Capítulo 2

592 Words
Escondida se arrumou as pressas, vestido vermelho bordô tomara que caia, cabelo preso em um r**o de cavalo com cachos e uma máscara de cetim com correntes, que revelava apenas seus olhos, carregados de maquiagem preta, sem muitas opções de calçados, teve que colocar botas, um coturno preto. Sem medo do escuro e noção de perigo, saiu pela porta da varanda, que dava nos fundos da fazenda, correu a maior parte do caminho beirando a estrada e nem acreditou que encontrou o local da festa. Iluminado apenas na entrada, estava tocando músicas eletrônicas, rodeado de carros luxuosos, era realmente diferente, na entrada os organizadores estavam escondendo o rosto com capuz, os convidados chegando de máscaras, tentando se camuflar, foi andando próxima a um casal, ambos mostraram os convites e entraram, no bar tinham drinks e uma moça oferecendo comprimidos, com pouca iluminação, só de perto ela percebeu o que era, não aceitou e foi andando, reparando nas pessoas, ninguém parecia estar interessado em olhar ninguém. Estavam simplesmente curtindo, lá tinham três ambientes, o outro parecia mais escuro ainda, ao entrar ela logo entendeu porque tinham mais casais indo pra lá, haviam vários se agarrando, beijando muito, dançando em êxtase com uma grande proximidade. Aproveitando que não era possível ver muito, Naija pegou uma bebida e começou dançar, ficando a vontade pode esquecer dos problemas, logo percebeu que um rapaz estava a olhando fixamente, todo vestido de preto, com uma máscara simples que cobria os olhos apenas, estava no escuro, onde revelava apenas seu contorno e porte físico, na dúvida do que estava ou não notando de fato, começou dançar na direção dele e se moveu, indo para longe, onde ele precisaria virar para ver. Ele só não acompanhou olhando, como foi indo atrás lentamente, tinha algo aparentemente legal no outro ambiente, ela foi ver para evitar o rapaz, era um labirinto onde ninguém estava entrando sozinho. Sem saber se era regra ou não, entrou só e rapidamente viu exatamente para que servia, era como um " Dark Room " um local específico para terem relações mais íntimas, tinham poltronas a cada beco sem saída, casais se chupando, fazendo de tudo, três até mais pessoas juntas. Voltar para trás parecia mais difícil e constrangedor, quanto mais andava, menos pessoas encontrava e aquilo a instigou tentar chegar até fim. Achando que lá não tinha saída, parou em um dos becos, deitou na poltrona olhando para o céu e começou imaginar, como seria a nova vida, talvez as coisas melhorassem. Distraída fumando percebeu que tinha alguém lhe observando, continuou imóvel e falou hostil - Perdeu alguma coisa aqui? O rapaz que a observava dançando, se aproximou a olhando fixamente como um predador - Não, mas acabei de encontrar. Já nos conhecemos? Ela se sentou colocando a máscara de volta cobrindo parte do rosto - Para sua sorte, não. Se levantou e ia sair do beco, ele a segurou pelo braço - Está com pressa? Não queria te assustar! Ela se soltou com desprezo, sem o olhar - Pois não conseguiria, nem se quisesse. Saiu rindo - Me assustar! Andou alguns minutos e deu em um beco sem saída, onde tinha uma mesa, quando foi voltar para trás, o encontrou parado rindo - Está perdida? Conheço esse labirinto, como a palma das minhas mãos. Ela voltou para trás, encostou na mesa - Conhece mesmo? Por isso que escolheu vir sozinho? - Todos só entraram acompanhados, pelo o que vi. Ele se aproximou a encarando com um olhar lascivo - Não estamos sozinhos, escolhi vir por você.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD