Capítulo- XL. Espora. " Na ponta da espora o teu amor me rendeu, fez das cordas as minhas algemas e da noite o breu. Não digas que não entende o calor rústico de um bruto feito eu, que te pego na unha, te coloco dentro do peito. " Cícero O tempo inteiro sentado à mesa, fiquei de olho na ruiva. Ela observava a fartura sobre a mesa e a quantidade absurda de louça com uma desenvoltura impressionante, demonstrando educação refinada. Segurava a xícara com classe — nem parecia a vespa brava que falava absurdos e, pior ainda, gemia feito uma égua no cio quando eu estava por cima dela. Senti uma perna roçar a minha. Achei que fosse a da ruiva. Esbocei um sorriso faceiro, estiquei o pé e toquei sua panturrilha. “Safada… brigou comigo, fez cara feia, e agora tá toda assanhada.” Meus

