Chacal narrando A cada grito dela, a salinha ficava mais silenciosa. Engraçado isso, né? O som da dor preenche o espaço de um jeito que o silêncio vira barulho. Cada lamento, cada pedido de socorro, cada soluço da Dani era música pro meu ódio. Não pela mulher. Mas pelo que ela fez com a minha irmã. E com os outros também. Porque essa filha da p**a carregava veneno na língua e maldade no olhar. E hoje… Hoje ela ia morrer no próprio sangue. Eu já tinha deixado o dedo mindinho dela no chão. Depois foi o anelar. Um por um. Não com pressa. Com precisão. A dor dilacerava ela. O corpo tremia, suava frio. Mas eu ainda não tinha acabado. Peguei a furadeira. Liguei devagar, só pra deixar ela ouvir aquele zumbido que rasga a mente antes da carne. Cheguei no ouvido dela. — Isso aqui… é pelo

