Capítulo 2 “O Aparecimento “

2823 Words
Capítulo 2 O Aparecimento — Antes do dia amanhecer, a lua encontra-se com o sol e em um breve momento, a Cidade de Aurora ressurge! Essa é a noite, não é? — Questionou Alicia. Raoni concordou e depois saiu da oca, a jovem sabia o que isso significava, ela sabia que havia uma escolha a se fazer. Ou ela desistiria dessa viagem que até então não estava indo nada bem, ou ela continuaria, e se aventurava em um mundo não conhecido pelo homem. — O que vamos fazer? — Perguntou Agatha. — Não faço ideia! — Disse Alicia. —  Tragam as bordunas, os arcos e as flechas! — Gritou Raoni.        O jovem índio estava atento a tudo em sua volta, a correria, e o tumulto que acontecia naquela tribo naquele momento. Era por conta da breve viagem que os guerreiros e as jovens amigas iriam fazer, em busca da cidade que nem ao menos sabia-se que era real. — Está nervosa? — Perguntou Agatha ao aproximar-se da jovem. — Talvez! — Respondeu Alicia junto a um breve suspiro. — Saiba que estamos com você, não tem com o que se preocupar! — Disse Agatha. — Eu sei, obrigada por isso! — Respondeu Alicia. Agatha apenas concordou com um balançar de cabeça, e um leve sorriso em seu rosto. — Por Deus. Espero que pelo menos haja comida o suficiente para todos! — Resmungou Anita.      Agatha que até então estava pacífica olhou para Alicia, e revirou os olhos. Por sua vez a jovem Zago pôs a mão sobre a sua boca na tentativa cobrir o seu riso. —  Precisa de tantas pessoas assim para nos acompanhar! Raoni retruca: —  Claro que sim! Toda ajuda é bem-vinda! Estou determinada em minha busca pela cidade perdida. Agora só falta convencer os demais embarcar nessa busca incessante. Então resolvi começar a perguntar primeiro para Raoni: —  Preciso de sua ajuda! Sem você não vou conseguir e você sabe! —  Ajudar quem Alicia? — Questionou Raoni. — O jovem para de andar olha para o alto coloca as mãos sobre sua cabeça e por um minuto fica em absoluto silêncio. A terrível dúvida continuava na minha cabeça. — O meu sonho era descobrir essa cidade! O tempo parecia não passar e, de repente Raoni me respondeu: — Eu aceito ir em busca da cidade com você. É a primeira vez que faço algo que não é só sobre mim, mas sim para todos e tudo que nos rodeia.                 Devido as minhas perguntas sem fim e repostas. Hoje acordei acreditando que este dia seria maravilhoso! Prometo cuidar de cada um de nós da melhor maneira possível. Então de imediato digo: — Fiquei muito feliz! Com a decisão sua de embarcar comigo nessa viagem. Decolamos então para um novo mundo!        Confesso a vocês que nesse instante não senti muita empolgação do Raoni. Não demostrava nenhuma reação. Prosseguindo perguntando agora para Agatha e Anita: —  Vamos embarcar nesta viagem onde nossa imaginação será o limite?       Meninas sempre teremos duas opções embarcar e arriscar ou ficar na vida atual. Já estamos na metade do caminho.        Agatha nesse mesmo instante grita para Anita —  Já deu nossa hora! —Mas fique à vontade para decidir se quer ir ou não com a Alicia. Está ficando tarde!        Anita: —  Eu estou ficando louca mais irei!        Foi naquela tarde mesmo que percebi que estava preste a realizar o meu sonho. Senti, então uma grande alegria. -Que bom! - Que bom! - repetia eu, sem conter meu contentamento.         Nesse momento, as meninas já estavam com as mochilas nas costas. E, então. Minha alegria foi completa.         Nem quis conversar naquele dia. E eu fiquei longas horas ouvindo suas narrativas. Só os interrompia, de vez em quando, para dizer: - Como foi isso mesmo?         Estava a correr as distantes matas virgens ouvindo o uivo dos bichos.         A noite avançava em meio ao silêncio, apenas quebrado pelo pio de uma coruja.         Fiquei completamente muda, a olhar para frente e ver uma luz cintilante a quilômetros de distância a minha frente.         Minha curiosidade cresceu. Aos poucos fui notando, também o som, a voz distante quase não distinguia suas palavras.         Foi quando ecoou em meus ouvidos um grito de Agatha:        A cidade existe!  –    Disse Anita:  —  Essa luz cintilante só pode vir de lá! E agora a gente pode caminhar nessa direção para tirar o ouro de lá à vontade. Não existe mais empecilho!        Grita a jovem índia: —   A gente tem que ir logo! —           É verdade! confirmou Agatha.         Depois Raoni, num pulo agente chega ao lugar daqui uns três dias provavelmente.         Foi então que Agatha afirmou: —  Todo muito falava dessa cidade. Mas é nos que vamos desbravá-la.        De novo fez – se silêncio se ouviu a cantiga de um pássaro distante.       A jovem índia exclamou esse é o sinal. — O canto de um pássaro é um bom presságio! —Uma vez o pajé me explicou que para a gente não se perder no mato, era necessário ir em direção a luz. Ela vai nos indicar o caminho.        Eu, estava meio duvidosa, procurava encher-me de coragem para prosseguir a marcha. Mas confesso que o medo invadia minha alma.       De repente senti uma grande fraqueza, minha vista foi escurecendo e caí no solo.         Foi então que chegou perto, Raoni abaixou o pescoço Taurino diante da minha barriga e, agarrando – me fortemente. Num golpe atirou – me ao ombro. E assim, foi me carregando, com coragem, sem perder de vista os sinais. Caminhou até quando suas forças acabaram. Ao aproximar se de uma arvore, desceu – me ao chão.          Estávamos a frente de uma arvore secular nunca vista. Do outro lado era possível ver que a vegetação estava diferente em suas tonalidades puxando para o tom azul.          Neste momento encontrei força que parecia brota no meu corpo ...Então resolvi subi a uma arvore e observei tudo, procurando orientação. Sempre tão calma, não contive a emoção uma força inacreditável invadia me ser.         Confesso eu estava sem rumo com tamanha descoberta.         E tudo era muito humano e real.        A minha decisão foi rápida de convidá-los para ir em frente até a luz cintilante. —Mas acreditava eu que eles não suportariam a viagem.        Neste instante falei com Agatha e Anita se estava de pé continuarmos, elas concordaram.        Assim, tudo preparado, de novo deixamos aquele lugar da posada, partimos com a provisão suficiente de vários dias.       À hora da partida Agatha, lançou um olhar de despedida ao lugar, porque havíamos passado três dias nesse lugar. Ela, depois de alguns passos, parou, olhou para trás, pensativa.        Pensei nesse instante que ela iria desistir da viagem:        De fato! voltou sentou -se debaixo de uma arvore, demorou-se alguns minutos, depois veio se colocar novamente ao nosso lado.        Antes que falasse algo disse: —Agatha tenha fé iremos conseguir!        Não voltamos os olhos para trás. E, assim, mergulhamos na mataria, cheia de perigos e surpresas.        Uma coisa, logo começou a chamar minha atenção, nos primeiros dias à medida que avançávamos, Anita parecia ganhar energias especiais.          Quem a conhecesse, antes m*l podia acreditar que ela estava mais telepática.          Logo, colocou -se à frente de todos para guiar a viagem. Parecia senhora da situação. —    Confesso   a vocês que estava achando tudo muito estranho.         Caminhamos mais, por vários dias, progredíamos pouco, nós transpusemos espinheiros, atravessamos alagadiços, cheios de vários animais perigosos, à noite m*l dormíamos com as picadas dos pernilongos.         Raoni, à noite, m*l dormia, cada vez mais preocupado e ansioso.         A viagem se tornava penosa e passamos alguns dias sem encontrar água e comida.         Apesar de tudo, prosseguimos nossa viagem.         Mas parecia não ter mais fim. Foi quando bem perto de nós um barulho. Nesse momento aconteceu o inesperado um macaco pulou sobre a Anita. Grande foi o nosso medo! Nesse instante todos ficamos agitados e corremos para ajuda -lá. Foi um momento de grande confusão o Raoni lutou com o macaco e as meninas se puseram a gritar.        Agatha aos gritos: —   Meu Deus! Meu Deus socorro! Socorro!        Faltava coragem de olhar para Anita e descobrir o que tinha acontecido com ela.        Precisávamos tomar uma decisão! Foi quando abri os meus olhos e pude ver era apenas um filhotinho, que tem a cabeça laranja e corpo preto, foi nomeado pela turma de “macaco pretinho”.         Eu há essa altura pensava, que o macaco tinha arranhado sua cara toda, felizmente isso não aconteceu!         Nossos destinos continuavam então, um só caminho a cidade de Aurora.         Para frente se abria uma vegetação, exuberante nunca vista antes. Essa linda paisagem ia se rasgando aos nossos olhos. Eu tinha vontade de gritar de tanta alegria por poder contemplar tamanha beleza nunca imaginada antes, nesse instante o choro tomava meu ser completamente.          Diante disso o passado como o conhecia pouco importava e só o futuro nos interessava. Essa nova experiência e descoberta de um novo mundo mexia com a nossa mente.          Nada tínhamos de nós. Depois de tantos dias tão penosos.          Na selva, aonde tantos foram em busca de riquezas, e de onde ninguém jamais regressaram.          Eu e Raoni tínhamos receio de tamanha descoberta. Não valia mais a pena voltar ao mundo em que havíamos vivido, antes de começarmos aquela estupida aventura. -Veja! Grita Raoni —    Olha nosso jantar!         Ele decidiu ir à caça, pois as provisões estavam esgotadas. Partiu atrás do animal. Retornou minutos depois. Trazia às costas um porco espinho.         Grande foi minha alegria, fazia dois dias sem comer carne. As meninas se alegraram também e ajudaram a fazer o fogo. Aproveitei para comer muito e aos poucos foi dando a impressão de estar com mais energia.          Só então avaliei que realmente estava diferente com mais energia e sem fome. Percebi isso pois, havia se passado um dia inteiro e nada de fome, mas... Minha energia estava cada vez mais forte.          Anita estava mais sensitiva agora conversando com plantas e animais.                     Confesso isso estava me assustando muito!          Nossa ansiedade só crescia, pois não sabíamos qual ia ser o nosso destino.           Nessa noite, íamos ter uma surpresa.           Já estávamos em nossas camas improvisadas, quando ouvimos um barulho. Ficamos atentos. Parecia que alguém sobrevoando em círculos com uma aeronave bem antiga, em baixa altitude por cima de nós.           Raoni levantou-se depressa, apanhou algumas pedras no chão, e caminhou cautelosamente em direção ao barulho.           A minha respiração estava ofegante, como muito custo tive a atitude de acender uma fogueira para tentar enxergar o que estava acontecendo.          O estranho objeto ficou à nossa frente, parado com um brilho prateado sem igual, nisso ouvimos novamente o barulho, a fogueira apagou e o objeto sumiu como num piscar de olhos.                      Sem iluminação segura para penetrar a selva desconhecida, seria uma verdadeira loucura. Então Agatha falou, mais uma vez, sobre aquele mapa que havíamos trazido. Uma coisa, entretanto, era certa várias luas haviam se passado.          Neste momento Raoni franziu a testa, como quem tem uma ideia, mas nada nos disse. Então continuamos até o fim da noite conversando sobre ocorrido.  Agora Anita resolveu quebrar o silencio e começou a gritar: —    Óooo tem alguém aí? —    Não vimos nada! Ninguém respondeu!         Só então percebemos: que a luz cintilante voltou a iluminar a noite começava expandir a claridade em toda a direção.         Agatha olhou para a noite que estava sendo iluminado pela luz cintilante e começou a resmungar que já era o fim da gente.          Nesse instante, nem ligamos para ela e falávamos em continuarmos a viagem animadamente.          Anita pergunta para Raoni. —    Será que vamos encontrar ouro nessa cidade? —    Na certa! respondeu Jovem índia. —    Mas sabemos o que dizem os boatos sobre essa cidade. —   Isso é para despistar! Grita Alicia. — Quem diria! Que estaríamos em plena Amazonia! Tão longe! Aqui é o fim do mundo. Desanimado Raoni fala: —- É impossível. Ninguém ainda conseguiu isso! —  Vão levar meses e meses.        Eu continuava a ouvir em silencio essas frases, porém confesso estava com muita raiva! Minha curiosidade era maior que o meio ódio. Eu queria descobrir o que causou o barulho e de onde surgiu tal luz. Como muito custo troquei o rumo da prosa.         Raoni não queria mais conversar, arrumou logo uma maneira de distanciar do bando. Ficamos largo tempo acordados, conversando sobre aquele visitante inesperado na aeronave.         O qual não sabíamos de onde tinha vindo e porque fugia de nós.         Eu, estava muito pensativa! Tenho uma imaginação muito fértil, pela qual possuo uma tremenda inspiração.        Quando Raoni chegou perto de mim escutei cantando e olhando para o alto. Procurei saber alguma coisa. —  Por que você fugiu de mim? —  Mulheres brancas falam muito!         E assim, aos poucos, consegui dele um punhado de informações, que iriam alterar nossos planos futuros e com as quais não poderia imaginar ...         Disse pertencer a essa tribo do Amazonas, que um belo dia, recebeu a visita de exploradores e revelaram muito sobre as tais lendas. Em troca pelas informações exigiram deles trabalhos pesados. De boa-fé concordamos em ajudá-los. Mas quando cansamos eles não aceitaram e começaram a forçar sob ameaças de morte a prosseguir no combinado.  E os que se rebelaram sofreram muito.       Fora isso, ia surgindo um dia maravilhoso! E aquela sensação de raiva ia desaparecendo de meu coração. Após horas de conversa com Raoni a esperança invadiu os meus pensamentos.       A indiazinha percebeu minha mudança e tratou logo de se aproximar para continuarmos nossa viagem. E nessa mudança de humor algo estranho aconteceu um pássaro de penas brilhantes e colorida veio e pousou sobre meus ombros e entoou um cântico maravilhoso que nunca tinha escutado!      Um dos mais belo presente que já havia ganho da vida!      Lembrei que o Pajé havia profetizado, dias antes, que um pássaro iria cantar para mim. Isso também aparecia em várias versões das lendas ...Que a pessoa escolhida seria abençoada pela floresta.         Que essa pessoa teria algumas características especificas e por incrível que pudesse aparecer a minha descrição batia com a maioria. Confesso isso me amedrontava!        O pessoal achava que a lenda afinal se realizara e que eu era a enviada dos Deuses. Como a estória dizia. E que a moça devia dirigir a tribo dos índios do Amazonas. Nesse momento o pessoal queria me reconhecer como a chefe do bando.        Comecei a me sentir insegura com tal decisão. E optei por lançar dúvidas na cabeça deles. Uma delas foi que a lenda não dizia que a moça viria de uma cidade distante. E como eles explicariam a morte do piloto e copiloto?        Foi quando Agatha me ajudou: —-O que está acontecendo não coincide com as lendas!  Houve aplausos. Para ser nossa chefe é necessário ser reconhecida é para isso precisa ser valente... E coitada de Alicia tem medo até de barata.      —Mas se for o desejo do grupo ela deve passar pelas provas de força e valentia.         Naquele instante retruquei a minha opinião não conta? E comecei a desdenhar aquelas lendas. E percebia que minha fala estava causando um aborrecimento ao grupo.       Minha sorte foi o Raoni que de um salto e grito que concordava comigo para os demais companheiros. Todos concordaram com ele para minha felicidade. E chegaram à conclusão de que eu não seria a melhor opção de chefia par o grupo. Ufa!       Sem compreender a intenção de Raoni gostei de sua atitude para comigo. Talvez seria apenas um ato de solidariedade de um amigo para fugirmos da confusão.  Aquela noite dormimos sob a agradável sensação de estarmos próximo da vitória de chegar a Cidade mágica e encantada que tanto buscávamos.                      Mas, no dia seguinte, outra nova descoberta estava reservada.            Logo cedo escutamos de novo um barulho, agora era diferente pois tínhamos total domínio da situação...        Nossa visão era ampla nos ajudando na busca do desconhecido. Em altos ruídos indicavam, a distância e a direção a seguir e como prova de coragem avançávamos rumo ao desbravamento. Desde então minha preocupação era o que iriamos encontrar nessa cidade.         A tarde se arrastou lentamente.        Mas as grandes dúvidas do que iriamos encontrar pela frente começaram atrapalhar nossa concentração.        As horas avançavam sem piedade. Em um dado momento Raoni ergue-se e observou algo diferente ... Ouvíamos de repente o grito de Raoni. —Finalmente encontramos! Saiamos em disparada carreira. Logo Agatha pergunta: —- Encontrou a Cidade? — Acredito que sim! Raoni muito espantado com o que via e aos gritos de alegria respondia Agatha. —Sim! Sim! E quando olhei pra ele percebi que ele estava apreciar algo. Imediatamente fomos em sua direção. Com a luz cintilante intensa, ia aos poucos abrindo os olhos, muito espantada pelo que podia ver. Em questão de segundos estávamos também a contemplar tamanha beleza do que surgiu a nossa frente ....         Passamos a noite em claro, ora cochilando um pouco ora acordado para tentar investigar tamanha paisagem. Raoni gritava:   — Finalmente chegamos nessa cidade!        A nossa frente tinha uma espécie de escudo de vidro. Mas ninguém se sentia com coragem suficiente par tocar no escudo.    
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