Capítulo 15

1593 Words

Rei narrando O céu explodiu em cores. Não eram fogos de festa. Quem cresceu no morro conhece o som era chamado de invasão. Estávamos na Boca, eu, meu pai Vespa e meu irmão, trocando ideia sobre a próxima carga que ia chegar pelo acesso dos fundos. O rádio preso no meu cinto chio antes da voz tensa do Zoio cortar o ar: — Rei, escuta! É o morro da Babilônia… tão subindo pela viela da caixa d’água. Tão vindo pesado, mano! O meu sangue ferveu nas minhas veias. Sem perder tempo, meu pai já se virou. — Sala de armamento. Agora. Corremos. O barraco ficava atrás de uma estrutura de concreto, disfarçado com caixas e entulho. Eu sentia o chão vibrar sob meus pés. Dentro, puxamos os coletes, empilhamos carregadores e cada um pegou seu fuzil. O metal do meu M16 parecia mais frio do que Descem

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