O silêncio da madrugada na minha mansão contrastava com o turbilhão que se formava dentro da minha cabeça. Desde que eu e Isadora havíamos retomado o relacionamento, ainda que com a sombra pesada da desconfiança pairando sobre nós, minha vida parecia um mosaico de peças quebradas tentando se ajustar. Eu a amava, disso não restava dúvida, mas aquele episódio, aquela noite em que a encontrei apagada ao lado de outro homem, não me deixava em paz. Era como se eu tivesse sido atingido por uma lâmina invisível que, mesmo não matando, abria um corte impossível de cicatrizar completamente. Ainda assim, Isadora permanecia em meus pensamentos de forma quase obsessiva. A cada toque de mensagem, a cada olhar, a cada sorriso tímido, eu sentia como se o chão se reerguesse sob meus pés. Eu tentava me co

