Passei o dia inteiro deitada na cama do Kill, enrolada num lençol que cheirava a gasolina e cigarro. Ele trouxe café, feijão, até um remédio pra dor de cabeça que parecia ter vencido em 2008. Eu não falava, não chorava, só olhava pro teto mofado, revivendo cada segundo daquela gravação maldita. Ate que algo caiu na minha testa como uma criança de patins Como Kill sabia? A pergunta martelava na minha cabeça mais que o funk do vizinho. No meio da madrugada, me levantei da cama e fui ate o sofá ele estava acordado mexendo no celular e eu encarei ele, disse: — Kill. Ele me olhou no asustado, colocando a mão debaixo do travesseiro tirando uma glock 22. — Que foi? Tá passando m*l, quer alguma coisa, ta com fome? — Como você descobriu? — perguntei, firme. — Descobrir o quê? — Do Augusto e

