Ayala Eu acordei bem cedo, sentindo que precisava ver a Fernanda e a bebê. Depois de tudo que aconteceu, meu coração tava apertado de preocupação por ela. Preparei uma bolsinha com umas coisinhas simples: fraldinhas, uns paninhos, e resolvi sair logo. A comunidade ainda estava meio silenciosa quando atravessei as vielas rumo à casa da Fernanda. Cheguei, bati na porta e ela atendeu com o filho no colo, os cabelos soltos e o rosto cansado. Apesar da olheira, me deu um abraço meio tímido. — Bom dia, Ayala — ela falou, suspirando. — Entra, menina. Fui entrando na casa pequena, mas organizada, com cheirinho de leite e talco. Logo reparei o berço improvisado na sala, e aquele bebê tão pequenininho se mexendo. Me deu um carinho no peito. — Como cês tão? — perguntei, olhando pra ela e pro beb

