Julia narrando Sorte. Às vezes, é disso que a gente precisa nessa vida miserável. E foi sorte mesmo que eu tive quando me bati com o Joel lá no morro da Parada de Lucas. Vi ele de longe, aquele andar cheio de marra, e a arrogância estampada na cara. Ele nunca foi de passar pano pra ninguém, e eu sabia... sabia que ele ia querer tirar onda comigo. Careca. Ele me olhou, aquele sorrisinho torto surgindo no canto da boca. Mas foi o que veio depois que me deu a certeza de que eu ainda tava no jogo. A expressão dele mudou na hora quando falei da v***a da Rafaela. Ele não falou nada por uns segundos. Só ficou ali, parado, o maxilar travado. E eu soube... soube que ele tinha engolido seco. E logo veio a proposta para me passar para ele todos os passos da v***a. Claro que eu aceitei. Só não c

