Estacionei em frente ao trailer decadente em que eu morava, meu coração martelava no peito, eu olhei pelo retrovisor com medo de que tivesse sido seguido, mas tudo estava silencioso e escuro, deitei a cabeça no volante pra recuperar o fôlego, meu corpo estava fraco e trêmulo...
Desci do opala olhando pros lados, pois estava apenas de cueca, não que eu me importasse muito com isso, ou fosse tímido, mas parecia que se me flagrassem daquele jeito saberiam a coisa nojenta que eu tinha feito, fechei a porta do trailer e tranquei, depois abri a geladeira e peguei um litro de whisky, fui pro banheiro e despejei direto do gargalo na minha boca, bochechei o líquido por um bom tempo e cuspi na pia, queria tirar o gosto de esperma, mas parecia não sair de jeito nenhum, cheirei minhas mãos e aquele cheiro de p*u ainda permanecia, por mais que eu não tivesse tocado com as mãos, eu estava enlouquecendo, me sentindo violado, me sentindo um porco que fugiu do abatedouro...
Fui até o meu quarto e enrolei um baseado bem grosso, depois voltei pro banheiro e me deitei naquela banheira nojenta e encardida, comecei a encher com a água da torneira caindo nos meus pés e dei várias longos tragos, traguei até ficar sem fôlego, queria ficar chapado com urgência e esquecer aquilo, era assim que eu lidavacom os traumas da minha vida, e não eram poucos...
Misturei o whisky com a maconha, e em pouco tempo comecei a sentir meu corpo amolecer, a visão ficando turva, antes de cair no sono na banheira escutei a garrafa de whisky escorregar da minha mão e se espatifar no chão de azulejo, e depois, silêncio, paz, e trevas....
Batidas violentas estavam vindo da porta da sala, quando acordei raios de sol já entravam pela pequena janela do banheiro, e a água estava transbordando, inundando o pequeno cômodo, demorei um pouco pra reagir mas logo me levantei, ainda molhado e nú, e fui pra sala cambaleando, abri a porta...
Era Agnes, que me olhou de cima a baixo, e arregalou os olhos ao ver meu p*u balançando:
-Que p***a é essa seu otario? - exclamou ela, olhando pra trás - Deixa eu entrar, vai!
Agnes era quase minha namorada, nós nunca passávamos disso, do quase, pois nossa relação era conturbada e problemática, eu tinha sérios problemas em assumir compromissos e ser fiel a alguém, mas gostava dela, e gostava do sexo, ela também era viciada e morava no conjunto de trailers. era muito magra. pálida e sempre fumando: -E o assalto de ontem? Rendeu alguma coisa?! - ela se sentou no balcão da cozinha, mostrando a calcinha vermelha - Hein? Me conta!
Eu me esparramei no sofá, olhando pro teto, e então respondi com a voz pastosa e grossa: -Não, e não tô afim de falar disso!
-Eita c*****o - Agnes suspirou - Pelo menos não foi pego né, se ainda tá aqui, o que deu errado?!
-Qual a parte de eu não querer falar disso, tu não entendeu sua p*****a?! - senti meu sangue começar a ferver, o medo de ontem tinha virado raiva.
-Calma aí grandão - ela abriu a geladeira e pegou uma latinha de cerveja - Mas eu sabia que iria dar merda, aquela p***a de mansão é muito grande, aquilo é assalto pra quadrilha organizada, tu sozinho acabaria se dando m*l mesmo, devem ser cheios de alarme e segurança.
De repente, escutei uma batida de porta de carro em frente ao trailer, peguei uma das bermudas que ficava espalhada pela casa e me vesti, depois fui pra janela espiar atrás cortina...
Um arrepio enrijeceu meu corpo inteiro, o Um arrepio enrijeceu meu corpo inteiro, ο homem da noite passada havia descido de um porsche e estava vindo na direção da porta, com uma sacola na mão, eu fui me afastando devagar até tropeçar no sofá e cair sentado...
Vieram as batidas na porta, três, lentas porém firmes, meu peitoral subia e descia com a respiração ofegante, o medo me possuía, foi então que eu corri pro meu quarto e peguei uma das pistolas debaixo do travesseiro, coloquei na parte de trás da bermuda e voltei pra sala, abri a porta de cara fechada.
-Bom dia, Tom Myers - disse o homem, com aquele ar de superioridade, estava usando uma camisa abotoada até em сіта, óculos escuros e cabelo penteado pra trás - Desculpa aparecer sem avisar, mas você não se importa com isso, não é?!
-O que tu quer aqui? - perguntei, segurando o cabo do revólver nas costas.
-Trouxe um presente pra você, gostei muito do seu serviço de ontem, e foi um prazer te conhecer, então nada mais justo do que te dar isso - era uma sacola da Rolex, eu abri e dentro estava um relógio, meus olhos não acreditaram no que viram...
-Isso é algum tipo de zoeira? - perguntei, pegando a sacola e deixando no chão ao meu lado - Mano, tu sabe meu nome mas não sabe quem eu sou, é melhor ficar esperto!
O homem levantou as sobrancelhas e deu de ombros, rindo: -Você em breve vai saber quem eu sou, assim como todo o restante da cidade, então antes de tentar me ameaçar, começa a prestar atenção aonde pisa, porque você é só um bandidinho, e eu sou muito mais que isso!
-Tu é um assassino - falei, enrugando o nariz, quase rosnando pra ele - A p***a de um maníaco.
-Eu não conto o seu segredo, e você não conta o meu - ele deu aquele mesmo sorriso sádico - Enfim, estou atrasado pro meu trabalho, espero que goste do presente, já que queria pegar algo meu, eu te deixo ficar com uma lembrancinha, e espere por outras visitas, agora que eu sei quem você é, não vai se livrar de mim!
6
X
Observei aquele homem partir, era claramente um burguês de dinheiro velho, aquele tipo de cara que fazia bullying comigo na adolescência por ser pobre e marginal, eu odiava aquele tipo, sempre odiei, mas gostava de dinheiro e aquela p***a de relógio valia uma fortuna, então abri a sacola e admirei o brilho dourado só um bandidinho, e eu sou muito mais que isso!
-Tu é um assassino - falei, enrugando o nariz, quase rosnando pra ele - A p***a de um maníaco.
-Eu não conto o seu segredo, e você não conta o meu - ele deu aquele mesmo sorriso sádico - Enfim, estou atrasado pro meu trabalho, espero que goste do presente, já que queria pegar algo meu, eu te deixo ficar com uma lembrancinha, e espere por outras visitas, agora que eu sei quem você é, não vai se livrar de mim!
Observei aquele homem partir, era claramente um burguês de dinheiro velho, aquele tipo de cara que fazia bullying comigo na adolescência por ser pobre e marginal, eu odiava aquele tipo, sempre odiei, mas gostava de dinheiro e aquela p***a de relógio valia uma fortuna, então abri a sacola e admirei o brilho dourado que refletida do sol...
Eu era ladrão mas não era assassino, e muito menos compactuava com isso, mas aquele cara me causava calafrios, e eu sentia que agora estava preso a ele por diversos motivos....