Meu pai, mais uma vez inventou de sair pra beber, mesmo que ele tenha insistido tanto, felizmente não consigo ser igual a ele. Chegando em casa, encontrei Isadora com o som ligado, usando um robe de seda e dançando sozinha na sala, seria uma cena cômica, se não fosse trágica. A música ambiente ainda tocava baixo quando fechei a porta do quarto, mas o som parecia ecoar dentro da minha cabeça. Tirei o paletó, larguei sobre a poltrona e fui até a janela. Lá fora, o jardim estava iluminado pelos refletores do chão, e a piscina refletia o brilho da lua. Bonito demais para o clima que reinava dentro da casa. Sentei na beira da cama, tentando me desligar. Só que, como sempre, não consegui. A presença dela era como um ruído constante — não importava onde eu estivesse, parecia que Isadora estav

