Aquela semana parecia se arrastar como um pesadelo. O silêncio na mansão continuava sufocante, cada refeição era um duelo de olhares e provocações veladas, mas não era só em casa que a tensão entre mim e Lorenzo crescia. A empresa, nosso império, já começava a sentir os reflexos da guerra particular que se desenrolava entre nós. Eu sabia que, oficialmente, o título de presidente agora era meu. O conselho havia votado, as atas registravam, e os contratos assinados. Mas ninguém ali tinha coragem de esquecer quem era Lorenzo: o homem que ergueu aquele império do zero, que tinha relações enraizadas com investidores, diretores e até concorrentes. Eu era o presidente no papel, mas ele ainda era a sombra que pairava sobre todos, lembrando que nada estava garantido. Naquela manhã, entrei na sede

