DEVENDO AO PESADELO, [14/06/2023 23:22]
Capítulo 4
Pesadelo narrando
Meu rádio começa a tocar sem fim.
— O que ouve? – eu pergunto
— Estamos aqui na casa da mulher do Rodolfo.
— E?
— A velha tá desmaiada e a filha nem sabe da divida, está dizendo que não tem a grana – Martin fala
— Mata a velha – eu falo – e a filha
— Ela tem uma irma pequena que deve está na creche – Martin fala
— Martin não somos crianças esperança não cara, passa a bala.
— Cara não dá, precisamos esperar a velha acordar ver se ela tem grana.
— c*****o, to indo para aí.
Eu jogo o rádio longe e pego a minha arma, subo na moto e dirijo até a casa, eu desço e entro para dentro, vendo a garota de braços cruzados com os olhos arregalados, a mesma estava de shorts e uma blusa preta de alcinha, seu corpo todo marcado e suas tatuagens amostra.
— Cadê a grana? – eu pergunto para ela – tem a grana ou não p***a? – ela me olha com os olhos arregalados .
— Desculpa, como eu vou ter dinheiro de uma divida que eu nem sabia que existia, a minha mãe cuida do dinheiro que recebemos da pensão, eu achei que ela pagava tudo.
— Sua mãe é uma drogada c*****o – eu falo encarando ela – se d***a o dia todo, bebe que nem uma c****a no cio, deve para Deus e o mundo e você não estava devendo para o dono do mercado?
— Eu já paguei – ela responde – eu recebi meu salario e paguei, mas não tenho como pagar essa divida.
— Cadê a velha maldita? – eu pergunto
— Ela tá lá em cima.
— Fazendo o que?
— Desmaiada – ela fala – bebeu muito, está desmaiada.
— E a sua irmã pequena?
— Na creche – ela responde
— Então roda as duas Martin e Jk – eu falo – ou eu faço isso, a criança joga em um orfanato.
— Não, por favor, não – ela fala desesperada – minha irmã não, minha irmã é muito pequena, eu cuido dela, ela é tudo que eu tenho, eu já disse eu não tenho culpa de nada. – ela segura em meu braço – por favor, não faz nada comigo e nem com a minha mãe, eu não tenho dinheiro para pagar essa divida, mas posso fazer qualquer coisa, trabalhar para você na sua casa, por favor eu tenho a minha irmã pequena ela não pode ficar sozinha – eu encaro ela segurando o meu braço e jogo ela no sofá.
— Sai todo mundo para fora – eu falo olhando para aquela garota.
— Como? – Martin pergunta
— Eu mandei todos saírem para fora – eu falo encarando aquela garota de cima a baixo – eu já sei como ela vai começar a me pagar essa divida.
DEVENDO AO PESADELO, [14/06/2023 23:47]
Capítulo 5
Mariele narrando
Eu olho sem conseguir respirar para aquele homem enorme na minha frente, sem camisa com muita tatuagem em seu corpo e um coque em seu cabelo, musculoso e com uma cara h******l.
— Eu já sei como ela vai pagar a minha divida – ele fala me encarando – vaza todo mundo.
— Do que você está falando? – eu pergunto para ele.
— Você quer morrer? Não né – ele fala me olhando. – então você vai começar a pagar a divida como eu escolher.
Sai todo mundo de dentro da casa e eu me encolho no sofá e ele vem se aproximando do sofá.
— Eu não vou pagar essa divida da forma que você quer – eu falo desesperada.
Eu tinha 17 anos de idade e meu pai sempre foi protetor, ele faceu aos 13 anos de idade, todo mundo me ver com as minhas tatuagens e acha que devo ser uma p**a louca, mas eu jamais tive um namorado na minha vida.
Eu me levanto do sofá e tento sair de perto dele, mas ele segura o meu braço e pega a arma na mão.
— Anda – ele fala – se não eu mato você e mato a sua mãe e sua irmã vai para um orfanato.
— Eu não tenho culpa da divida – eu falo chroando
— Quer ver sua mãe morta? Eu mato ela na sua frente – ele fala me perguntando
— Por favor não.
— Eu já te dei a opção, tira o shorts – ele fala – anda tira a porcaria do shorts. – ele aponta a arma em minha direção, minhas mãos começa a tremer.
— Por favor – eu falo chorando
— Engole a p***a do choro – ele fala agora com a arma na minha cabeça – eu mandei engolir a porcaria do choro! – ele grita e eu me assuto
Ele com raiva abre o meu shorts e desce ele, ele rasga a minha blusa com tudo, ele me pega pelo cabelo e eu tento gritar, pedir ajuda, mas era impossível, ninguém iria me ajudar, iria ousar tentar impedir isso.
Ele me joga no sofá com tudo e quando eu tento impedir dele fazer qualquer coisa, ele já estava em cima de mim e sem a calça.
— Cala boca – ele fala com a mão tampando a minha boca – cala a p***a da tua boca – ele fala olhando em meus olhos, os meus olhos se enche de lagrimas e o seu corpo por cima do meu era impossível de qualquer coisa.
Eu me debato quando sinto ele invadindo a minha i********e, era uma dor h******l e ele é totalmente agressivo e bruto, ele começa a meter dentro de mim com uma força terrível, eu me debato, tento fazer com que ele me solte ou tirar ele de cima de mim, mas era impossível, as lagrimas descia em meu rosto e ele tampava a minha boca cada vez mais forte com as suas mãos, depois de um tempo de tortura e muita dor, ele sai de cima de mim.
— A partir de agora – ele fala me encarando – você é minha – eu olho para ele encolhida no sofá – você não sabe nem f***r sua v***a , mas eu vou te ensinar como eu gosto. – eu fico sem ar tentando entender as suas palavras – eu não gosto de atraso, quando eu te chamar, você vai na mesma hora, porque se não as coisas vão ficar f**a para você. – ele tira um dinheiro do bolso e joga.
— Eu não quero seu dinheiro.
— Eu não perguntei – ele fala
— Eu não sou nenhuma v*******a – ele começa a rir
— Você é.
— Eu não vou t*****r com você em troca de dinheiro.
— Você vai, em troca da sua vida e da sua irmã e da sua mãe – ele fala – e vou te dizer uma coisa, se essa velha nojenta que você chama de mãe voltar a dar trabalho no morro, quem vai pagar é você, eu vou descontar toda raiva que ela me fizer passar em você.
— Pega seu dinheiro, esse dinheiro deve pagar a divida, você me deu, então eu posso pagar – eu falo jogando a grana nele e ele apenas dar um sorriso de canto.
— Quando eu precisar de você, eu mando te buscar – ele fala saindo da casa.
Eu olho para o meu corpo, olho para o sofá sujo de sangue, começo a perceber que estava sentidno dor, me sinto suja, imunda e começo a chorar muito.
DEVENDO AO PESADELO, [15/06/2023 20:53]
Capítulo 6
Marielle narrando
Eu não conseguia sair do lugar, meu corpo todo tremia, meu celular começa a tocar e ai me dou conta de que horas era.
— Marielle? – uma mulher fala
— Quem é? – eu pergunto quase sem voz
— É da creche da sua irmã, é que já passou da hora e você ainda não veio buscar ela, aconteceu algo? – eu olho para o relógio e vejo que já era passado das 17h30.
— Eu vou, eu vou – eu falo nervosa – eu só preciso , eu so preciso.
— Precisa do que? Está tudo bem? – ela pergunta
— Eu estou indo .
Eu me dou conta que tinah esquecido de Isa e vou até o banheiro, tomo um banho e troco de roupa, pego a minha bolsa e coloco meu celular dentro e saio de casa, no momento que eu saio de casa eu tomo um chá de realidade, eu vou andando lentamente mesmo com dor pela brutalidade daquele homem, eu vou andando, parecia uma pata velha andando.
Eu passava pelas pessoas e na minha cabeça todas sabiam o que tinha acontecido, que eu tinha sido obrigada a tirar a minha virgindade com aquele monstro, os vapores me encaram conforme vou descendo e era como se eu sentisse um frio na espinha.
— Mana – Isabela fala correndo em minha direção. – você demorou.
— Desculpa, eu tive um problema – eu falo nervosa.
— Sem problemas – A professora fala – Tchau Isa.
— Tchau – Isabela fala.
Eu pego na sua mão e a gente vai andando, os passos de Isabela era lentos e ela me contava tudo que tinha acontecido na escola e eu vou subindo.
— As moças querem um sorvete? – Willian pergunta e a gente encara ele.
— Eu quero – Isa fala
— Oi – ele fala me encarando – está tudo bem Marielle?
— Oi – eu tento abrir um sorriso e disfarçar o meu medo e pânico com tudo que tinha acontecido mas era impossível – sim e você?
— Tudo bem – ele fala – aqui o seu de chocolate, e o seu de morango? – ele pergunta
— Eu não vou querer, obrigada.
— Nossa – ele fala – mas você gosta tanto de sorvete de morango.
— Mas hoje não estou afim – eu respondo
— Está tudo bem mesmo? – ele pergunta
— Sim – eu respondo – nós vamos subir, Isabela precisa tomar banho.
— Tchau tio – ela fala
— Tchau – ele fala – Tchau Marielle.
— Até mais Willian – eu respondo.
Eu não tinha cabeça para responder ninguém, chegando em casa, eu limpo o sofá e as manchas de sangue que tinha nele, e arrumo a comida para Isabela, ela fica olhando desenho até que a minha mãe dar o ar da graça.
— A janta está pronta? – ela pergunta
Eu engulo seco porque a minha vontade era de quebrar a casa inteira nela, eu estava sentindo um nojo tão grande dentro de mim, eu estava despedaçada por dentro e sem conseguir imaginar o que seria da minha vida daqui para frente.
— Não – eu respondo
— Dormi de mais – ela fala sentando na mesa.
— Mamãe, você quer ver o desenho que eu fiz na escola?
— Não, que quero ver desenho – minha mãe responde
— Eu quero – eu respondo para Isabela
— Aqui – ela fala me mostrando
— É lindo – eu falo e ela sorri e sai olhar desenho.
— É um monte de rabisco.
— Custa você dizer que é lindo? – eu pergunto para ela e ela me encara – é sua filha, uma criança, você precisa começar a se preocupar mais com ela.
— Chega de besteira – ela fala – vai até o bar do Dante e pega uma cerveja para mim, Marielle agora, eu estou mandando.
— Não tenho dinheiro.
— Compra na sua conta – ela fala
— Eu não tenho mais conta, não paguei o Dante.
— E o seu trabalho? – ela pergunta
— Eu fui mandada embora.
— Por causa do que? – ela pergunta
— Aquele homem machista – eu respondo – das minhas tatuagens.
— Também essas tatuagens ridículas que você fez, parece uma p**a – ela fala e eu a encaro
— O que a senhora disse? – eu pergunto
— Vou pegar uma cerveja – ela fala – acho bom Dante me vender na sua conta.