Eu acelerava a moto pelas ruas escuras, sentindo Ayala agarrada firme às minhas costas. A adrenalina ainda corria no meu sangue, mas eu sabia que ela tava em choque. Não falou uma palavra desde que pulou na garupa. Eu precisava levá-la pra casa, precisava garantir que ela ficasse segura. Mas quando sugeri isso, a resposta veio rápida, carregada de mágoa e vergonha. — Eu não quero ir pra casa, Kill. Não posso olhar nos olhos dos meus pais depois disso. — A voz dela era um fio, quase quebrando. Suspirei. Entendia. Mas fugir não era a resposta. — Ayala, eles vão ficar preocupados. Vão querer saber que você tá bem. — Meus pais vão me olhar como se eu fosse uma i****a. — Ela engoliu em seco. — Eu tô com vergonha. Eu sabia que Preto ia enlouquecer se não tivesse notícias dela. Peguei o celu

