Novo Amigo

3792 Words
Aquilo era uma casa? aquele amontoado de pedaços de madeira poderia ser considerado uma casa? Que absurdo, resmungou Chen Ren preocupadíssimo com a pobre senhora morando naquilo. Seis pedaços de madeira faziam as paredes e o teto tinha buracos, mas era as ruinas do que um dia fora uma mansão, agora de quem, era uma boa pergunta. Ao vê-la de longe ele quase não acreditou que pessoas viviam naquilo, não que ele próprio não tivesse vivido 10 anos de sua vida em algo parecido, mas viver outros 10 anos em uma mansão que se igualaria a residência da família imperial o fizeram m*l-acostumado. -Confesso que fiquei m*l-acostumado – Murmurou Chen Ren olhando cada detalhe e tocando em tudo a fim de planejar tudo em sua mente. Olhou para o céu que continuava claro. Seria a época do ano em que a noite só durava 4hs? Ele odiava esse momento do ano, mas tinha que ocorrer o equilíbrio, não? Ele não conseguia dormir com aquela claridade nem tirar um cochilo naquele calor... -Foque – Pediu Chen Ren para si mesmo ao sentar-se em um toco e suspirar – terei que refazer das paredes ao teto, alargar esse lado e escavar aquilo, mas isso me tirará uma boa energia... isso me fará dormir... Prós e contras. Fazer ou não fazer. Como fazer? Quanto tempo fazer? Muitas perguntas que foram ignoradas enquanto o rapaz tirava o robe primário que era muito bonito e o deixava em cima do toco que utilizou de banco. Precisava começar tirando tudo que fosse r**m para o trabalho. Galhos secos e pedras aleatórias. Gramíneas invasoras e musgo. Seria um trabalho árduo demais para um dia, mas ele era uma Divindade então era possível. A Senhora Akira ainda estava sentada mesa pensando sobre o que havia acabado de aceitar. Ela havia induzido o pobre menino a ajudá-la e isso era errado, mas no fundo ela estava feliz de ter atenção e ser cuidada. Com seus quase 70 anos, a mulher viveu sua vida para o marido e filhos. O marido havia morrido a quase 20 anos e seus 6 filhos seguiram suas vidas. Porém dos 6 apenas 1 decidira cuidar dela. Seu caçula, Seong-jin que mesmo casado a levou para morar no mesmo terreno. Era pequeno, mas ele construirá uma casinha onde ela viveria. Com um cômodo com cama e uma mesa. Era o mais próximo de conforto que poderia proporcionar já que o filho não tinha uma casa grande e três pessoas seriam demais. Em apenas 5 anos, os netos vieram para sua felicidade e mesmo com tantos apertos ela era feliz. Sua nora era uma mulher de personalidade forte e não aceitava muito bem que a sogra vivesse sozinha, ela afirmava que se aumentassem a casa a mulher poderia viver mais próximo e as preocupações se reduziriam. Ji-hye era de longe uma benção em sua vida, mas a vida deles iria dar um 360° tão abruto que se viram sem Seong-jin que fora em uma caçada com o Líder do Província de Hayashi, mas aquilo foi a quase 1 ano... -Hwa – Chamou a dona do estabelecimento tocando a mão alheia e a trazendo de volta – quer mais alguma coisa? -Não, obrigada – Murmurou Hwa olhando para fora a procura do rapaz. -Sabe, por que nunca disse que tinha um filho? – Perguntou a mulher curiosa se sentando a mesa e enchendo a tigela em frente a cliente com sidra – e que belo filho, deve ser muito orgulhosa pela beleza dele além do caráter, é claro. -Sim – Concordou Akira Hwa orgulhosa – meus dois filhos são meus tesouros. -Dois? – Exclamou a mulher chocada imaginando dois daquele que havia visto e sorrindo internamente. -Sim, o mais velho, é casado, mas está viajando então vim para Hiraki a procura de dinheiro para ajudar minha nora que está cuidando das crianças – Contou Hwa sentindo se melhor ao contar – mas Ren é... único. -Tenha certeza disso, todas nós vimos – Brincou a mulher gargalhando antes de voltar a ficar seria – não vou mentir que quase bati nele ao pensar que havia te abandonado e agora voltava como se nada tivesse acontecido, mas sei olhando para ele que aquele garoto não é alguém que abandonaria nem um demônio se ele precisasse de ajuda. -Com toda certeza – Concordou Hwa sorrindo pequeno com a possibilidade. Calor e suor. Era isso que moldava o corpo do rapaz. Divindades não suam, pensou Chen Ren soltando uma risada cansada. Que bela mentira, era fácil não suar morando em um lugar que ventava e era fresco, quando não se fazia trabalhos pesados como os que ele fazia naquele momento. -Precisa de ajuda? – Perguntou uma voz seria e familiar. Chen Ren por algum motivo sorriu ao ouvi-la e a reconheceu imediatamente. Ao se virar encontrou Jae com seu pássaro no ombro direito. Ele sorriu para o outro que se manteve sério, mas o pássaro cantarolou um cumprimento. -Takuma – Cantarolou Chen Ren atraindo o pássaro para o seu dedo indicador – que passarinho fofo. Ele acariciou as penas e elas se eriçaram o fazendo rir, mas Jae resmungou algo e o pássaro voou para longe. Chen Ren ficou triste e fez um bico vendo o pássaro partir. Seu momento como encantador de animais havia ido por água abaixo, mas precisava focar mesmo... -O que pretende fazer com essas ruinas? – Perguntou Jae vendo a organização a sua frente. Galhos com musgo e pedras aleatórias foram jogadas para o lado limpando completamente uma are abem grande onde a casa ficava no meio. Nem uma folha sequer estava pousada naquele chão limpo. A casinha no meio era ridiculamente pequena e frágil que Jae apostava que um sopro mais forte de vento a derrubaria rapidinho. Chen Ren ainda tentava atrair o pássaro que parecia indeciso sob o olhar de um certo alguém até que ele desistiu. -Estou tentando construir uma casa para um Senhora muito bondosa – Contou Chen Ren segurando uma pedra nas mãos e a levando para a montanha que havia feito – e você? O que ainda faz nessas bandas? -Nada de mais, só passando e ouvi pedras se chocando, queria saber se era um deslizamento – Contou Jae calculando o tamanho da casa e quanto tempo levaria para fazer. -E pensou que alguém precisaria de ajuda? Que pessoa boa você é – Completou Chen Ren de costas sem ver o franzir do cenho do outro. O pássaro emitiu um som que se assemelhava muito com uma risada. Porém Chen Ren era só uma Divindade que não sabia interpretar os sons de um pássaro. Então se virou e viu Jae ao lado da casa, o que ele faria...? De repente ele levantou a perna e com uma velocidade impressionante chutou a casa reduzindo a construção a um monte de madeira podre e fragmentada. Chen Ren arregalou os olhos e ficou de queixo caído, não pela demonstração de habilidade, mas pelo vandalismo. -Jae – Gritou Chen Ren indo até a casa ou o que sobrou dela – o que você fez? -Se quer construir algo precisa substituir o velho pelo novo – Explicou Jae com naturalidade. -Sim..., mas... não pode simplesmente sair chutando as coisas – Repreendeu Chen Ren colocando as mãos no quadril e balançando a cabeça – por Mahina, olha se vai me ajudar precisa saber que não devemos destruir as coisas, precisamos levar tudo para... Jae? Enquanto ele falava Jae ia recolhendo tudo e saiu andando sem deixá-lo terminar de falar. Ele ia jogar as madeiras, mas se virou para o outro e colocou tudo no chão calmamente. O que restou ao outro foi um sorriso nervoso. Mas como nem tudo poderia ser como ele queria só porque era uma Divindade, Chen Ren se viu trabalhando com Yanar Jae por dias a fio. Ele trabalhava por horas até que a noite viesse e o silencio recaísse sobretudo. As casas ou projetos delas se iluminavam tanto que apreciam bolas de fogo. Assim que a noite vinha ele adormecia bem ali embaixo de uma árvore se cobrindo com seu robe, mas Jae desaparecia e só voltava quando o sol vinha e começava a trabalhar sem esperar o outro que ao acordar deparava-se com o colega todo envolvido no trabalho. Foi em uma dessas que ao abrir seus olhos viu Jae montando um muro, com que? De onde ele tirou aqueles materiais? Era algo confuso que Jae respondia com ‘Encontrei ali’ ou ‘É realmente importante?’. Então ele fazia o que sabia fazer melhor, deixou para pensar depois. Em falar nisso ele não voltou a pensar no amigo de infância durante todos aqueles dias, nem sequer um único pensamento triste, na verdade, só lembranças engraçadas das traquinagens infantis como aquela vez em que Tae Si Woo decidiu que iria roubar todas as rosas do jardim de algum vizinho rico... ele realmente não se lembrava, mas sabia que eram muito, mas muito caras, tanto que Si Woo fez um buque mesmo todo machucado pelos espinhos e lhe deu como prêmio de sua coragem. Era um bom amigo. Quando o meio dia chegou e a fome bateu, Ren se sentou em um tronco velho para recuperar as energias enquanto Jae continuava com o trabalho. O sol era c***l consigo. Sua pele sensível estava começando a ficar vermelha. Mesmo na sombra ele queria se jogar em um rio de água fria só para limpar o corpo. -Fome? – Perguntou Jae colocando a frente dos olhos do outro uma tigela fechada – coma. -Obrigado – Comemorou Ren pegando e abrindo – não acredito são Gyoza? -Não gosta? – Murmurou Jae parado a sua frente. -Eu amo, venderia minha alma por eles – Falou Ren animado com o cheiro delicioso – onde conseguiu? -Não precisa se preocupar – Tranquilizou Jae lentamente – mas você venderia sua alma mesmo? -Minha alma, meu corpo – Brincou Ren sem notar o olhar estranho que brilhou diante da frase. -Como eu te dei você entregaria sua alma e seu corpo para mim? – Perguntou Jae como quem não queria nada. Ren parou com um pastel perto dos lábios. Olhou para Jae e constatou se ruma piada então riu disso mesmo sentindo uma pontada no coração que começava a bater forte. Colocou na boca e mastigou apreciando um sabor familiar. Como estava se sentindo estranho se virou para o outro e ofereceu os pasteis. -Pode comer... – Sussurrou Jae negando. -E eu vou tenha certeza disso – Interrompeu Ren se levantando com um Gyoza na mão e sem qualquer indicio o enfiou na boca do outro – não é gostoso? Jae o encarou surpreso. O pastel era pequeno o suficiente para que coubesse em sua boca, mas Ren ao enfia-lo com tanta força acabou colocando até seus dedos dentro. A língua de Jae tocou a comida e as pontas dos dedos alheios. -Des-desculpa... – Gaguejou Ren tirando as mãos, mas Jae segurou seu pulso – oh... -Cuidado com o que coloca na minha boca – Pediu Jae tirando um lenço do bolso e limpando a mão do rapaz – posso acabar te mordendo. -Você morde? – Brincou Ren tentando mudar a atmosfera quando Jae levantou seus olhos escuros para si. Badum! Seu coração cantarolou animadamente. Bombeava com violência provocando sua pele alva a corar, assim como suas mãos que tornaram se rosadas. Com lentidão passou o tecido macio nos dedos delicados. Era um cuidado visível como se temesse machucar a pele mesmo com um tecido tão suave. Passou entre os dedos. Na palma da mão e até no pulso a qual segurou com cuidado. -Tem mãos muito bonitas – Elogiou Jae sorrindo de lado – bonitas demais para ficarem trabalhando tão duro. -Mas eu gosto de trabalhar duro – Retrucou Ren de repente. -Quanto mais duro de joga, mais duro se torna – Murmurou Jae trazendo as mãos de Ren para perto dos seus lábios e os fazendo roçarem juntos – pronto. Por Mahina! Ren virou o rosto e encolheu as mãos. Saiu falando que iria fazer qualquer coisa, mas teve que voltar pelo Gyoza e ver Jae sorrindo satisfeito. Seu coração batia rápido demais para sua saúde. 10 dias depois... Finalmente. Era uma conquista tão bela e orgulhosa que Chen Ren quase abraçou o outro. O pássaro assoviou deslumbrado com o que dois homens haviam feito. Quando Jae desaparecia durante a noite, Chen Ren avançava com o trabalho, pois seu poder durante a noite parecia mais forte, talvez por ter uma ligação com a Lua. -Vou chamá-la agora mesmo – Exclamou Chen Ren não se aguentando de animação – me espere aqui, vou apresentá-los, já volto. Chen Ren saltitou pelo caminho em direção a estalagem as vezes olhando para trás e vendo Jae e Takuma no mesmo lugar. Imóveis. Jae lhe dava um sinal de adeus e ele se voltava para o caminho. O estabelecimento onde deixara a Senhora Akira por mais de 10 dias a visitando todos os dias para pagar a estadia com moedas de prata ficava a alguns metros de onde a própria morava então ela conseguiria andar até lá sem dificuldade, não é? Pensou Chen Ren pensativo ao adentrar o lugar. -É ele – Sussurrou alguém para a pessoa próxima que espiou por cima do ombro vendo o rapaz parando na entrada. Seu cabelo estava amarrado de qualquer jeito em um coque frouxo devido ao suor e trabalho que fazia. Suas roupas mantinham a limpeza por ele não as usar frequentemente e trabalhar com as mais simples e leves. -É o filho daquela mendiga – Explicou a que começara com a boca cheia de água – mesmo desarrumado ele é lindo. -Um pedaço de m*l caminho – Concordou a pessoa se vindo mesmo. -Que nada, ele é o caminho inteiro e o guia também – Corrigiu outra mulher rindo maliciosa – se eu fosse mais jovem... -Ele a negaria com toda certeza – Interrompeu a pioneira do discursão rindo alto. -Chen Ren – Cumprimentou a dona da estalagem vendo a aparência do rapaz – então fiz o que me pediu, está tudo pronto lá em cima... -Obrigada – Falou Chen Ren praticamente correndo para cima. -E vocês acalmem esse fogo mulheres, ele é apenas um garoto – Repreendeu a dona da estalagem com um sorriso sugestivo – um belo de um garoto. As gargalhadas voltaram ainda mais animadas. Quem não teria pensamentos impuros diante de uma beldade? De um cavalheirismo? Educado? Tantos adjetivos que nem caberiam em um único livro de milhares de páginas. Chen Ren subiu as escadas e adentrou o quarto que havia pagado. Era ao lado da Senhora Akira que ainda não sabia de sua presença. A surpresa seria inesquecível, pensou ele fechando a porta e já se despindo em frente a tina de água com pétalas de jasmim. -Ela é realmente boa – Elogiou Chen Ren mergulhando na água fresca e um pouco morna. O aroma da flor cobriu sua pele e limpou o suor. Não havia cheiro r**m, mas a sensação de algo pegajoso o deixava incomodado. Passou as mãos pelos braços e corpo. Limpava tudo mais de uma vez, principalmente o cabelo. Longas mechas tão negras e brilhantes, fios finos e macios que estavam um pouco secos devido ao sol, mas continuavam belos. -Onde ela colocou as roupas? – Perguntou Chen Ren pegando a toalha para se secar e procurando em volta as roupas ao vista-las na cama atrás de uma cortina fina que caia entre um portal de madeira vazada em forma circular que dava para a cama. Era um lugar estranho. Roupas de tecido caros, mas resistentes. Macios e bem feitos. Ele era m*l-acostumado, não conseguia mais vestir aquilo que tinha. Queria algo macio contra a pele. Primeiro largou a toalha e vestiu a calça macia e depois as meias. O primeiro robe e depois o segundo antes do casaco longo sobe tudo. Na coloração verde-água como jade. Sua cor favorita e havia encontrado. O que se via era o casaco nessa cor e botas brancas. Seu cabelo teve as mechas principais que cairiam em frente ao rosto colocadas para trás e amarradas em um r**o de cavalo decorado com um anel e um palito de pedra jade o cortando. Ficava em cima da cabeça e para si estava bom o suficiente para sair. O resto do cabelo caia liso, mas levemente ondulado até a cintura. Satisfeito com sua aparência ele abriu a porta e deparou se com a Senhora Akira já descendo pelas escadas. Apressou o passo e disse a ajudaria. A mulher nem notou quem era e aceitou a ajuda agradecendo a gentileza até que aos pés da escada e de volta ao restaurante ela se virou para Chen Ren que sorriu. -Que bom que a encontrei, preciso mostrar algo – Anunciou ela a ajudando a passar pelas mesas e ignorando os curiosos. Ele era visto como o Filho Prodigo e bom homem, inteligente, bonito, rico, educado, letrado e versado em diversas áreas de linguagem e manuseio de objetos. Ele era perfeito. Com isso a senhora voltara para sua casa e quase caiu para trás, passar mais de uma semana na estalagem sendo alimentada e cuidada todos os dias a fez ter uma face mais cheia e saudável. O corpo magro desapareceu e ela tinha até rubor nas bochechas. Ao engordar era visto a beleza da mulher que quando raquítica havia se perdido na pele manchada e enrugada que havia se alisado. Diante da pobre mulher estava sua nova casa. A parte da frente era alta e com as portas em forma circular. Por cima do muro era possível ver árvores e o som de água corrente. Ela encarou o rapaz com uma pergunta silencio, mas ele apenas sorriu e as portas se abriram. Entrando ela pode ter certeza de que aquele ao seu lado não era humano. Primeiro se entrava em um pátio pequeno e vazio senão fosse por uma fonte de água pequena no canto do quadrado. -Para se refrescar – Explicou Chen Ren – pode ser usada para beber. Tudo bem, pensou ela sendo conduzida para a o lado esquerdo passando por um círculo e dando de cara com outra entrada? Mais para frente, se seguisse reto, ela via uma árvore plantada ali e bancos a sua volta. -São para o lazer – Contou Chen Ren animado a levando pela segundo entrada e foi ali que ela desistiu de entender. Diante dela havia um caminho reto até uma pequena casa, mas aos lados havia quadros com terra e legumes plantados. Árvores frutíferas que balançavam ao vento. Uma pequena casa ao lado direito, atrás de uma árvore de chorão parecia ser onde os funcionários dormiriam. Já no lado esquerdo havia outra que uma placa em cima tinha os dizeres ‘Despensa’. Ela tinha uma despensa? Mais alguns passos e mais duas casas e ambos os lados com placas, da esquerda para a direita, respectivamente, ‘Casa Residencial Oeste’ e ‘Quartos Reversos’. Depois seguia-se para o Portão de segurança que levava para uma espécie de sala de estar larga e muito bem decorada antes de se encontrar no pátio interno entre a Casa Principal. Ao lado direito da construção que mantinha um longo muro, estava dava para o segundo pátio interno da família principal onde um pequeno laguinho e uma bela árvore faziam a beleza do lugar. Entretanto para Chen Ren foi a bela surpresa que Yanar Jae lhe fez ao mandá-lo buscar mais pedras em um rio próximo que quando voltou ele havia simplesmente cavado um rio e o enchia com água. Uma bela ponte vermelha curvada em cima do rio que brilhava sob a luz do sol. Um caminho decorado por pedras como se fosse uma trilha levava pela ponte e depois parava na parede. -Como? – Exclamou a Senhora sentando-se se dentro da Casa Principal em um sofá requintado – só, como? -Se disser que não sou humano vai ficar brava? – Retrucou Chen Ren servindo para a senhora um chá e então levantou os olhos procurando. -O que foi? – Questionou a Senhora Akira apreensiva se teria mais surpresas. -Eu tenho alguém para lhe apresentar, ele me ajudou a preparar tudo isso, ele sabia como reproduzir perfeitamente uma Siheyuan – Contou Chen Ren sem saber onde ele havia se escondido – que estranho, pedi a ele que ficasse aqui me esperando para apresentá-lo a senhora. A mulher sorriu carinhosa para o rapaz que franziu o cenho. Ela segurou suas mãos e balançou com delicadeza sorrindo pequeno. Que abençoada ela era, pensou Hana agradecida e emocionada. -Eu entendo – Falou ela – fiquei assim quando apresentei meu futuro marido aos meus pais, quero muito conhecê-lo! -É o que? – exclamou Chen Ren nervoso – ele é um amigo. -Sei – Concordou a Senhora Akira soltando as mãos alheias e bebericando o chá delicioso – que chá bom, você quem fez? -Não, foi o Jae – Corrigiu Chen Ren arrumando as roupas para não amassarem – ele nem me contou onde arranjou, mas não roubou, não se preocupe. -Eu acredito em você, quando ele aparecer vou agradecê-lo pessoalmente, que homem gentil e caridoso ao me ajudar – Falou ela emocionada tocando a madeira no chão – é como um sonho, algo surreal demais... Chen Ren -Me chame de Ren – Pediu ele relaxando a postura, mas mantendo a coluna ereta. -Ren, eu tenho um filho, ele se chama Seong-jin, foi o único que dei a luz a cuidar de mim, mas ele desapareceu a 1 ano – Contou Akira Hana tristonha – mas tenho uma Nora e netos... -Quer que eu vá buscá-la para que viviam aqui com você – Entendeu Chen Ren satisfeito – sobre isso, eu precisava ir embora então posso ir buscá-la antes, assim a Senhora não ficará sozinha. -Agora possuo dois filhos – Comemorou ela secando uma lagrima – dois bons meninos que cuidam de mim, não tenho como agradecê-lo além de marcar esse dia em diante como esta família, a Família Akira como leal a você meu rapaz. Chen Ren corou diante da promessa. Era algo muito importante e inquebrável. Uma promessa que amarrava todos os descendentes a sua divindade. Ele emocionou se e virou o rosto a fim de esconder o rubor, mas viu na árvore no pátio Principal um pássaro chamativo. De penas vermelhas e azuis. Um canto animado, mas de despedida. Seu coração apertou, mas ele abaixou a cabeça em reverencia e despedida. O animal bateu suas belas assas e alcançou os céus, levando com ele tudo, ou, na verdade até, esticando as assas sem um adeus de fato? Uma possibilidade de reencontro? Se os ventos lhe dissessem a verdade e que o sol continuasse surgindo o horizonte, tudo era possivel, não?
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