Aquela noite tinha terminado como um nó malfeito: frouxo por um lado, sufocante por outro. Isadora saiu deixando um rastro de dor e promessas, e eu fiquei ali, sentado, tentando entender como tudo tinha se enrolado de forma tão brutal.
Meu corpo pedia descanso, mas minha mente girava em círculos. Cada detalhe da conversa com Luiza, cada lágrima nos olhos de Isa, cada deboche do homem na cama — tudo parecia se sobrepor como um quebra-cabeça cujas peças não se encaixavam.
Eu poderia aceitar a versão mais simples: que ela me traiu. Seria um baque, mas seria compreensível, humano, quase banal.
Mas algo dentro de mim berrava que não era tão simples. Havia lacunas demais. E, quando a mente não encontra lógica, o coração insiste em procurar.
Passei a manhã seguinte em modo automático. Prepare
