me culpada. Mas, deixo fluir, mesmo com todos esses pensamentos que me dominam, toco no rosto dele, e passo os dedos nos seus lábios, ele sorri de canto, segura a minha mão, dá um leve beijo nela e diz: - Aurora, não precisamos... - Eu já te disse, que sou complicada! E sou muito... mas acredito e confio em você, e quero me refazer. Ele escuta-me atentamente, passa a mão na minha nuca, e beija-me, tão intenso e calmo ao mesmo tempo, seus lábios quentes, fazem-me esquecer, onde estou, e com quem estou, retribuo, segurando os seus braços, ele puxa-me pela cintura, nos aproximando, e quando ele me toca desta forma, sinto as mãos de Tony, e quase escuto a sua voz. Vejo Tony, sinto Tony, como da última vez que transamos no meu quarto, molhados, da chuva, encho-me de t***o, o agarro, quando abro os olhos, vejo Tristan, e num golpe, o afasto, não posso fazer isso, o meu coração, e o meu corpo ainda é de Tony. - ...Vamos com calma, por favor. Ele para, sorri, e responde: - Tudo bem, vamos com calma. Passamos o restante da tarde, até o por do sol, nos conhecendo, falamos, sobre família, gostos, sonhos, a vida dele é impressionante, ele é muito rico, e vejo que essa parte da vida dele, não o deixa feliz. No caminho de volta, ele muda o percurso, ele passa reto da rua onde moro, automaticamente eu falo. - para onde vamos? A minha casa ficava para la. - Vamos jantar, e depois levo-te.
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