03:

1215 Words
Sam narrando : Acordei mais cedo hoje. Matthew e as crianças ainda dormem. Preciso agilizar as coisas aqui em cada, já que eu vou sair hoje não sei quando vou chegar. Preparo um café da manhã delicioso pra minhas preciosidades. Quando estou terminado de fazer as panquecas sinto braços ao redor da minha cintura. —Bom dia meu amor.—diz depositando um beijo no vão do meu pescoço, os pelos do meu corpo se arrepiam com o contato dos seus lábios frios com a pele quente do meu pescoço. —Bom dia vida.—me viro e dou um selinho nele.—Estou terminando de preparar o café da manhã. Chamas as crianças lá em cima. —Tu que manda.—sorri e sai. Volto meu olhar pras panelas. Termino as panquecas e coloco tudo na mesa. Faço uma calda de chocolate e coloco por cima. Não demora e meus anjos entram saltitantes na cozinha. —Bom dia mamãe.—dizem juntos. —Dia meus amores.—beijo cada um.—Dormiram bem ? —Sim.—dizem juntos mais uma vez. —Agora senten-se, depois do café se arrumar pra ir pra escola. Eles sentam e começam a comer. Lucca é o mais guloso dos dois. Ele comeu muitas panquecas, se sujando com o chocolate. Sarah come mais pouco, totalmente ao contrário de mim, que se pudesse comia 24/48. Eles terminam e sobem pro quarto, Matthew vai arrumar eles e eu fico pra lavar a louça. Fico esperando eles na escada, olhando sempre no relógio pra ver se já estamos atrasados. Sarah é a primeira que vem, correndo toda feliz fazendo seus cachinhos balançarem. —Cadê o papai e o seu irmão meu amor ?—pergunto dando um beijinho nos seus cabelos. —Tão se arrumando lá em cima mamãe.—vai saltitando até o sofá onde se joga. Não demora muito e vejo meus meninos descerem as escadas arrumandos. Os cabelos de Lucca está penteado igual o cabelo do pai. Suas camisas também eram parecidas. Sem contar a calça jeans. —Tô lindo né mamãe ?—dá uma voltinha, dou um assobio fazendo ele ri. —Tá lindão, igual o papai. —A gente sabe que somos lindos né campeão ?—bagunça os cabelos de Lucca que logo passa a mão pra concertar o cabelo me fazendo ri. —Agora vamos pra escola, estamos atrasados.—pego na mão deles. Faço o mesmo procedimento de sempre colocando cada um em sua cadeirinha. Tomo meu lugar de motorista e dou partida no carro. Não demoramos a chegar na escola. O porteiro não era o mesmo babaca daquele dia. Ainda bem. —Bom dia.—cumprimento sorrindo. —Bom dia.—diz de volta sorrindo. Deixo eles na sua sala, são da mesma sala o que facilita pra mim. E vou em direção à diretoria. Bato na porta da sua sala e escuto um "entre". Entro e me sento em uma cadeira a sua frente. Ela olha pra mim de forma impassível, com seu óculos na ponta do nariz e cabelos cortados acima do ombro. —Bom dia o que posso fazer para ajudá-la ?—pergunta educada. —Bom dia, eu vim aqui denunciar um ato racista que aconteceu com a minha escola.—ela se espanta de início. —Racismo? Tem certeza que foi nessa escola?—pergunta, vou me segurar pra não ser m*l educada. —É nessa escola mesmo, afinal acha que eu confundiria a escola dos meus próprios filho?—tentei ser menos ignorante, mas é difícil não ironizar. —Senhora, nossa escola é renomada, nunca aconteceu esse tipo de casa aqui.—Senhor dai-me paciência. —É a primeira vez que você é informada, quem sabe já não aconteceu aqui e você não ficou sabendo. —Está dizendo que eu não conheço a minha escola? —Olha eu não vim procurar confusão, eu só vou tomar minhas providências sobre isso, e pode ter certeza que meus filhos não estudarão mais nessa escola. —Isso não vai mais acontecer, não processe a escola. —Quem garante que não vai mais acontecer?Eu tenho minha opinião própria, ninguém me fará mudar de idéia. E vou continuar, vou prestar queixa com quem fez isso com a minha filha. —Pegará m*l pra escola.—ela só está se importando com a escola, em nenhum momento pensou no dano que causou a minha filha. —Não tem ideia de como minha filha ficou, e eu não vou recuar se eu fosse que eu ia fazer eu VOU fazer. Deveria falar para seus funcionários que racismo é crime que chega a meses de reclusão ou indenização. —Bom já que não farei a senhora mudar de ideia, pode me dizer o nome das "acusadas". —Uma estagiária chamada Amanda.—digo olhando pra ela. —Um minuto e eu a chamarei aqui.—ela parece informar a alguém pelo telefone.—Ela está vindo. Esperamos alguns segundos/minutos até que batem na porta,ela manda entrar. Ela entra, e fica parada próxima a parede lateral. —Mandou me chamar diretora?—fala com voz de nojo. —Quero que me expliquem o que você disse para a aluna Sarah Werneck. Ela não falou nada, minha paciência está se esgotando. Não vou esperar elas falarem, me levanto da minha cadeira e fico de frente pra ela. —Você sabe muito bem o que fez e falou pra minha filha.—olho bem pra cara dela. —Eu não falei nada.—mais que cara de p*u. —Não banque a inocente pra mim, eu sei muito bem o que você falou. É melhor você assumir de uma vez. —Mas eu não vou assumir o que eu não fiz.—ela mantém a cara de p*u. —Você pode ficar calada se quiser, mas saiba que você vai ser processada e vai caber a lei se você vai pegar reclusão ou indenização. Mas que você vai ser processada você vai. —Eu não disse nada pra aquela...pra sua filha, você não tem como provar.—ia voar no pescoço dela se ela falasse alguma coisa da minha filha. —Você acha que minha filha mentiria pra mim? —Vai saber, desse povo de favela se espera tudo.—diz baixo mas eu escuto muito bem o que ela falou, e parece que a diretora também. —Você se acha superior não é? Mas você não passa de uma mimadinha que não sabe nada da vida. Você não é superior a ninguém minha flor.—sorrio sarcástica.—Mas olha sua atitude vai te render uma ficha na delegacia, você vai ficar com seu nome sujo. Imagina quando você entrar pra concorrer a uma vaga de emprego, e descobrirem que você já teve um processo pro racismo? Uma racista? —Eu não sou racista. —Engraçado, todo racista diz isso.—digo e pego minha bolsa que estava na cadeira.—Mas eu tenho que ir, nos veremos em breve perante a um juiz. —Nem dinheiro pra pagar um advogado você tem.—ela debocha. Abro um largo sorriso irônico. —Estava perante a uma.—pisco e saio da sala. Passo antes pego meus filhos. Coloco eles no carro e vou pra casa.
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