Eu ainda estava no sofá, com o corpo pegando fogo e o orgulho em ruínas. Meus punhos estavam cerrados contra as coxas, os olhos fixos na escada por onde Isadora havia subido, e o coração batia descompassado — não de raiva… mas de desejo. "Idiota...", murmurei pra mim mesmo, rangendo os dentes. "Você caiu no golpe do rostinho bonito. Parabéns, Enzo." Mas não adiantava me xingar. Aquela mulher tinha mexido comigo de um jeito que nem as minhas defesas mais afiadas conseguiram segurar. A briga, o beijo, o corpo dela colado no meu... tudo ainda estava impresso na minha pele. E agora, ela estava lá em cima, sozinha. Respirando o mesmo ar quente, com o mesmo gosto do beijo nos lábios. A mesma tensão queimando sob a pele. Levantei de um pulo. Nem pensei. Nem quis pensar. Subi os degraus num imp

