Rafaela narrando Eu m*l tinha trancado a porta dos fundos quando ouvi os gritos. O meu coração disparo. — Invasão! — alguém berrou na viela. Eu corri para se esconder atrás do balcão, mas não deu tempo. A porta da frente foi arrombada. E ali estava ele. O mesmo homem do pagode. Bigode. Mancando, com a calça suja de sangue e a perna enfaixada. — Você achou que eu não ia voltar, gostosa? — ele rosnou, mancando em minha direção. recuo até bater as minhas costas na parede. — Sai de perto, Bigode — minha voz saiu trêmula. Antes que ele me tocasse, uma nova voz cortou o ar. — Num tem vergonha, não, seu lixo? Era Luna. Parada na porta, firme, com a mão escondida dentro da jaqueta. — Sai fora, Luna — Bigode resmungou — lugar de princesa é no castelo. — E lugar de defunto é no caixão.

