Capítulo- LIV. Insegurança
" O pior bichinho que corrói o homem é o da insegurança."
Marryna
O sol começava a se espalhar pelos campos quando o carro estacionou em frente à imponente porteira da Fazenda Santa Pontal. A placa de madeira, desgastada pelo tempo, exibia em letras garrafais: “Aquele que cruzar meu caminho marcado será”. Além da cerca, a vastidão da terra parecia infinita, com árvores cujas folhas dançavam suavemente ao vento e cavalos pastando ao longe. A cena era deslumbrante, mas a atmosfera dentro do carro estava carregada, como se uma tempestade estivesse prestes a se formar. Cícero não disfarçou seu mau humor por eu ter insistido em vir trabalhar.
— Você está arrumada demais para o primeiro dia, hein — murmurou, com a mão ainda no volante e o olhar afiado, p
