— Ei, querida, ainda está chateada com a gente? Pergunta Fernanda ao me aproximar delas quando chego ao café onde trabalhamos juntas. É da mãe da Paula e nos permite trabalhar aqui para economizar antes de entrarmos na universidade.
— Vocês têm que lembrar que ele é meu pai.
— Padrasto. Corrigem as duas. Revirei os olhos.
— Não importa, vocês não podem ficar falando na minha frente as coisas que querem fazer com ele ou que ele faça com vocês. Espeto de má vontade, colocando o avental junto com elas.
— Você que disse, os homens grandes sabem satisfazer as nossas necessidades. Destaca Paula.
— Matheus não tem mulher desde que a minha mãe morreu há mais de dez anos, meninas. Como podem acreditar que ele ainda sabe fazer isso? Retruco, querendo que parem de desejar tra*nsar com ele.
Sei que ele não é um santo, já o peguei umas duas vezes beijando alguma mulher no escritório da oficina, imagino que ele faça mais do que isso, mas não é da minha conta e se eu tiver que deixá-lo como um "velho" na frente das meninas para que elas parem de desejá-lo, farei isso.
— Ah, por favor, Babi, é óbvio que na sua frente ele não vai ter nada com ninguém, mas um homem precisa de se*xo tanto quanto as mulheres. Deve estar pegando muitas. Qualquer pessoa que não quisesse ser fo*dida por ele teria que ser cega. Paula corta, muito segura.
Ela realmente quer tra*nsar com o meu pai. Não importa se ele é meu padrasto e não meu pai, não vou deixar isso acontecer.
— De acordo, mas não quero que vocês estejam com ele. É meu pai.
— Padrasto! Exclamam as duas. Bufo, vendo todos na sala que se viraram para nos olhar.
— Não importa, não quero que o seduzam. Buscaremos outro homem para fod*er, mas não será meu padrasto. Sentenciei e ambas reviraram os olhos.
—Você é chata. Vai nos dizer que não te molha a va*gina quando o vê sem camisa? Replica Paula. Abro a boca, indignada com as suas palavras.
— Como você ousa?! Gritei baixinho para que mais ninguém nos ouvisse. Ambas bufam.
— Por favor, Babi, Matheus é daqueles que a gente quer chupar tudo e você tem a sorte de morar com ele. Declara Fernanda, apoiando as loucuras de Paula. Olho para as duas m*al.
— As duas são loucas. Seria uma falta de respeito ver Matheus como homem depois de todos esses anos. Sentencio, mas minha mente traidora trouxe à tona seu corpo sem camisa, como as garotas disseram.
Grunho e me levanto, começando a fazer o meu trabalho longe delas porque me deixaram muito irritada com as suas palavras.
A manhã é uma verdadeira tortura, o tempo todo fiquei pensando no que as meninas disseram. Sei que o Matheus está muito bem conservado para ter trinta e nove anos, mas é por causa do trabalho dele. Além de ser o único mecânico decente da cidade, ele é o único que sabe consertar jet skis por ser piloto deles nas competições da cidade.
O treinamento é duro, já o vi treinar muitas vezes e sei tudo o que é exigido, além da dieta que ele faz em casa. De fato, acho que nunca o vi tão bem trabalhado, como desde que ele está treinando natação duas horas por dia. Às vezes o acompanho, mas realmente não consigo entender como ele consegue passar tanto tempo nadando sem cansar os braços. Além disso, acho que o vi nadar mais do que o tempo que ele passa treinando na moto aquática.
Não tenho ideia se é um esporte fácil, mas com as ondas tão grandes que temos nas praias da cidade, duvido muito que seja.
No entanto, ele faz parecer fácil. Quando ele compete, é como se tivesse total controle do mar o tempo todo. Ele domina as ondas e controla a moto como se estivesse em terreno plano. É o melhor, a verdade.
Resignada a não conseguir me concentrar hoje, dedico-me a fazer o meu trabalho o melhor que posso, mas confundo-me muitas vezes com os pedidos, antecipo as coisas e sinto que o relógio não anda nada. Não consigo me concentrar, preciso sair daqui, tomar um banho frio e bater a cabeça numa porta para ver se consigo tirar da minha mente a imagem mental que não para de reproduzir de Paula comendo o pa*u do Matheus na minha frente.
O pior é que, enquanto a vejo ajoelhada na frente dele, soltando ruídos de prazer como a mulher de ontem à noite na TV, Matheus a segura pelos cabelos, mas seus olhos estão fixos nos meus, grunhindo sutilmente pelos movimentos de Paula no seu pê*nis.
Rosno furiosa quando, na minha mente, ela abandona os meus olhos para olhar para baixo e rosnar para si mesma.
— Querida, você está bem? Pergunta Paula, me trazendo de volta à realidade. Pego ar com força e sento-me lentamente, sem querer ver ninguém em particular. — Tudo bem, se for por causa do que aconteceu de manhã, me perdoa. Diz ela, tentando se aproximar de mim, mas eu me viro.
— Está tudo bem, vamos apenas fazer o nosso trabalho para sair daqui. Declaro.
Odeio garotas e os seus hormônios.
Eu as odeio.
Suspiro de alívio quando o relógio finalmente marca a hora da saída e não espero nada para me trancar no banheiro e poder me trocar, deixando as meninas para trás.
— Babi! Me chamam, correndo para me alcançar. — Está bem, perdoa-nos. Não vamos mais dizer o quanto queremos fo*der o seu padrasto. Promete Paula, levantando a mão em sinal de promessa. Fecho os olhos.
— Não acredito em vocês
— Ei, um pouco de fé, irmã. Reclamam as duas em uníssono. Rio sem poder evitar, de tão sincronizadas que estamos, porque já sabia que diriam isso.
— Tudo bem, uma última chance, mas se voltarem a insinuar fazer coisas com o Matheus, vão se ver comigo. Advirto, apontando o dedo para elas. As duas concordam, revirando os olhos.
— Entendido, capitã, sem fo*der o velho gostoso. Aceita Paula, mas não acredito nem no que ela reza, sei que tentará entrar na cama de Matheus para gritar o nome dele enquanto ele a fo*de. Grunho com a lembrança fugaz dos meus pensamentos na aula de pouco tempo atrás.
— Ah, ah, não seja tão rabugenta. Ordena Fernanda, pegando no meu braço. Paula a imita e pega o outro, deixando-me no centro, para caminhar de volta para dentro do café. Espero sobreviver a este dia sem imaginar novamente o meu padrasto fod&endo minhas amigas na minha frente.
Justo quando vemos a mãe de Paula atravessar a porta do café para nos substituir, o meu celular vibra no meu bolso. Tiro e leio "Pai" na tela. Contexto.
— Ei, vim te buscar. Estou em frente à cafeteria. Informa.
— Tudo bem, já estou indo para lá.
— Pergunte a ele se pode nos levar. Grita Paula, cumprimentando a mãe. Eu a olho m*al e ela só ri.
— As meninas estão perguntando se podem ir com a gente. Digo entre dentes, não querendo que ele aceite.
— Sinto muito, meu amor, não trouxe a caminhonete. Vim de moto. Ele explica, e as meninas fazem beicinho quando o ouvem no alto-falante.
— Tudo bem, já estou indo para lá. Aceito e desligo, guardando o celular no meu bolso novamente.
— Se ele me dissesse isso, eu ficaria com a vag*ina molhada o tempo todo. Admite Paula. Isso sim me faz rir. Bato no ombro dela e nós três rimos, saindo.
Elas estão loucas.